O que é ‘staking’, o método que te paga para emprestar criptomoedas — e por que ele é o responsável pela queda do bitcoin (BTC) hoje
O modelo está ameaçado depois que a Celsius suspendeu as negociações na plataforma? A resposta, definitivamente, é não

Assim como o nosso Universo, a realidade das criptomoedas está sempre em constante expansão. Projetos e protocolos são criados todos os dias e novas formas de ganhar dinheiro com esse mercado também aparecem — e uma delas é o staking.
De modo geral, essa ferramenta funciona como uma espécie de “aluguel” de criptomoedas. O investidor pode emprestar seus tokens para a rede, que paga aos usuários remunerações variáveis — algumas podem chegar aos dois dígitos ao ano.
Porém, uma das plataformas que trabalha com o staking foi responsável pela crise recente das criptomoedas.
Estamos falando do protocolo Celsius, que congelou os tokens dos investidores na plataforma — e as negociações seguem suspensas por mais de 48 horas.
Apesar do susto, o modelo de staking ainda é uma das formas de conseguir uma renda extra com criptomoedas, além da valorização dos próprios ativos digitais. O modelo foi bem aceito pelo mercado e as plataformas mais antigas nem chegaram a se abalar com os problemas da Celsius.
Mas, apesar de atrativo, essa modalidade requer alguns cuidados — entrar de cabeça sem conhecer seu funcionamento ou seus riscos pode trazer problemas ao investidor..
Leia Também
Vanessa Rangel e Frank Sinatra embalam a ação do mês; veja também o que embala os mercados hoje
A seguir, eu te conto algumas dicas de como se prevenir antes de começar a praticar o staking:
Staking de criptomoedas: como fazer
O usuário precisa ter criptomoedas na sua carteira digital (wallet) e estar conectado a alguma plataforma que permita o staking.
Em geral, as corretoras de criptomoedas (exchanges) permitem o staking de algumas moedas para os usuários. Operar através delas é o caminho mais fácil para o investidor, já que o processo é mais automatizado — basta checar a lista de tokens aptos para o processo.
As principais exchanges são a Kraken, Binance e BlockFi, mas existem protocolos de staking de outras corretoras menos famosas. O único problema é que os retornos costumam ser mais baixos do que em plataformas especializadas.
Do centralizado ao descentralizado
Mas existem plataformas ainda mais descentralizadas do que as exchanges para fazer o staking, como a Yearn Finance, Ankr, Aave ou Lido, entre outras. Para começar, basta entrar no site ou baixar o aplicativo dessas ferramentas, conectar a sua wallet e aguardar os retornos.
Vale lembrar que cada plataforma paga de maneira diferente por criptomoeda. No portal da Staking Rewards é possível acompanhar quais são as moedas mais rentáveis e em qual plataforma fazer o staking delas.
Os valores costumam variar bastante, então vale a pena despender algum tempo para fazer uma boa pesquisa antes de começar. As recompensas vão de 6% a até mais de 20% ao ano, em alguns casos.
O que aconteceu com a Celsius
A plataforma Celsius funciona como uma rede que facilita as operações de DeFis. Além do staking, o aplicativo também permite o empréstimo (lending) de criptomoedas com garantia em outras moedas digitais.
A queda recente do mercado fez alguns protocolos menores desaparecerem — como foi o caso da Terra (LUNA), mas em uma escala reduzida.
Porém, a saída de investidores devido às perdas recentes das criptomoedas, somado a esses sumiços, contribuiu para uma perda de liquidez da plataforma Celsius.
Assim, ela travou os saques e as negociações dos investidores. Em um mercado que funciona nos sete dias da semana e 24 horas por dia, cada minuto conta durante uma queda mais brusca.
Os problemas do staking
Mas como é possível oferecer retornos tão substanciais para quem adere ao staking?
Essas plataformas fazem dinheiro emprestando essas criptomoedas da rede para outros investidores ou protocolos de finanças descentralizadas (decentralized finances, ou simplesmente DeFi) por uma taxa mais alta. Assim, a diferença fica para a rede.
Entretanto, vale destacar que o mercado de DeFis foi um dos segmentos em criptomoedas que mais perdeu força ao longo do último ano, de acordo com o DeFi Pulse.
O valor total dos contratos travados (total value locked, ou TVL) em protocolos DeFi caiu cerca de 44% em 2022 em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 41,18 bilhões.
Apesar de outros protocolos de staking não seguirem pelo mesmo caminho da Celsius, os investidores seguem atentos e preocupados com novos congelamentos.
Os protocolos de staking em criptomoedas
Confira a seguir algumas plataformas de staking. Algumas delas também emitem criptomoedas — ou seja, é possível investir em projetos do tipo sem necessariamente disponibilizar seus tokens para rede:
- Aave (AAVE): Esse protocolo leva o mesmo nome da 51ª maior criptomoeda do mundo e é um dos mais conhecidos para realização de staking. De acordo com o site dos desenvolvedores, a plataforma chega a pagar até 30% para a operação.
- BlockFi: A exchange BlockFi pode não ser uma das maiores do mundo, mas chega a recompensar em até 15% as criptomoedas para staking.
- Kraken: Outra corretora de criptomoedas com mais de 1250 usuários em staking e US$ 1,3 bilhão em rendimentos do tipo. Também oferece retornos de até 23%, dependendo da moeda que o usuário deixar para staking.
- Lido: Plataforma descentralizada que permite staking, retornos de até 22%.
- Blockdaemon: Também é uma plataforma descentralizada para staking de criptomoedas. O aplicativo não deixa claro quanto deixa de retorno, mas é possível checar as condições no site do protocolo. Tem mais de 2.500 usuários únicos de staking e um valor de US$ 471 milhões nesse tipo de investimento.
- Midas.Investments: Apesar de ter apenas pouco mais de US$ 227 milhões em criptomoedas em staking, essa plataforma tem um grande número de usuários nesse tipo de investimento, totalizando quase 90 mil investidores. Os retornos chegam a 23%.
É uma boa investir em staking?
Esses retornos em criptomoedas costumam dar recompensas na casa dos 10%, em uma média grosseira. Ou seja: levando em conta que a taxa básica de juros da economia brasileira está acima desse patamar, é razoável dar preferência a algum título de renda fixa — uma categoria de investimento que, além de segura, tem opções com retornos de 1% ao mês.
Já no contexto internacional, em que as taxas de juros ainda são muito baixas, o retorno do staking ainda é superior. Agora, se você está pensando em correr risco tanto aqui quanto lá fora, o staking é uma boa alternativa para ampliar os ganhos em criptomoedas.
Sempre vale lembrar que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e seus investimentos em ativos digitais não devem ultrapassar os 5% do seu portfólio.
*Colaborou com esta matéria Orlando Telles, head de research e sócio-fundador da Mercurius Crypto
PAPO CRIPTO #020 — Quer comprar a criptomoeda que é a agulha no palheiro? Compre o palheiro inteiro
Não deixe de ouvir o último Papo Cripto com o CEO da Investo, Cauê Mançanares. Dê o play!
Prevenir é melhor que remediar: Ibovespa repercute decisão judicial contra tarifaço, PIB dos EUA e desemprego no Brasil
Um tribunal norte-americano suspendeu o tarifaço de Donald Trump contra o resto do mundo; decisão anima as bolsas
O ciclo de alta acabou? Bitcoin (BTC) recua para US$ 107 mil, e mercado de criptomoedas entra em modo de correção
Bitcoin recua após alta de quase 50% em menos de dois meses, altcoins desabam e mercado entra em correção — mas analistas ainda veem espaço para valorização
GameStop compra 4 mil bitcoins (BTC) no valor de meio bilhão de dólares, e ação despenca 9%
Plano de aquisição de criptomoedas visa proteção contra riscos sistêmicos e faz parte da estratégia do CEO de superar desafios enfrentados pela empresa
Méliuz (CASH3) divulga regras para quem quer pular fora da estratégia dos bitcoins e receber o dinheiro de volta
Os investidores que não desejarem fazer parte da nova empreitada da plataforma já podem pedir o reembolso dos investimentos nos papéis CASH3
Época de provas na bolsa: Ibovespa tenta renovar máximas em dia de Caged, ata do Fed e recuperação judicial da Azul
No noticiário corporativo, o BTG Pactual anunciou a compra de R$ 1,5 bilhão em ativos de Daniel Vorcaro; dinheiro será usado para capitalizar o Banco Master
Mesmo anônimo, Satoshi Nakamoto se torna a 11ª pessoa mais rica do mundo; entenda o mistério do criador do bitcoin (BTC)
Mesmo fora das listas oficiais, o criador anônimo do bitcoin acumula uma fortuna estimada em US$ 121 bilhões; com novas máximas, Satoshi segue trajetória rumo ao topo do ranking
Empresa de mídia de Donald Trump quer levantar US$ 2,5 bilhões para comprar bitcoin (BTC) e desafiar big techs e corporações ‘woke’
Trump Media planeja criar uma tesouraria em bitcoin para proteger a empresa de bancos e big techs e avançar em sua estratégia política e financeira nos EUA
Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio
Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos
Bitcoin (BTC) continua quebrando recordes e se aproxima dos US$ 112 mil no aniversário de sua 1ª transação
Bitcoin sustenta e renova máximas históricas nesta quinta-feira (22), impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além do avanço regulatório das stablecoins no Senado norte-americano
Nubank e Inter entram na comemoração do Bitcoin Pizza Day e zeram taxa das criptomoedas; confira outras iniciativas previstas para hoje
O dia 22 de maio celebra o dia em que um programador norte-americano utilizou a criptomoeda para pagar duas pizzas
Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa
Apesar da forte queda de ontem, bolsa brasileira segue flertando com novas máximas históricas
Bitcoin Pizza Day: como tudo começou com duas pizzas e chegou aos trilhões
No dia 22 de maio, o mercado de criptomoedas comemora a transação de 10 mil BTC por duas pizzas, que marcou o início do setor que já supera os US$ 3,5 trilhões
Bitcoin (BTC): após novo recorde, analista do Mercado Bitcoin vê início de novo ciclo de alta
Após máxima histórica de US$ 109,7 mil, bitcoin passa por correções e analista enxerga um rali diferente dos vistos no passado
Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil
Impulsionado por adoção institucional, trégua comercial com a China e ambiente regulatório favorável, bitcoin bate máxima histórica — mas cenário ainda exige cautela dos investidores
Méliuz (CASH3) lidera as maiores quedas da bolsa após considerar nova captação para investir em bitcoin (BTC); entenda
Queda acontece após Méliuz aprovar a mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Méliuz (CASH3) avalia captar recursos via dívida e oferta de ações de R$ 150 milhões para investir em bitcoin (BTC)
Companhia aprovou, na semana passada, mudança no estatuto social para passar a adotar a criptomoeda como principal ativo de investimento da sua tesouraria
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
É igual, mas é diferente: Ibovespa começa semana perto de máxima histórica, mas rating dos EUA e gripe aviária dificultam busca por novos recordes
Investidores também repercutem dados da produção industrial da China e de atividade econômica no Brasil