Uma data muito temida na cultura popular é a sexta-feira 13. Se for em agosto, então, melhor nem sair da cama. Mas quem acompanha os mercados financeiros talvez inclua esta segunda-feira, 13 de junho de 2022, entre as datas a serem ao menos monitoradas na categoria de “pouco auspiciosas”.
Os mercados globais de ações registram forte queda nesta segunda-feira depois de os dados da inflação de maio nos Estados Unidos terem desencadeado temores de que os principais bancos centrais do mundo terão de agir agressivamente para deter a alta dos preços.
Na madrugada, as bolsas de valores asiáticas fecharam forte queda. Pela manhã, os principais mercados da Europa abriram em baixa acentuada. Em Nova York, os índices futuros de Wall Street sinalizam um mar vermelho para o restante da manhã.
O movimento dá continuidade ao mau humor que tomou conta dos mercados financeiros depois da divulgação, na semana passada, do índice de preços ao consumidor norte-americano em maio. Principalmente por causa dele, os principais índices de Wall Street registraram a maior queda semanal desde janeiro.
Nada que não possa piorar. O dado de inflação continua repercutindo em uma semana na qual a política monetária estará em discussão no Brasil e nos Estados Unidos.
Entre as quedas de hoje, porém, nada se compara à sangria observada nas criptomoedas. O bitcoin, principal expoente do setor, recuava mais de 10% na manhã de hoje e perdia níveis de suporte que podem agravar ainda mais a situação das moedas digitais.
As criptomoedas sofrem (ainda) mais que o restante dos ativos de hoje devido à suspensão de saques e transferências pela Celsius. A plataforma de empréstimos cripto alega ter tomado a medida devido a “condições extremas de mercado”.
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Ameaçado por Lula, Bolsonaro teria pedido o ‘socorro’ de Biden para conseguir reeleição, aponta reportagem. O atual presidente teria citado o petista como grande ameaça aos interesses dos EUA no Brasil, segundo a agência de notícias Bloomberg.
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Tenha uma boa semana.