Embora séries do universo fantástico como Game of Thrones estejam longe de ser uma unanimidade, algumas cenas têm grandes chances de serem lembradas no futuro como algumas das mais impactantes da produção audiovisual.
Uma delas é a que mostra o momento no qual Viserion, transformado em dragão de gelo pelo Rei da Noite, abre uma passagem na Muralha para que os whitewalkers avancem sobre Westeros.
E mesmo que você talvez não tenha a menor ideia do que estamos falando, é possível afirmar: os investidores estão na expectativa da chegada de um novo dragão no pedaço.
Depois de assistirem impotentes aos voos do dragão da inflação ao longo dos últimos meses, os participantes do mercado financeiro iniciam a semana animados com a possibilidade de um dragão de gelo começar a usar seu poder para atenuar a alta dos preços.
Isso ocorre por causa da expectativa de que a inflação esteja começando a ceder nos Estados Unidos. Os números de julho serão conhecidos na quarta-feira. Se confirmada, a desaceleração dos preços se somará à melhora do mercado de trabalho entre os sinais de que a economia norte-americana estaria se afastando do risco de recessão.
Na prática, isso significa que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ganha espaço para manter um ritmo mais forte de aperto monetário na tentativa de domar o dragão da inflação.
E por falar em dragão, agora um de gelo, as atenções no Brasil também estão voltadas para a inflação e o aperto monetário. Mas a notícia chegará um dia antes, quando serão divulgados os dados da inflação de julho e a ata da última reunião do Copom.
Os analistas esperam que a variação mensal do IPCA de julho mostre a maior deflação registrada no Brasil desde a implementação do Plano Real, em 1994. Com isso, já há quem fale em fim do ciclo de aperto monetário no Brasil.
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O que você precisa saber hoje
A VOLTA DO FAVORITO
Wilson Ferreira Junior é eleito presidente e retornará ao comando da Eletrobras (ELET6; ELET3). Executivo foi presidente da empresa entre 2016 e 2021 e é visto como o responsável pela reestruturação que permitiu a privatização da companhia.
ELES ESTÃO INDO BEM!
Tesouro Direto: títulos preferidos de analistas e gestores têm alta no ano e vivem rali – e ainda há espaço para mais. Para além do Tesouro Selic, prefixados e Tesouro IPCA+ de prazos curtos estão se saindo bem de forma talvez até meio surpreendente – mas tem explicação!
GIGANTE VAREJISTA
Do hype aos bilhões: como a Shein superou gigantes da moda como a Zara e agora quer abrir capital nos EUA. Com uma cadeia de fornecimento bem aperfeiçoada, aliada à inteligência artificial e à automação dos processos, a chinesa tem sonhos grandes.
EXISTE ESPERANÇA
Elon Musk flerta com a possibilidade de seguir em frente com a compra do Twitter — mas antes quer certeza sobre o número de usuários da rede. Dono da Tesla voltou a usar a própria conta na plataforma para pressionar executivos da empresa de mídia social.
RESPIRA FUNDO, BUFFETT
Volatilidade em Wall Street pesa e Berkshire Hathaway (BERK34) tem prejuízo bilionário no segundo trimestre. Apesar de o balanço da holding ter sentido o impacto da montanha-russa de Nova York, o executivo é um grande defensor de investimentos de longo prazo e costuma ignorar oscilações de um período muito curto.
NÃO ENTRE NESSA
AMTD Digital: A ação desconhecida que subiu mais de 32.000% em menos de um mês e agora entra em queda meteórica. Recém-chegada a Nova York, os papéis da AMTD levaram a companhia a valer mais do que grandes bancos como o Goldman Sachs e BofA.
ROTA DO BILHÃO
O Lobo de Cashmere: Como Bernard Arnault, dono da LVMH, fez uma fortuna de US$ 168,6 bilhões a partir de bolsas e joias. Apelidado de “Exterminador do Futuro”, o francês transformou uma empresa de tecidos falida na maior companhia da Europa.
Uma boa semana para você!