Na Omega Geração (OMGE3), um grupo importante de acionistas está descontente — e quer barrar os planos da empresa
Fundos detentores de 28,6% da Omega Geração (OMGE3) se uniram e dizem que não vão aprovar a fusão com a Omega Distribuição nos termos atuais
Quase sempre, operações de fusão e aquisição são comemoradas pelo mercado: muito se fala nos ganhos de sinergia, no potencial de expansão das atividades e outras vantagens a serem destravadas. No caso da Omega Geração (OMGE3), a história se repetiu — analistas aplaudiram o anúncio de união com a Omega Distribuição. Só que, no lado dos acionistas, a história não tem sido bem essa.
Na noite de sexta-feira (15), um grupo de importantes investidores da Omega Geração se juntou para questionar, via carta, os termos do acordo com a distribuidora. Não estamos falando de acionistas quaisquer: o documento é assinado por Aberdeen, Compass, Icatu, IP Capital, Larus, Oceana, Squadra, Truxt e Verde Asset — fundos que, em conjunto, detém 28,6% das ações OMGE3.
"Em que pesem as potenciais sinergias e alavancas de criação de valor advindas da combinação de negócios, o grupo de acionistas considera que a relação proposta falha em capturar o valor correto da Omega Geração, bem como não incorpora os desafios que surgem com a combinação com a Omega Distribuição", dizem os fundos, ressaltando que pretendem votar contra a operação na assembleia de acionistas do dia 28 caso os termos se mantenham inalterados.
Vale lembrar que a união já teve suas condições revisadas, atendendo às pressões dos minoritários. Originalmente, os acionistas da Omega Geração ficariam com 74,35% da empresa combinada — o percentual subiu para 80%. Ainda assim, os fundos de investimento consideram que a participação está desbalanceada.
Na carta, o grupo de acionistas destaca que a Omega Geração é "um ativo único e irreplicável", uma vez que sua escala e posicionamento no setor de energia limpa a colocam "numa condição ímpar" para capturar as oportunidades que estão por vir com a abertura do mercado livre de energia para os consumidores de baixa tensão.
Outros pontos de valor elencados pelos fundos incluem:
Leia Também
- Liquidez elevada;
- Preocupação com aspectos ESG;
- Ausência de acionista controlador;
- Crescimento de baixo risco via ativos operacionais.
"Nesse contexto, o grupo de acionistas considera que a avaliação da Omega Geração sem consideração de valor para os atributos acima descritos subestima materialmente o valor real da companhia", escrevem os fundos.
Dito isso, os investidores pedem por mais uma reavaliação no valuation da Omega Geração e da Omega Distribuição, com uma mudança na relação de troca entre as companhias. O objetivo é chegar a uma estrutura em que os atuais detentores de OMGE3 fiquem com uma fatia ainda maior da nova empresa, de 83,09% — o que, para os fundos, é a proporção correta e que não implica em perda de valor.
Omega Geração (OMGE3): resposta aos acionistas
A Omega já emitiu uma resposta oficial aos questionamentos dos fundos. Também em carta, a empresa diz prezar pela transparência na condução desse processo e lembra que a união proposta foi recomendada por analistas de investimento e de governança corporativa.
Quanto à avaliação das empresas em si, a Omega Geração destaca que os acionistas minoritários têm papel de protagonismo na operação, mas que, ao mesmo tempo, devem ter a responsabilidade de defender os interesses da empresa, avaliando os méritos e riscos da proposta.
"Essas reflexões foram ponderadas de forma profunda e diligente pelos conselheiros independentes e assessores da Omega Geração e divididos com o mercado as informações, processos, avaliações e recomendações", afirma a companhia, ressaltando que a correspondência dos fundos será encaminhada à Omega Distribuição — mas lembrando que não há qualquer obrigação por parte da distribuidora de aceitar os termos propostos.
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
