Sabesp (SBSP3) cai quase 5% após UBS BB deixar de indicar a compra da ação — saiba o que está por trás do rebaixamento
A nova indicação do banco para os papéis SBSP3 passou de compra para neutra, mas o preço-alvo subiu de R$ 56,00 para R$ 60,00
![Sabesp (sbsp3) dá mais um passo para a privatização](https://media.seudinheiro.com/uploads/2020/01/sabesp-1920x1080-e1664975810750-715x402.jpg)
Um vazamento de água ou um problema no esgoto… Dessa vez, a Sabesp (SBSP3) veio à tona, mas não por uma atividade que parou o estado de São Paulo. A companhia de saneamento básico paulista ficou entre as maiores baixas da bolsa brasileira nesta quinta-feira (15). O motivo: o UBS BB rebaixou a recomendação das ações.
A nova indicação do banco para os papéis SBSP3 passou de compra para neutra, mas o preço-alvo subiu de R$ 56,00 para R$ 60,00 — o que representa um potencial de valorização de 22% com relação ao fechamento de hoje
A reavaliação do UBS BB pesou e as ações da Sabesp fecharam o pregão em queda de 4,22%, a R$ 49,09.
Para o banco, a campanha eleitoral — com possibilidade de privatização no radar — e os resultados fracos no último trimestre contribuíram para adoção de maior cautela em relação ao desempenho da empresa.
Mudanças de premissas macroeconômicas, como inflação e juros, e futuros reajustes tarifários de longo prazo também foram consideradas.
Ou seja, os riscos de interferência política, mudanças regulatórias e a flutuação da taxa de câmbio entraram no radar do banco suíço a respeito da Sabesp.
Desempenho da Sabesp
Apesar do rebaixamento na recomendação e de resultados fracos do segundo trimestre, os papéis da Sabesp têm um bom desempenho.
No mês, as ações já valorizaram 10% e nos últimos 12 meses, contam com ganhos de 43%.
![](https://media.seudinheiro.com/uploads/2022/09/SBSP3_2022-09-15_17-45-52.png)
No último trimestre, porém, a Sabesp registrou lucro líquido de R$ 422,5 milhões, uma queda de 45,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado subiu 4%, para R$ 1,51 bilhão entre abril e junho.
“Acreditamos que a avaliação da Sabesp está próxima de seu nível médio histórico e acima do nível mais baixo da pior crise hídrica do estado de São Paulo (2014/2015)”, afirma o UBS.
Privatização à vista?
A Sabesp é uma empresa mista, ou seja, parte da companhia de saneamento básico, coleta e tratamento de esgotos são controladas pelo governo, no caso, estadual.
O estado detém 50,3% do capital total da companhia e o restante é negociado na bolsa de valores brasileira, a B3. Em outras palavras, a ideia estrutural é a mesma que rege o Banco do Brasil (BBAS3) no âmbito federal.
Sendo assim, o vento da privatização hora ou outra bate à porta da Sabesp, sobretudo em período de campanha eleitoral.
Neste ano, alguns candidatos têm declarado publicamente suas intenções de privatizar ou melhorar a rentabilidade da companhia — o que foi destacado no relatório do UBS BB, ainda que o banco não considere a desestatização como cenário-base da avaliação.
Os dois candidatos ao governo de São Paulo mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais já manifestaram suas opiniões sobre a empresa.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu privatizar a companhia caso eleito. Ele detém 21% das intenções de voto e é o segundo colocado no último levantamento do Ipespe, divulgado em 08 de setembro.
Já Fernando Haddad (PT), que detém 36% das intenções de voto, descarta a ideia.
- EXCLUSIVO "BOLSONARO X LULA": com 7 de setembro e ânimos à flor da pele para eleições, saiba como as eleições podem mexer com o Ibovespa daqui para frente e o que aconteceu com a Bolsa nas últimas 6 eleições, de 1998 a 2018. Basta liberar o material gratuito neste link
Na avaliação do UBS, o risco de desestatização paira sobre a companhia já que “o próximo governador e consequentemente futuro controlador da Sabesp poderá tomar decisões que impactam substancialmente a empresa”.
“O processo de privatização é muito complexo e demorado. Como exemplo, o processo de privatização da Eletrobras começou em 2016 e só terminou em 2022. Assim, não estamos considerando uma privatização em nosso cenário-base e acreditamos que os investidores estão precificando apenas uma probabilidade de 20% de uma possível bull case (privatização)”, afirma o relatório.
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano