A B3 (B3SA3) divulgou nesta sexta-feira, 10, como vai remunerar seus acionistas pelo resultado obtido neste ano e o que está esperando do ano que vem. As ações encerraram o pregão de ontem em queda de 3,38%, mas fecharam em alta de 5,72% nesta sexta (10), a R$ 12,38.
A companhia desembolsará aproximadamente R$ 1,2 bilhão em proventos, dos quais R$ 300 milhões serão pagos na forma de juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 900 milhões na forma de dividendos.
O montante de JCP a ser pago por ação, no dia 7 de janeiro de 2022, ficou em R$ 0,04231075, já líquido do IR. Os JCP são tributados na fonte em 15%. Para ser elegível ao pagamento é necessário ter ações B3SA3 no dia 30 de dezembro de 2021.
Já para os dividendos, que serão pagos no dia 30 de dezembro deste ano, o valor por ação ficou em aproximadamente R$ 0,14945197 e a data de corte é 20 de dezembro. O valor é aproximado, já que pode variar em função da recompra de ações ou da negociação de ações que hoje estão em tesouraria.
Além disso, a B3 também anunciou um novo programa de recompra de ações em substituição ao atual, que perderá sua validade em fevereiro de 2022. Serão readquiridas, entre março de 2022 e fevereiro de 2023, até 250 milhões de ações, o que representa quase dez vezes o limite do programa anterior, que era de 27,6 milhões de ações.
O programa tem como objetivo incrementar a distribuição de proventos aos acionistas, além de possibilitar um melhor gerenciamento da estrutura de capital pela companhia.
A dona da bolsa também divulgou suas previsões do que vem por aí. A necessidade de investimentos deve diminuir, ficando entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões em 2022, frente aos R$ 300 milhões a R$ 330 milhões de 2021.
A expectativa para as despesas é de ligeiro crescimento: segundo a previsão, neste ano, o montante deve oscilar entre R$ 1,28 bilhão e R$ 1,38 bilhão frente à faixa de R$ 1,17 bilhão a R$ 1,21 bilhão de 2021.
Espera-se também que o faturamento seja maior, por isso as despesas atreladas ao faturamento devem crescer: para 2022 a previsão é de que essa linha oscile entre R$ 255 milhões e R$ 305 milhões, frente aos R$ 225 milhões a R$ 265 milhões de 2021. A alavancagem deve cair de 2x para 1,6x.
A intenção é distribuir um pouco menos do lucro líquido: em 2021, a previsão era de 120% a 150%, e para 2022 ficou de 110% a 140%. Isso está em linha com a previsão de crescimento das despesas e investimentos direcionados para novas iniciativas. A B3 reservou de R$ 380 milhões a R$ 440 milhões para investimentos em 2022, ante apenas R$ 240 milhões a R$ 260 milhões em 2021.