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Bolsa vai na contramão de NY e Ibovespa se firma em alta; dólar recua

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Após ficar no zero a zero na sessão de ontem, hoje o Ibovespa tenta fugir do mesmo roteiro nesta terça-feira (11).

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Pela manhã, dois fatores importantes foram conhecidos pelo mercado e mexem com os negócios hoje - dados de inflação e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária.

Falta fôlego vindo do exterior, ainda que os índices em Nova York tenham reduzido a queda na última hora. Mas, depois de muito oscilar entre perdas e ganhos, o Ibovespa finalmente se firmou em alta.

Temos mais uma sessão de forte alta das empresas ligadas às commodities metálicas, o Ibovespa tem tentado reverter essa situação, mas oscila entre perdas e ganhos. A commodity tem ganhado força nos últimos meses, levando siderúrgicas e a Vale a ter uma valorização expressiva. Você confere nesta matéria os motivos.

Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,44%, aos 122.450 pontos. O dólar à vista, que operou em alta boa parte da manhã, agora recua 0,09%, a R$ 5,2277.

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Dando tração

Enquanto em Nova York a queda dos principais índices é superior a 1%, por aqui o bom desempenho da Vale - mais uma vez puxada pelo rali do minério de ferro - tenta contornar a situação.

Mas o principal destaque fica com as ações da Eletrobras. O governo voltou a sinalizar avanços no processo de privatização da companhia - o que anima o mercado.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sinalizou mais uma vez para a capitalização da companhia e afirmou que a estimativa é que a privatização seja concluída até janeiro de 2022. A Câmara dos Deputados vota a medida provisória que abre caminho para a operação na próxima semana. Confira os principais destaques do dia:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
ELET3Eletrobras ONR$ 38,85 4,60%
ELET6Eletrobras PNBR$ 39,40 3,44%
VALE3Vale ONR$ 117,08 2,08%
AZUL4Azul PNR$ 40,23 1,90%
QUAL3Qualicorp ONR$ 25,96 1,80%

Confira também as maiores quedas:

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CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
TOTS3Totvs ONR$ 31,61 -4,27%
LWSA3Locaweb ONR$ 22,54 -4,09%
HGTX3Cia Hering ONR$ 27,67 -3,59%
EMBR3Embraer ONR$ 16,03 -3,26%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 26,64 -2,74%

Otimista, mas depende

A ata do Copom sinalizou que a instituição está preocupada com o avanço da pandemia e reafirma que a vacinação (que ainda patina no país) terá efeito significativo na retomada econômica. Enquanto isso, o IPCA, índice oficial de inflação, desacelerou na passagem de março para abril. No entanto, o índice ainda acumula alta acima do centro da meta nos últimos 12 meses. 

O Banco Central se mantém otimista com a retomada da economia no segundo semestre. Pelo menos é o que diz a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição.

Para a autoridade monetária, a economia deve se recuperar na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos "de forma mais abrangente". Na última reunião, o Copom elevou a taxa básica de juros, de 2,75% para 3,50%.

Além disso, o BC vê que, com exceção do petróleo, os preços internacionais das commodities continuam em elevação, com impacto sobre as projeções de preços de alimentos e bens industriais.

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Com um tom mais ameno, os investidores reduzem suas apostas na ponta mais curta da curva de juros. Confira as taxas do dia:

Desacelerando

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo desacelerou na passagem de março para abril. O aumento de preços veio 0,31%, puxado pelo reajuste dos medicamentos. Entretanto, no acumulado do ano, a inflação avança 2,37% e 6,76% nos últimos 12 meses.

O centro da meta estipulado pelo BC é de 3,75%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima (5,25%) ou para baixo (2,25%). Isso coloca a inflação acumulada nos últimos 12 meses acima do teto da média e, no ano, dentro das estimativas. 

O mercado espera que o IPCA termine este ano a 5,06%, segundo a edição mais recente do boletim Focus, do BC. A projeção para o índice em 2022 é de alta de 3,61%.

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Nos Estados Unidos, o fantasma da inflação também segue preocupando, o que leva a mais um dia de alta do retorno dos Treasuries e de bolsas em queda em Wall Street.

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