Setembro sem flores para o Ibovespa

Setembro pode até marcar o início da primavera e a temporada das flores, mas para o Ibovespa, só restaram os espinhos e os pedregulhos.
Foi um mês em que os investidores pisaram em ovos, tendo poucas oportunidades para se recuperar das cicatrizes deixadas por dias de intensa tensão política, fiscal e novas ameaças de uma crise global que pode afetar a demanda, quando mal superamos o coronavírus.
No período, o Ibovespa recuou 6,57%, o dólar subiu 5,30% e, no pior momento da tensão, o mercado de juros passou a precificar uma Selic de 10% já no próximo ano.
Com o principal índice da bolsa chegando a avançar mais de 1% no início desta quinta-feira, até parecia que o saldo do mês poderia ser menos negativo, mas o clima mudou no decorrer do dia.
Em Nova York, os olhos se voltaram para o teto de endividamento do governo americano, que precisa ser ampliado para inibir as chances de uma paralisação dos serviços federais.
No Brasil, os investidores não gostaram de ver um problema fiscal que se arrasta há meses com chance de ficar ainda pior — com a possibilidade de que a PEC dos precatórios, que tenta encontrar uma saída para a preservação do teto de gastos, também financie uma nova extensão do auxílio emergencial.
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Nem mesmo os bons números da economia brasileira e uma recuperação de 4% no preço do minério de ferro detiveram a aversão ao risco. Em Nova York, o Dow Jones teve queda de 1,59%, o S&P 500 caiu 1,19%, e o Nasdaq recuou 0,44%. Por aqui, o Ibovespa fechou o dia em queda de 0,11%, aos 110.979 pontos.
O dólar à vista teve a pressão extra da disputa pela última PTAX do mês, e o Banco Central, ainda demonstrando o mesmo desconforto dos últimos dias com o câmbio, voltou a intervir no mercado com um leilão de swap cambial. Ainda assim, a moeda americana avançou 0,29%, a R$ 5,4462.
Confira alguns dos destaques do noticiário corporativo:
- A Sabesp fechou o dia no vermelho, mas chegou a subir quase 6% com nova sinalização do governo de São Paulo em direção a uma possível privatização;
- Em recuperação judicial, a Latam garantiu um financiamento de US$ 750 milhões, mas ainda não convenceu credores;
- Para o Credit Suisse, não é hora de comprar ações do IRB.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta quinta-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do índice.
PAPO CRIPTO
Bitcoin pode triplicar nos próximos 3 meses e Ethereum tem chance de subir 300% até o fim do ano, segundo a analista de criptoativos Helena Margarido. Em entrevista ao quadro Papo Cripto, no YouTube do Seu Dinheiro, ela fala também sobre Cardano, Dogecoin e o potencial dos games no mercado de criptomoedas.
LEILÃO BILIONÁRIO
PetroRio (PRIO3) dispara 10% com expectativa sobre leilão da Petrobras; estatal confirma que ofertas totalizam US$ 4 bilhões. Serão vendidos os campos de Albacora e Albacora Leste, em um avanço na estratégia de desinvestimentos da Petrobras.
SONHANDO COM A PRIVATIZAÇÃO
Sabesp sobe forte após sinal verde para análise de uma possível reestruturação — e o mercado antecipa o andamento da privatização. Na máxima do dia, os papéis da companhia chegaram a subir quase 6%, mas fecharam em leve queda.
TÔ FORA!
IRB ON está barata? É hora de comprar? Para o Credit Suisse, a resposta é não. Mesmo com a queda forte desde 2020, o banco suíço segue recomendando venda para as ações IRBR3 e vê pouco potencial de valorização.
EM BUSCA DE RECURSOS
Energisa (ENGI11) quer levantar R$ 1,3 bilhão com emissão de debêntures; veja condições. Recursos captados nas duas primeiras séries serão destinados ao financiamento futuro de projetos de investimento em infraestrutura de distribuição e transmissão de energia elétrica.
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