Goldman Sachs quer aproveitar inverno das criptomoedas para ir às compras — e FTX aumentou o número de barganhas; entenda
Dos juros altos nos Estados Unidos até a falência da FTX, 2022 abriu uma janela de oportunidades que o banco quer aproveitar
Uma das maiores instituições financeiras do planeta pretende abrir a carteira e investir “dezenas de milhões de dólares” no setor de criptomoedas. Segundo a Reuters, o Goldman Sachs deve comprar ou investir em empresas após o colapso da FTX.
O colapso do que chegou a ser uma das maiores corretoras de ativos digitais (exchanges) do mundo afastou as instituições no investimento em criptomoedas.
O valuation das companhias também encolheu em virtude dos problemas enfrentados pelo setor este ano — e, na visão de Mathew McDermott, head de ativos digitais do Goldman Sachs, é hora de avançar.
“O Goldman está fazendo as devidas diligências em várias empresas criptográficas diferentes”, acrescentou ele, sem dar detalhes.
Crise X Oportunidade: Goldman Sachs encontra mercado “destruído”
Este ano não foi nada fácil para o setor de criptomoedas. Começando pelo cenário macroeconômico, os juros nos EUA escalaram da faixa de 0% a 0,25% ao ano para a faixa de 3,75% a 4,0% — o que por si só já teria potencial para impactar os negócios.
Mas o colapso do protocolo Terra (LUNA) e o efeito dominó no mercado foram demais para o setor. Primeiro, a Celsius suspendeu as negociações, o Three Arrows Capital (3AC) foi por água abaixo e, por fim, a FTX. Faltaram boas notícias e sobram problemas.
Ao mesmo tempo, há quem diga que o momento de cotações mais baixas abre uma oportunidade para os investimentos de risco.
Promoção de criptomoedas
Afinal, em dezembro do ano passado as cotações do bitcoin (BTC) giravam em torno dos US$ 50.400 — quase 200% acima da cotação atual de US$ 16.900. Outras criptomoedas podem ter um desempenho superior.
Para McDermott, o fato de a FTX ter preenchido o chapter 11, que permite a reestruturação empresarial em meio à insolvência da empresa, apenas atrapalhou partes do ecossistema. “Para frisar, a tecnologia por trás deles continua funcionando", diz ele, em referência às criptomoedas e à tecnologia blockchain.
Goldman Sachs vê demanda reduzida por criptomoedas
Além da busca por barganhas e empresas do setor, o Goldman Sachs vê um terreno praticamente livre para escolher.
Isso porque os principais concorrentes do banco, como o Morgan Stanley, HSBC e JP Morgan permanecem céticos ou com participações muito tímidas no setor de criptomoedas.
Enquanto isso, o Goldman Sachs investiu em cerca de 11 companhias relacionadas ao setor digital. Entre elas, serviços de compliance, análise de dados on-chain e gerenciamento de blockchain.
Por fim, as sucessivas demissões também abrem espaço para que a instituição amplie a qualidade das equipes. O time de McDermott — entre analistas e outros especialistas em criptomoedas — foi reforçado nos últimos meses.
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