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Com exterior positivo, bolsa brasileira deve ficar de olho na reforma ministerial e IPCA-15

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O último pregão da semana deve dividir espaço com a abertura oficial das Olimpíadas. Assim como nos jogos, o investidor precisará demonstrar as mais diversas habilidades, sendo testado em resistência e capacidade de lidar com diversas informações nesta sexta-feira (23).

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O medo da variante delta do coronavírus parece ter ficado para trás, o que pode trazer um alívio aos mercados. Mas hoje também é dia de conhecer o índice do gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da Zona do Euro e dos Estados Unidos. Esse indicador aponta se a atividade econômica está em expansão (acima de 50) ou retração (abaixo de 50). 

Mas o cenário interno também conta com sua própria prova de fogo. Em meio à crise política, com reforma ministerial e perda dos superpoderes de Paulo Guedes, o IBGE deve divulgar o IPCA-15, uma prévia da inflação oficial para o mês de julho.

De acordo com as projeções do mercado, o indicador deve avançar entre 0,46% e 0,78% na comparação mensal, com mediana em 0,65%, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Broadcast. Em junho, o IPCA-15 ficou em 0,83%, enquanto o índice para o mesmo mês ficou em 0,53%, acumulando alta de 8,35% em 12 meses.

Confira esses e outros destaques que podem movimentar a bolsa hoje:

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Gerente de compras

O PMI da Zona do Euro foi conhecido mais cedo e veio acima do esperado pelos analistas do mercado, indicando uma expansão mais intensa das atividades na região. De acordo com o IHS Markit, o índice do gerente de compras subiu de 59,5 para 60,6 na passagem de junho para julho deste ano. 

Apesar de o avanço das atividades animar os investidores, a retomada traz consigo uma velha adversária dos rendimentos: a inflação. Para o Banco Central Europeu (BCE), o momento é de cautela quanto à alta dos preços, mas a instituição afirmou estar pronta para agir assim que necessário.

Ainda hoje, o mundo também deve conhecer o PMI dos Estados Unidos. O país norte-americano passa por um momento inflacionário mais intenso do que o esperado pelo Federal Reserve, o BC americano. É esperado que o indicador sofra um ajuste, com uma leve queda na leitura do PMI industrial e de serviços. 

Guedes, o pacificador

O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve continuar tentando apaziguar os ânimos dos investidores no pregão de hoje. O homem forte do governo viu seu ministério começar a se despedaçar, com uma inesperada reforma ministerial que lhe tirou a pasta do trabalho e previdência. 

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Guedes tentou apaziguar os ânimos, afirmando que as diretrizes do ministério seguem intactas, mas não deixou de causar alvoroço na bolsa brasileira, que encerrou o dia em alta de 0,17%, aos 126.146 pontos.

As tensões políticas em Brasília, com a troca de cargos com o Centrão e desmembramento do superministério, devem continuar preocupando os investidores. O atraso na aprovação das reformas estruturais continua no radar, em especial a reforma do Imposto de Renda, que desagradou grandes instituições.

Bolsas pelo mundo

Os índices asiáticos sentem a pressão da incerteza em relação à pandemia de covid-19 e fecharam majoritariamente em queda na manhã desta sexta-feira (23). Somado a isso, os investidores sentem o aumento da cautela em relação ao setor de tecnologia, temendo maiores regulamentações vindas da China. 

Já as bolsas da Europa se agarram em Londres e sobem na manhã de hoje. O avanço do varejo no Reino Unido animou os negócios, somado ao PMI composto da Zona do Euro. 

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Por fim, os futuros de Nova York também seguem com otimismo à espera do índice do gerente de compras do país. A temporada de balanços também está animando os investidores (confira na agenda).

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Balanços

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