O que é ‘staking’, o método que te paga para emprestar criptomoedas — e por que ele é o responsável pela queda do bitcoin (BTC) hoje
O modelo está ameaçado depois que a Celsius suspendeu as negociações na plataforma? A resposta, definitivamente, é não

Assim como o nosso Universo, a realidade das criptomoedas está sempre em constante expansão. Projetos e protocolos são criados todos os dias e novas formas de ganhar dinheiro com esse mercado também aparecem — e uma delas é o staking.
De modo geral, essa ferramenta funciona como uma espécie de “aluguel” de criptomoedas. O investidor pode emprestar seus tokens para a rede, que paga aos usuários remunerações variáveis — algumas podem chegar aos dois dígitos ao ano.
Porém, uma das plataformas que trabalha com o staking foi responsável pela crise recente das criptomoedas.
Estamos falando do protocolo Celsius, que congelou os tokens dos investidores na plataforma — e as negociações seguem suspensas por mais de 48 horas.
Apesar do susto, o modelo de staking ainda é uma das formas de conseguir uma renda extra com criptomoedas, além da valorização dos próprios ativos digitais. O modelo foi bem aceito pelo mercado e as plataformas mais antigas nem chegaram a se abalar com os problemas da Celsius.
Mas, apesar de atrativo, essa modalidade requer alguns cuidados — entrar de cabeça sem conhecer seu funcionamento ou seus riscos pode trazer problemas ao investidor..
Leia Também
A seguir, eu te conto algumas dicas de como se prevenir antes de começar a praticar o staking:
Staking de criptomoedas: como fazer
O usuário precisa ter criptomoedas na sua carteira digital (wallet) e estar conectado a alguma plataforma que permita o staking.
Em geral, as corretoras de criptomoedas (exchanges) permitem o staking de algumas moedas para os usuários. Operar através delas é o caminho mais fácil para o investidor, já que o processo é mais automatizado — basta checar a lista de tokens aptos para o processo.
As principais exchanges são a Kraken, Binance e BlockFi, mas existem protocolos de staking de outras corretoras menos famosas. O único problema é que os retornos costumam ser mais baixos do que em plataformas especializadas.
Do centralizado ao descentralizado
Mas existem plataformas ainda mais descentralizadas do que as exchanges para fazer o staking, como a Yearn Finance, Ankr, Aave ou Lido, entre outras. Para começar, basta entrar no site ou baixar o aplicativo dessas ferramentas, conectar a sua wallet e aguardar os retornos.
Vale lembrar que cada plataforma paga de maneira diferente por criptomoeda. No portal da Staking Rewards é possível acompanhar quais são as moedas mais rentáveis e em qual plataforma fazer o staking delas.
Os valores costumam variar bastante, então vale a pena despender algum tempo para fazer uma boa pesquisa antes de começar. As recompensas vão de 6% a até mais de 20% ao ano, em alguns casos.
O que aconteceu com a Celsius
A plataforma Celsius funciona como uma rede que facilita as operações de DeFis. Além do staking, o aplicativo também permite o empréstimo (lending) de criptomoedas com garantia em outras moedas digitais.
A queda recente do mercado fez alguns protocolos menores desaparecerem — como foi o caso da Terra (LUNA), mas em uma escala reduzida.
Porém, a saída de investidores devido às perdas recentes das criptomoedas, somado a esses sumiços, contribuiu para uma perda de liquidez da plataforma Celsius.
Assim, ela travou os saques e as negociações dos investidores. Em um mercado que funciona nos sete dias da semana e 24 horas por dia, cada minuto conta durante uma queda mais brusca.
Os problemas do staking
Mas como é possível oferecer retornos tão substanciais para quem adere ao staking?
Essas plataformas fazem dinheiro emprestando essas criptomoedas da rede para outros investidores ou protocolos de finanças descentralizadas (decentralized finances, ou simplesmente DeFi) por uma taxa mais alta. Assim, a diferença fica para a rede.
Entretanto, vale destacar que o mercado de DeFis foi um dos segmentos em criptomoedas que mais perdeu força ao longo do último ano, de acordo com o DeFi Pulse.
O valor total dos contratos travados (total value locked, ou TVL) em protocolos DeFi caiu cerca de 44% em 2022 em relação ao mesmo período do ano passado, para US$ 41,18 bilhões.
Apesar de outros protocolos de staking não seguirem pelo mesmo caminho da Celsius, os investidores seguem atentos e preocupados com novos congelamentos.
Os protocolos de staking em criptomoedas
Confira a seguir algumas plataformas de staking. Algumas delas também emitem criptomoedas — ou seja, é possível investir em projetos do tipo sem necessariamente disponibilizar seus tokens para rede:
- Aave (AAVE): Esse protocolo leva o mesmo nome da 51ª maior criptomoeda do mundo e é um dos mais conhecidos para realização de staking. De acordo com o site dos desenvolvedores, a plataforma chega a pagar até 30% para a operação.
- BlockFi: A exchange BlockFi pode não ser uma das maiores do mundo, mas chega a recompensar em até 15% as criptomoedas para staking.
- Kraken: Outra corretora de criptomoedas com mais de 1250 usuários em staking e US$ 1,3 bilhão em rendimentos do tipo. Também oferece retornos de até 23%, dependendo da moeda que o usuário deixar para staking.
- Lido: Plataforma descentralizada que permite staking, retornos de até 22%.
- Blockdaemon: Também é uma plataforma descentralizada para staking de criptomoedas. O aplicativo não deixa claro quanto deixa de retorno, mas é possível checar as condições no site do protocolo. Tem mais de 2.500 usuários únicos de staking e um valor de US$ 471 milhões nesse tipo de investimento.
- Midas.Investments: Apesar de ter apenas pouco mais de US$ 227 milhões em criptomoedas em staking, essa plataforma tem um grande número de usuários nesse tipo de investimento, totalizando quase 90 mil investidores. Os retornos chegam a 23%.
É uma boa investir em staking?
Esses retornos em criptomoedas costumam dar recompensas na casa dos 10%, em uma média grosseira. Ou seja: levando em conta que a taxa básica de juros da economia brasileira está acima desse patamar, é razoável dar preferência a algum título de renda fixa — uma categoria de investimento que, além de segura, tem opções com retornos de 1% ao mês.
Já no contexto internacional, em que as taxas de juros ainda são muito baixas, o retorno do staking ainda é superior. Agora, se você está pensando em correr risco tanto aqui quanto lá fora, o staking é uma boa alternativa para ampliar os ganhos em criptomoedas.
Sempre vale lembrar que o mercado de criptomoedas é altamente volátil e seus investimentos em ativos digitais não devem ultrapassar os 5% do seu portfólio.
*Colaborou com esta matéria Orlando Telles, head de research e sócio-fundador da Mercurius Crypto
PAPO CRIPTO #020 — Quer comprar a criptomoeda que é a agulha no palheiro? Compre o palheiro inteiro
Não deixe de ouvir o último Papo Cripto com o CEO da Investo, Cauê Mançanares. Dê o play!
A marca dos US$ 100 mil voltou ao radar: bitcoin (BTC) acumula alta de mais de 10% nos últimos sete dias
Trégua momentânea na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somada a dados positivos no setor de tecnologia, ajuda criptomoedas a recuperarem parte das perdas, mas analistas ainda recomendam cautela
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Trump recua e bitcoin avança: BTC flerta com US$ 94 mil e supera a dona do Google em valor de mercado
Após a Casa Branca adotar um tom menos confrontativo, o mercado de criptomoedas entrou em uma onda de otimismo, levando o bitcoin a superar o valor de mercado da prata e da Alphabet, controladora do Google
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app
Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos
Méliuz (CASH3): BTG Pactual aumenta participação acionária na companhia e ações saltam mais de 14%; entenda
Papéis voltam aos holofotes do mercado aos poucos, desde que o Méliuz tomou a decisão de investir em bitcoin, em março
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Como declarar bitcoin e outras criptomoedas no imposto de renda 2025
Operações com criptoativos podem precisar ser informadas na declaração de imposto de renda, além de estarem sujeitas à tributação
Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas
Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor nesta segunda-feira (21)
O frio voltou? Coinbase acende alerta de ‘bear market’ no setor de criptomoedas
Com queda nos investimentos de risco, enfraquecimento dos indicadores e ativos abaixo da média de 200 dias, a Coinbase aponta sinais de queda no mercado
Méliuz (CASH3) quer adotar o bitcoin como estratégia de longo prazo e conselho convoca assembleia para deliberar sobre os novos planos
A empresa realizou um estudo para planejar a adoção da nova estratégia. Os acionistas que não tiverem interesse serão reembolsados no valor de suas ações
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Bitcoin (BTC) sustenta recuperação acima de US$ 84 mil — mercado cripto resiste à pressão, mas token Mantra despenca 90% sob suspeita de ‘rug pull’
Trégua nas tarifas de Trump e isenção para eletrônicos aliviam tensões e trazem respiro ao mercado cripto no início da semana
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Bitcoin (BTC) dispara e recupera patamar de US$ 82 mil — alívio nas tarifas reacende o mercado cripto
Após o presidente Donald Trump anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, o bitcoin subiu 6,10% e puxou alta de todo o mercado de criptomoedas
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Segunda-feira sangrenta: bitcoin afunda; o que esperar daqui para frente?
Após breve alívio na sexta-feira, mercado cripto volta a enfrentar pressão vendedora, liquidações bilionárias e queda de indicadores técnicos — mas ainda há um ponto de esperança no horizonte