Loucura de março
O mês de março é conhecido nos Estados Unidos pelo march madness, quando ocorre o principal torneio de basquete entre universidades do país. Diferentemente daqui, lá não existe categoria de base de clubes – os potenciais atletas passam primeiro pela faculdade, onde suas habilidades são lapidadas antes de irem para a NBA. E com a vantagem de terem acesso ao ensino superior.
A “loucura de março” atrai a atenção do país inteiro. Milhares de pessoas vão aos ginásios para torcer pelas suas equipes favoritas e os jogos são transmitidos pelos principais canais esportivos, com direito a debates no mesmo nível ao dedicado às partidas dos profissionais.
Por aqui, estamos vivendo a nossa própria “loucura de março”, mas sem qualquer relação com esportes ou com o clima festivo do torneio americano, infelizmente.
Após um ano de pandemia, parece que voltamos à estaca zero. Estamos vivendo o pior momento da crise de covid-19, batendo recordes de casos e com a quantidade de mortes diárias beirando a casa dos 2 mil. Diante do iminente colapso dos hospitais, os governos estaduais e municipais ordenam lockdowns, prejudicando a já frágil recuperação econômica.
Além de termos que lidar com a pior crise sanitária da nossa história, temos ainda a delicada situação fiscal e os rompantes intervencionistas do presidente Jair Bolsonaro trazendo intensa volatilidade ao mercado financeiro, derrubando a bolsa e levando o dólar para perto de R$ 6,00.
A vacinação, tida como única forma para trazer algum alívio, caminha a passos lentos. A esperança de retorno à vida normal parece ainda distante de nós, ao contrário do visto em países que investiram pesado na imunização da população.
Março de 2021 com certeza entrará para a história brasileira, mas não do jeito que gostaríamos. Ainda vamos enfrentar muitos dias difíceis, e por isso é bom se preparar. Do lado da saúde, adotando as medidas recomendadas por médicos e cientistas – distanciamento social, lavagem das mãos, uso de máscaras…
E do lado financeiro aportando recursos em ações de empresas consideradas “portos seguros”, capazes de nos fazer atravessar a “loucura” que março promete ser, como mostra o compilado feito pela repórter Jasmine Olga com as recomendações das principais corretoras do país para o mês. Não deixe de conferir.
O que você precisa saber hoje
MERCADOS
A bolsa brasileira mais uma vez se descolou do exterior, mas em uma rara ocasião para melhor. Enquanto os mercados em Nova York pesaram com a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, o Ibovespa fechou em alta de 1,35%, aos 112.690 pontos, e o dólar teve queda de 0,11%, cotado a R$ 5,658.
O que mexe com os mercados hoje? Após a aprovação da PEC Emergencial que sustentou os ganhos da bolsa ontem, o Ibovespa deve sentir as perdas dos mercados internacionais. Os índices pelo mundo amanheceram no vermelho, à espera de novos indicadores econômicos dos EUA, que devem apontar para uma retomada lenta da economia americana.
EMPRESAS
Quanto mais volatilidade, melhor para a B3. A dona da bolsa brasileira surfou os momentos de tensão nos mercados, que rendem mais negócios no pregão, e a onda de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Confira os detalhes do resultado da companhia.
O forte aumento do lucro rendeu frutos para os acionistas da B3 na forma de dividendos. A empresa anunciou que vai distribuir quase R$ 2 bilhões para quem tem ações da companhia. Saiba quando e como receber.
Dona dos sites Americanas.com e Submarino, a B2W seguiu a tendência de forte aumento das vendas no ano da pandemia. Mas o resultado da empresa no quarto trimestre ficou abaixo do esperado pelos analistas. Confira os principais números do balanço.
As vendas digitais também ajudaram a multinacional brasileira de cosméticos Natura &Co a registrar lucro de R$ 175,7 milhões no quarto trimestre de 2020, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior.
ECONOMIA
Depois de anunciar a redução de impostos, o governo estuda mais duas formas para tentar estabilizar o preço dos combustíveis. Uma delas inclui reviver uma antiga contribuição que pode ser usada para amortecer a flutuação das cotações do petróleo.
Quatro membros do conselho de administração do Banco do Brasil defenderam a permanência do atual presidente da instituição, André Brandão. A vaga do executivo, que teria colocado o cargo à disposição, deflagrou uma corrida política pela vaga.
OPINIÃO
Em tempos de bull market (mercado em alta), você já deve ter se deparado com mensagens nas redes sociais dos “traders perfeitos”, aqueles que ganham rios de dinheiro em grandes tacadas no mercado. Na coluna de hoje, o Ruy Hungria fala sobre esse fenômeno e explica por que você deve fugir à tentação de comparar sua a rentabilidade com a do vizinho. Vale a leitura!
*Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Mais uma camada de cautela: Super Quarta à vista, funeral da rainha, inverno dos NFTs e as notícias que mexem com seus investimentos hoje
Os investidores mantêm a cautela da semana passada com a reunião de política monetária do Federal Reserve. Analistas acreditam que o Fed fará a terceira elevação seguida na taxa básica de juro nos EUA
O ethereum pós-The Merge, tensão pré-Fed e outros destaques do dia
A queda acumulada de 2,69% do Ibovespa nesta semana indica que não foram dias fáceis — e o apetite por risco deve permanecer fora da mesa pelo menos até que a tensão que toma conta dos mercados antes da Super Quarta se dissipe. Os dados da inflação ao consumidor dos Estados Unidos, divulgados na terça-feira […]
Você vai jogar a toalha? Tempestade nas bolsas, o adeus do Nubank, dividendos da B3 e outras notícias que mexem com os seus investimentos hoje
Os investidores parecem ter jogado a toalha — e é improvável que a pressão sobre os ativos de risco diminua antes da Super Quarta na próxima semana
A grande cautela dos mercados: Fusão do ethereum, ações do Magazine Luiza (MGLU3), big techs e outras notícias que mexem com seus investimentos
Investidores parecem dispostos a manter os ativos de risco em território positivo após a inflação nos EUA ter derrubado as bolsas nesta semana, mas pisam em ovos hoje
Depois da queda, o coice? Bolsas sob tensão, o inferno da Méliuz (CASH3), dividendos da Petrobras (PETR4) e outras notícias que mexem com seus investimentos
Após a queda dos ativos de risco, os investidores parecem se preparar para um coice, mas a espera pode não passar de puro pessimismo
Nasdaq derrete, bitcoin volta a cair e quem leva a melhor entre IRB (IRBR3) e BB Seguridade (BBSE3); confira os destaques do dia
Enquanto as restrições impostas pelo coronavírus saíam por uma porta, o dragão da inflação se preparava para entrar pela outra nos Estados Unidos. Seguindo todos os clichês de uma visita indesejada, ele foi chegando de fininho, prometendo ficar por apenas meia hora, mas parece ter se estabelecido de vez na poltrona mais confortável da sala […]
Expectativas para todos os gostos: inflação nos EUA, câmbio, eleições e todas as notícias que mexem com os seus investimentos hoje
Entenda os movimentos do mercado de câmbio e confira insights que podem ajudar a antecipar os próximos passos do euro, do dólar e do real
Bolsa começa semana em alta, a fintech promissora e outros destaques do dia
Já dá para farejar o cheirinho de decisão de política monetária no ar. E, enquanto os ingredientes que devem compor a decisão dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos já foram para o forno, os investidores estão ansiosos à espera da cereja do bolo — os dados de inflação ao consumidor dos EUA […]
A esperança é a última que morre: inflação nos EUA, disputa da Vamos (VAMO3) e outras notícias que mexem com os seus investimentos hoje
A fé dos investidores de que os sinais de desaceleração da alta dos preços possam amolecer o coração do Fed impulsiona os ativos de risco nesta segunda-feira
Deflação em agosto, motivos para comprar Nubank e novo rali do bitcoin; confira os destaques do dia
Apesar de uma semana mais curta tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os últimos pregões não estiveram livres de grandes emoções. Nos Estados Unidos e na Europa, os dias foram marcados por sinalizações mais duras dos bancos centrais, preparando o cenário para que mais ajustes de grande magnitude ocorram nas próximas reuniões de política […]
Leia Também
Mais lidas
-
1
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
-
2
Após prejuízo bilionário, CEO da Casas Bahia está “confiante e animado” para 2024 — mas mercado não compra ideia e ação BHIA3 cai forte na B3
-
3
Ação do ex-dono do Grupo Pão de Açúcar desaba quase 50% na bolsa francesa em um único dia e vira “penny stock”