Quem quer dinheiro? O mercado certamente quer. Desde que começou a crise do coronavírus, os estímulos monetários e fiscais ao redor do mundo, sobretudo nos Estados Unidos, têm servido de combustível para tentar manter a roda da economia girando, valorizando os ativos de risco.
Por diversas vezes, o presidente do Federal Reserve, o banco central americano, acenou para a necessidade de o governo lançar mão de novos estímulos fiscais, dado que sua política monetária estimulativa já não estava mais dando conta do recado.
O pacote trilionário finalmente saiu no apagar das luzes de 2020, mas o presidente eleito, Joe Biden, diz que vem mais por aí. Ao mesmo tempo, Jerome Powell reafirmou hoje que o momento de elevar juros não está “nem um pouco próximo”.
A expectativa de mais dólares no mercado levou as bolsas a avançarem nesta quinta, ao mesmo tempo que derrubou o dólar um pouco mais. Isso tudo mesmo num dia em que o mercado monitorava uma possível interferência do governo no Banco do Brasil, o que poderia ter contaminado as estatais e, consequentemente, o Ibovespa.
A Jasmine Olga traz todos os detalhes do pregão de hoje na nossa cobertura de mercados.
MERCADOS
• O bitcoin tem apresentado uma volatilidade intensa nos últimos dias, digna de uma montanha-russa. Após dias de fortes quedas, a criptomoeda agora se recupera, e chegou a avançar mais de 12% hoje. Entenda o que está por trás do movimento desta quinta.
EMPRESAS
• Em meio a rumores sobre interferência política na sua alta cúpula, o Banco do Brasil informou que não recebeu nenhuma comunicação formal da União sobre a destituição do seu presidente, André Brandão. Segundo o Estadão apurou, o ministro Paulo Guedes estaria tentando demover Bolsonaro da ideia.
• A proposta de aquisição do Carrefour pela operadora canadense de lojas de conveniência Alimentation Couche-Tard já está causando controvérsias. O governo da França avalia bloquear a operação - o que impactou os papéis da varejista. Entenda.
ECONOMIA
• As importadoras de automóveis tiveram redução de 20,7% nas vendas no ano passado, num total de 27,4 mil unidades emplacadas, segundo dados da Abeifa, associação que reúne, em sua maioria, marcas sem fábricas no Brasil. Entenda o que aconteceu.
OPINIÃO
• Surgiu no mercado uma tese de que ações que se beneficiaram com o isolamento social passariam por uma correção com o arrefecimento da pandemia. Mas não necessariamente. É o que diz o nosso colunista Rodolfo Amstalden no texto de hoje.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.