A variante Ômicron do novo coronavírus provavelmente se espalhará mais e representa um risco global “muito elevado”, advertiu a Organização Mundial da Saúde (OMS) na manhã de hoje.
A entidade alertou ainda que surtos de infecções de Covid causados pela variante do problema poderiam ter “consequências graves” em algumas regiões.
A mensagem faz parte de um informe técnico emitido hoje pela OMS aos governos dos 194 países que a integram.
Consequências potencialmente graves
“Dadas as mutações que podem conferir potencial de escape imunológico e possivelmente vantagem de transmissibilidade, a probabilidade de disseminação potencial do Ômicron em nível global é alta”, diz a OMS em sua avaliação de risco.
“Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros da covid-19, o que pode ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, inclusive onde os surtos podem ocorrer”, prossegue o documento.
Com isso, o risco representado pela variante é considerado “muito elevado”.
Segundo a agência de saúde da ONU, a Ômicron é "uma variante altamente divergente com um alto número de mutações algumas das quais são preocupantes e podem estar associadas ao potencial de escape imunológico e maior transmissibilidade".
Incertezas
Apesar do alerta, ainda existem incertezas e incógnitas em relação à cepa em um momento no qual o número de mortes provocadas pela pandemia ultrapassa a marca de 5,2 milhões, sendo mais de 614 mil no Brasil.
Os especialistas ainda não sabem, por exemplo, o quão transmissível é a variante.
Também há incerteza sobre se as vacinas desenvolvidas até o momento protegem contra infecção, transmissão e quadros clínicosde diferentes graus de gravidade e morte.
Além disso, não se sabe se a Ômicron representa um perfil de gravidade diferente em relação a outras cepas.
Risco elevado de reinfecção
Segundo a OMS, levará semanas algumas para se chegar a respostas a essas dúvidas.
Ainda assim, evidências preliminares sugerem que a cepa tem um risco elevado de reinfecção.
Diante das incertezas, a OMS pediu aos países-membros que acelerem a vacinação contra a covid-19, especialmente entre os grupos de alta prioridade.
Poucos casos fora da África do Sul
As informações disponíveis até o momento dão conta que a variante está se espalhando pela África do Sul mais rapidamente do que variantes anteriores.
Até o momento, porém, houve apenas um pequeno número de casos relatados fora da África do Sul, o que abrange alguns países vizinhos e casos no Reino Unido, na França, em Israel, na Escócia, na Bélgica, na Holanda, na Alemanha, na Itália, na Austrália, no Canadá e em Hong Kong.
*Com informações da CNBC.