A nova alta da Selic, o salto da Cielo (CIEL3) e o balanço do Mercado Livre (MELI34); confira os destaques do dia

“O fim está próximo, o fim está próximo. Os sinais apontam que o fim está próximo”.
Qualquer um que passasse por um pregador do apocalipse na Praça da Sé ou pelos corredores da B3 poderia ouvir com clareza os gritos que embalaram os negócios nesta quarta-feira (03).
A alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, a 13,75% ao ano, anunciada há pouco pelo Banco Central brasileiro, já era dada como certa, mas os investidores tinham mais ambições para o comunicado.
Isso porque a inflação já dá sinais de arrefecimento, a economia global e o preço das commodities começam a desacelerar e economistas veem pouco espaço para uma Selic ainda mais elevada.
A forte queda vista hoje no mercado de juros futuros e o salto nas ações de varejo e tecnologia tiveram como fonte a esperança de que o BC declararia o fim do aperto monetário que se iniciou há mais de um ano. O Copom, no entanto, voltou a deixar a porta aberta para que ajustes residuais sejam feitos no próximo encontro.
Uma reprecificação dos ativos deve ser esperada para amanhã, já que o Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 0,40%, aos 103.775 pontos.
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O minério de ferro em forte baixa pressionou o setor de mineração e siderurgia durante a parte da manhã, mas os investidores brasileiros encontraram ânimo para reverter o quadro. O dólar à vista, depois de oscilar de um avanço de 0,70% a uma queda de 0,64%, encerrou o dia com um leve recuo de 0,02%, a R$ 5,2780.
Em Nova York, os ganhos foram bem mais robustos. Nancy Pelosi, a presidente da Câmara dos EUA, mal chegou a Taiwan e já voltou, confinando a um dia o temor de que a visita da congressista iniciasse uma grande crise diplomática. Em Wall Street, os investidores mostraram que a preocupação com o futuro das relações sino-americanas ficou no passado.
Pegando carona em bons números da temporada de balanços — e correndo atrás do tempo perdido —, o Dow Jones encerrou o dia em alta de 1,28%, o S&P 500 subiu 1,56% e o Nasdaq foi além, com um avanço de 2,59%.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quarta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
EMPRÉSTIMO FECHADO
3R Petroleum (RRRP3) capta US$ 500 milhões com bancos para financiar compra de ativo da Petrobras, mas pode precisar de mais dinheiro. O anúncio do empréstimo deve tirar uma fonte de incerteza que pairava sobre a petroleira, que fechou a compra do Polo Potiguar no início do ano.
BALANÇO
Mercado Livre (MELI34) responde à maré de inflação e juro alto com lucro 81% maior no trimestre. Com receita recorde entre abril e junho, graças ao Mercado Pago, os papéis MELI chegaram a subir 7% no after market em Nova York.
DÉBITO OU CRÉDITO?
Cielo (CIEL3) reage e ação dobra de valor no ano, mas ainda está longe de vencer a “guerra das maquininhas”. Os papéis da companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil dispararam hoje por conta do balanço do segundo trimestre, mas perda de clientes e saída de CEO preocupam.
PRÉVIA NÃO AGRADOU
UBS BB corta preço-alvo de Méliuz pela metade; saiba se é hora de comprar ou vender CASH3. O banco manteve a recomendação neutra e vê uma valorização de 31% para os papéis em relação ao fechamento de terça-feira (02).
SÓ O AMOR…
Entenda o que são as ‘pontes’ que ligam as blockchains das criptomoedas; elas já perderam US$ 2 bilhões em ataques hackers. A fragilidade desses sistemas se deve principalmente por serem projetos muito novos e somarem as fraquezas de duas redes diferentes.
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
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