Em meio a um momento delicado para o mercado acionário brasileiro, a B3 (B3SA3), que opera a bolsa de valores por aqui, divulgou nesta quinta-feira (11) um balanço do terceiro trimestre com altas tímidas e algumas quedas em seus principais indicadores financeiros.
A receita líquida de R$ 2,3 bilhões registrada pela companhia recuou 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado e 6,1% na comparação com os três meses anteriores. Já o lucro líquido não recorrente chegou a R$ 1,2 bilhão e avançou 3,5% na base anual, mas caiu 1,4% na trimestral.
Apesar da queda, a B3 reforça que as finanças dos dois períodos utilizados para a comparação foram positivamente impactadas por reversões de provisões não recorrentes. “Sem essas reversões, as receitas deste trimestre teriam sido 7,1% maiores que no 3T20 e 1,4% menores que no 2T21, respectivamente”, reforça a administração.
Confira outras linhas do balanço destacadas pela companhia:
Indicador | 3T21 | Variação em relação ao 3T20 | Variação em relação ao 2T21 |
Ebitda recorrente | R$ 1,8 bilhão | + 9,3% | - 1,8% |
Margem EBITDA recorrente | 80,7% | + 149 bps | - 22 bps |
Lucro líquido recorrente | R$ 1,3 bilhão | + 13,0% | + 4,9% |
Mercado de ações
No segmento de ações da B3, o volume médio de negociações diárias (ADTV) totalizou R$ 31,5 bilhões, crescimento de 9,6% na comparação anual, mas queda de 4,9% em relação ao segundo trimestre.
Segundo a operadora da bolsa, o número reflete o grande volume de ofertas públicas realizadas nos últimos doze meses e a recuperação do valor das ações listadas no mercado à vista.
Ainda dentro do desempenho operacional, as maiores altas de ADTV foram registradas no mercado a termo (+ 59,9% em relação ao terceiro trimestre de 2020) e de contratos futuros de índice de ações (+ 59,8% relação ao terceiro trimestre de 2020).
O número de investidores, contabilizados em CPFs individuais, cresceu 33,5% na comparação anual e chegou a 3,3 milhões.
Projeções para 2021
Veja também as projeções da B3 para 2021. Reafirmadas:
- Investimentos (R$420 milhões até R$460 milhões);
- Despesas atreladas ao faturamento (R$225 milhões até R$265 milhões);
- Depreciação e amortização (R$1.060 milhões até R$1.110 milhões);
- Distribuição de lucro aos acionistas (120% - 150% do lucro líquido societário);
- e Orçamento de despesas operacionais ajustadas (de R$1.295 milhões até R$1.345 milhões).
Revisadas:
- Alavancagem (de 1,5x para até 2,0x dívida bruta / EBITDA recorrente dos últimos 12 meses).