Haddad dá palavra de conforto ao mercado e garante que haverá nova âncora fiscal no governo Lula
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (14), Haddad adotou um tom conciliador e procurou endereçar temas caros ao mercado financeiro

Depois de uma série de decisões do governo eleito que deixou o mercado à deriva, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), jogou hoje uma boia aos investidores.
Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira (14), Haddad adotou um tom conciliador e procurou endereçar temas caros ao mercado financeiro. Ele reforçou que irá trabalhar numa nova âncora fiscal que, inclusive, poderá impulsionar o avanço da reforma tributária no Congresso.
Na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, o novo governo se compromete a apresentar uma proposta de arcabouço fiscal até agosto de 2023, mas, como já havia dito anteriormente, Haddad prometeu adiantar o calendário.
Sem dar maiores detalhes de como será a proposta da nova âncora fiscal, Haddad defendeu que o espaço para gastos extraordinários que a PEC pretende abrir continua fiscalmente neutro, pois mantém o nível de despesas como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).
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Segundo Haddad, um Orçamento fiscalmente neutro exigiria uma ampliação dos gastos em R$ 150 bilhões, enquanto a PEC da transição abre espaço para gastos de R$ 145 bilhões (via aumento do teto) mais R$ 23 bilhões em "receitas extraordinárias".
"Está um pouquinho acima disso", disse o futuro ministro.
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Ele ainda afirmou que a cláusula da PEC que permite que o governo use créditos não reclamados do PIS/Pasep para financiar investimentos não deveria ser vista como uma fonte de impacto fiscal, uma vez que terá uso único.
"É dinheiro achado na rua, você vai uma vez usar para terminar uma obra ou coisa que o valha. Mas não deveria ser considerado como algo com impacto fiscal", afirmou.
Haddad voltou a colocar parte da despesa extra na conta do atual governo, dizendo que é preciso criar o espaço para pagar pelos gastos de Jair Bolsonaro durante as eleições.
BNDES com Mercadante
Haddad comentou, ainda, a indicação de Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que foi recebida com consternação por membros do mercado.
Segundo o futuro ministro, a intenção é que o BNDES não seja mais um banco que “vai atrás do sujeito para emprestar”.
"Cabe ao BNDES estruturar operações. O BNDES tem de ser tópico e preciso, permitir que determinado ramo de atividade ganhe impulso", afirmou.
Novos nomes
O futuro ministro também aproveitou para citar nomes respeitados que podem compor o conselho da Fazenda, como Pérsio Arida e André Lara Resende.
"Eles dão o melhor de si, porque torcem pelo País", disse.
Haddad destacou também que criará uma espécie de conselho, com o qual se reunirá periodicamente.
"Tenho minhas opiniões e minha maneira de ver a economia, mas gosto de ouvir muito. Gostaria muito de manter a interlocução com ex-ministros ou ex-presidentes do BC", destacou.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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