A corrida pelo envelope Verde

O Brasil não é o único país que costuma parar nesta época do ano para festejar. Em diversos países do Oriente, como China, Coreias, Malásia, Indonésia, Filipinas e Vietnã, celebra-se o Ano Novo Chinês, que embora seja uma festa completamente diferente do nosso Carnaval, também é baseado no calendário lunar. São 15 dias de comemorações, com pelo menos uma semana inteira de feriado e, como você já deve saber, bolsas de valores fechadas.
No outro lado do mundo, o dia 12 de fevereiro já começou, marcando o início do ano do boi de metal. Cada ano do horóscopo chinês é associado a um animal e um elemento. O boi, na simbologia chinesa, é associado ao trabalho duro e a atributos como confiança, estabilidade, lealdade, fertilidade e honestidade. Já o metal pode ser associado ao que brilha - de joias à agulha de uma seringa. Que 2021 então de fato traga vacinas, prosperidade e dinheiro para todos nós.
A estabilidade do boi pode parecer chata para muita gente. No mercado financeiro todo mundo quer ganhar dinheiro todo dia, mas o que seduz mesmo os investidores, principalmente os iniciantes, são as grandes porradas para cima que permitem um enriquecimento mais rápido.
O problema é que as “grandes tacadas” podem ser bem raras e frequentemente vêm acompanhadas de grandes riscos. Os tombos podem ser igualmente fortes. É por isso, por exemplo, que na hora de escolher um gestor de fundo para investir o seu dinheiro, você não deve olhar apenas o retorno do último ano ou os campeões do último ranking de investimentos.
A consistência dos resultados no longo prazo, nesse caso, é bem mais importante. Um fundo com as características de um boi não necessariamente vai ser aquele com maior retorno em intervalos curtos de tempo ou que vai te trazer as maiores emoções (para o bem ou para o mal), mas sim o que consegue entregar um bom ou mesmo um excelente retorno em prazos mais dilatados.
Felizmente no mercado financeiro, alguns gestores com a qualidade do boi chinês recebem o devido reconhecimento. Um deles - ou o maior deles, como queira - é Luis Stuhlberger, gestor do estrelado fundo Verde. Apesar de não figurar habitualmente entre os fundos mais rentáveis do semestre ou do ano, o Verde já passou com louvor no teste do tempo. Com 24 anos de existência - mais velho que alguns dos meus colegas do Seu Dinheiro - ele já entregou, desde a sua criação, 18.601% de retorno, contra um CDI de 2.224%.
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Não é à toa que, quando reabriu para novas aplicações neste ano, pela primeira vez desde 2018, o Verde provocou um grande frisson entre os investidores. Assim como as crianças asiáticas anseiam pelo envelope vermelho cheio de dinheiro que os mais velhos distribuem no ano novo lunar, as pessoas físicas correram para garantir o seu “envelope Verde” e se candidatar o quanto antes. No Itaú, por exemplo, as reservas de cotas encerraram em menos de dois minutos , e em outras instituições financeiras, o limite está prestes a ser atingido.
Em meio à alta demanda, o Verde publicou a sua tradicional carta mensal de gestão, exibindo resultado positivo em janeiro e evidenciando quais ativos contribuíram para a sua rentabilidade, além de trazer reflexões sobre o cenário atual dos mercados. Recomendo a leitura!
MERCADOS
• Após uma sequência de três quedas, o Ibovespa finalmente fechou em alta de 0,73%, aos 119.299,83 pontos. A bolsa só não subiu mais devido a atritos entre Arthur Lira e Paulo Guedes em torno do auxílio emergencial, o que também contaminou o câmbio e fez o dólar fechar em alta de 0,32%, a R$ 5,3883. Confira nossa cobertura de mercados.
• O grupo de educação Cruzeiro do Sul e a empresa de decoração Westwing estrearam hoje com os papéis em queda na B3. Conheça as companhias e o que elas pretendem fazer com o dinheiro do IPO.
EMPRESAS
• As criptomoedas ganharam uma perspectiva de maior adesão do mercado financeiro, com Mastercard, BNY Mellon, Uber e Twitter indicando a possibilidade de aderir às moedas digitais. O movimento dá força aos criptoativos na mesma semana em que a Tesla anunciou ter comprado US$ 1,5 bilhão em bitcoin.
• O ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles dá a receita para as prioridades da agenda econômica pelo Congresso neste início de 2021: não adianta falatório, tem que privatizar. Em entrevista, o economista fala sobre sua visão para o cenário de desestatização de companhias e reformas.
ECONOMIA
• O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta que uma nova rodada do auxílio emergencial deve ser paga a partir de março e por um período de até quatro meses.
• A Câmara finalizou a votação das novas regras para o mercado de câmbio, e o texto segue agora para o Senado. O projeto facilita as remessas de dólares entre o país e o exterior e abre caminho para que pessoas físicas tenham conta em moeda estrangeira no Brasil.
• A zona do euro deve entrar em recessão técnica no primeiro trimestre deste ano, com contração no PIB de 0,9% ante os três meses anteriores.
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