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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

REMÉDIO CONTRA A INFLAÇÃO

Diferentes tratamentos para a mesma doença: por que o BoE sobe o juro e o BCE resiste ao aperto monetário

Enquanto Banco da Inglaterra tenta deter a pressão inflacionária, a autoridade monetária da zona do euro prefere esperar pelo melhor momento de agir

Ricardo Gozzi
3 de fevereiro de 2022
13:00
Christine Lagarde
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. - Imagem: Shutterstock

Quando a pandemia do novo coronavírus se alastrou pelo mundo nos primeiros meses de 2020, a primeira reação dos bancos centrais foi aumentar as medidas de estímulo aos mercados financeiros.

Nos países desenvolvidos, como as taxas de juro encontravam-se havia anos bem próximas de zero. Isso quando não eram negativas, as medidas de estímulo envolviam compras sistemáticas de ativos pelos bancos centrais.

Depois de um primeiro choque, a liquidez injetada pelas principais autoridades do planeta levou as bolsas de valores a estabelecerem novos recordes.

Em contrapartida, as medidas foram incapazes de evitar uma crise sem precedentes na cadeia de suprimentos e o início de um processo inflacionário em larga escala.

E quando o dragão da inflação ruge, a primeira reação dos banqueiros centrais é ver quais são as alternativas de aperto monetário disponíveis. Primeiro as compras de ativos começaram a sair de cena nos países desenvolvidos. Agora resta apenas a mais conhecida dessas ferramentas: o aumento da taxa básica de juro.

Não é de hoje que agentes do mercado cobram uma ação mais incisiva dos banqueiros centrais diante da alta da inflação. O consenso é de que, cada um a seu modo, todos ficaram atrás da curva. Alguns mais, outros menos.

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BoE deu o 1º passo - e também o 2º

Entre as nações desenvolvidas, o primeiro passo foi dado pelo BoE, como é conhecido o Banco da Inglaterra. Em dezembro do ano passado, o BoE, retirou a taxa básica de juro da mínima histórica de 0,1% ao ano, elevando-a a 0,25%.

E enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) prepara-se para iniciar um processo de alta de juro - provavelmente a partir de março, o BoE repetiu a dose hoje e elevou sua taxa básica de juro para 0,50% ao ano. Esta foi a primeira vez desde 2004 que a autoridade monetária inglesa subiu o juro em duas reuniões seguidas.

Diante de todo esse contexto, causou surpresa a decisão do Banco Central Europeu (BCE), também divulgada hoje. A autoridade monetária da zona do euro manteve sua taxa de refinanciamento em 0%.

BCE evita 'precipitação'

A inação do BCE surpreende ainda mais se for levado em conta o fato de a inflação de janeiro no bloco ter atingido um recorde histórico: 5,1% em 12 meses.

Enquanto o comitê de política monetária do BoE deixou a porta aberta para novos ajustes para cima no futuro próximo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, até fez um discurso mais duro.

Sua admissão de que os riscos inflacionários estão apontando para cima levou o euro a se valorizar ante outras moedas fortes. No fim, entretanto, ela insistiu que o BCE não quer se precipitar e pretende “dar o passo certo na hora certa”.

Na avaliação de Cedric Gemehl, economista da Gavekal Research, qualquer guinada mais hawkish pelo BCE é uma “perspectiva distante”, ainda que a inflação cada vez mais alta e persistente continue pressionando a autoridade monetária europeia a seguir os passos do Fed.

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