Esquenta dos mercados: Inflação e payroll devem encerrar a semana e exterior digere acordo para aumentar teto da dívida dos EUA
Dados do emprego dos EUA geram otimismo nos índices internacionais, já o IPCA deve avançar por mais um mês seguido
A resolução, ainda que temporária, envolvendo o teto da dívida dos Estados Unidos aliviou a pressão dos índices internacionais no último pregão. Dessa forma, o Ibovespa fechou próximo da estabilidade, com leve alta de 0,02%, aos 110.585 pontos. O dólar à vista voltou a se elevar e foi a R$ 5,5174, um avanço de 0,57%.
Ao fundo, o investidor pode ouvir a inflação galopante se aproximar: nesta sexta-feira (08) serão divulgados os dados do IPCA em setembro, com perspectivas de elevação nos preços por mais um mês seguido.
No panorama internacional, o payroll deve ser o grande destaque do dia. O relatório ADP de empregos privados surpreendeu os investidores na última quarta-feira (06), o que coloca ainda mais expectativa no payroll e, consequentemente, na retirada de estímulos da economia (tapering).
Risco fiscal
Não é de hoje que os investidores sabem que o teto de gastos corre risco. A pandemia começa a dar os primeiros sinais de arrefecimento, o que deve fazer a equipe econômica repensar o auxílio emergencial para o próximo ano.
Entretanto, o prazo de validade para o auxílio emergencial acaba no final deste mês e o governo federal deve aprovar um novo benefício para substituí-lo. O governo tenta aprovar uma medida provisória para instituir o Auxílio Brasil, com algumas diferenças do Bolsa Família, como o fim das filas e a correção pela inflação, por exemplo.
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O relator da proposta, Marcelo Aro (PP-MG), pretende apresentar seu parecer na semana que vem, mas o texto esbarra em duas medidas ainda em debate no Congresso.
A PEC dos precatórios, que deve liberar cerca de R$ 89 bilhões para o Orçamento em 2022, deve ser votada na comissão especial no dia 19 de outubro. Já a reforma do Imposto de Renda segue no Senado, onde precisa ser colocada em pauta para votação na comissão especial.
O mercado segue tenso com a situação das propostas, essenciais para a manutenção do teto de gastos. Os investidores devem seguir de olho nesses desdobramentos e nas atitudes do governo federal, que pode tentar comprometer as contas públicas em troca dos benefícios que podem aumentar o apoio do eleitorado na eleição de 2022.
IPCA e a inflação desenfreada
No pregão de hoje, o dado nacional mais importante fica para o IPCA de setembro. A inflação deve subir por mais um mês seguido, após o IPCA-15 já registrar uma alta acumulada de mais de 10% em setembro.
De acordo com as projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, a mediana das apostas fica em avanço de 1,25% na base mensal. Na comparação dos últimos 12 meses, a inflação deve ficar nos dois dígitos, em 10,34%. Em 2021, o IPCA acumula alta de 8,70%.
O aumento da energia elétrica é o principal ponto de pressão na alta dos preços, após um aumento da bandeira tarifária para o nível “escassez hídrica”.
Além disso, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, faz palestra em evento do Itaú na tarde de hoje e pode dar maiores detalhes sobre os rumos da inflação e da Selic, a taxa básica de juros, no país.
O teto da dívida
O Senado dos Estados Unidos aprovou a elevação do teto da dívida até setembro, o que aliviou os mercados na tarde da última quinta-feira (07). Dessa forma, o calote imediato do governo norte-americano está fora de questão pelo menos até o final do ano. O texto segue para a Câmara, de maioria democrata e pró-Biden, que deve aprovar a medida.
Entretanto, esse foi apenas o primeiro round da disputa pelo Orçamento dos EUA. Além de o governo precisar de mais espaço nas contas públicas para 2022, existe uma divisão dentro do próprio partido democrata quanto aos pacotes fiscais, que devem ser motivo de disputa com os republicanos.
Payroll X Federal Reserve
O dado internacional mais importante da semana deve ser divulgado ainda nesta sexta-feira (08). O relatório de empregos dos Estados Unidos, o chamado payroll, é um dos indicadores utilizados pelo Banco Central americano para decidir sobre a retirada de estímulos da economia, o chamado tapering.
A expectativa é de que sejam criadas 500 mil novas vagas e que a taxa de desemprego caia para 5,1% em setembro. No mês anterior, foram gerados 235 mil postos de trabalho e o desemprego ficou em 5,2%.
Os analistas internacionais estão otimistas com o payroll, após o dado forte do relatório ADP de empregos privados vir muito acima do esperado. Dessa forma, o Federal Reserve deve manter a perspectiva para o início do tapering em novembro.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos fecharam em alta nesta sexta-feira, após o Congresso dos EUA aprovar o acordo provisório para o teto da dívida até dezembro.
Já na Europa, a cautela prevalece antes dos dados da folha de pagamento dos EUA e passaram a recuar após a abertura.
Por fim, os futuros de Nova York seguem pressionados pela cautela antes do payroll e a abertura deve ser em baixa hoje.
Agenda do dia
- FGV: IPC-Se de outubro (8h)
- IBGE: IPCA de setembro (9h)
- Estados Unidos: Folha de pagamento (payroll) em setembro, taxa de desemprego e salário médio por hora (9h30)
- FGV: Divulgação dos resultados dos Barômetros Econômicos Globais em outubro (10h15)
- Banco Central: Presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra sobre perspectiva econômica e de política monetária em evento do Itaú BBA (14h)
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