Mercado Livre ou Nubank? O Itaú BBA tem forte preferência por um deles
Apesar de Mercado Livre e Nubank terem origens completamente diferentes, a receita do varejista tem ficado parecida com a do banco digital

Você deve ter visto o título dessa matéria e pensado: mas o que tem a ver o Mercado Livre (MELI34) com o Nubank (NUBR33)?
De fato, comparar um e-commerce com um banco digital, a princípio, não parece fazer muito sentido. Mas o ponto chave identificado pelo Itaú BBA é a parte de serviços financeiros do Mercado Livre, representada pelo Mercado Pago.
De acordo com os analistas do banco, tanto o Mercado Livre quanto o Nubank estão procurando monetizar seus milhões de clientes oferecendo crédito.
“Ambos têm méritos e enfrentam desafios, mas nossa conclusão é fortemente a favor do Mercado Livre, baseada no crescimento de longo prazo e potencial de valor”, afirmaram os analistas em relatório.
Assim, o Itaú BBA tem recomendação de compra para os papéis do Mercado Livre e de venda para os do Nubank. Ambas as companhias possuem ações listadas em Nova York e BDRs (recibos de ações) negociados na B3.
O preço-alvo estipulado para as ações do e-commerce é de US$ 1.200, o que representa potencial de alta de 32,5% em relação ao último fechamento. Já o preço-alvo para o Nubank é de US$ 3,50, ou seja, 33% abaixo da cotação atual.
Leia Também
Mercado Livre virando Nubank?
Em relatório, o Itaú BBA aponta que, apesar de o Mercado Livre e o Nubank terem origens completamente diferentes, a evolução da receita da área financeira do e-commerce, o Mercado Pago, tem ficado cada vez mais parecida com a do Nubank.
Isto significa que uma fatia de cerca de 60% da receita é proveniente de produtos de crédito, enquanto os outros 40% correspondem a taxas de serviço.
O BBA destaca, ainda, que o setor bancário tem visto um aumento rápido da inadimplência nos clientes pessoa física, especialmente nos cartões de crédito e empréstimos pessoais, ambos produtos que são o foco tanto do Mercado Pago quanto do Nubank.
O crescimento do crédito no Mercado Pago, de acordo com o Itaú BBA, tem feito aumentar o potencial de sobreposição entre a empresa e o Nubank.
Diferencial competitivo
Se uma operação está ficando mais parecida com a outra, o que as diferencia a ponto de o Itaú BBA preferir o Mercado Livre ao Nubank?
Para os analistas, o fato de o Mercado Pago estar conectado à plataforma do Mercado Livre representa um diferencial competitivo para a companhia.
Isso permite, por exemplo, usar a inteligência de dados para reduzir o custo de aquisição de usuários e afinar a metodologia de concessão de crédito.
O Itaú BBA pondera, no entanto, que hoje o Nubank financia suas operações de crédito por meio dos US$ 13 bilhões em depósitos dos clientes a um custo de 100% do CDI, um custo menor que o do Mercado Pago. Atualmente, as operações de crédito do Mercado Pago custam entre 115% e 120% do CDI.
Porém, os analistas enxergam uma oportunidade para o Mercado Pago eventualmente começar a usar os depósitos dos clientes como financiamento também.
“Acreditamos que o Mercado Livre tem uma conexão superior com o vendedor para ajudá-lo a capturar e reter seus depósitos ao longo do tempo”, disse o Itaú BBA.
Leia também:
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como