🔴 NO AR: ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – CONFIRA MAIS DE 30 RECOMENDAÇÕES – VEJA AQUI

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

DESTAQUE NEGATIVO

Magazine Luiza, Via e Americanas não param de cair; veja 4 razões para o tombo do e-commerce no ano

A queda se intensificou após os resultados fracos do terceiro trimestre e, até o momento, os piores desempenhos do ano ficam com o trio de ouro do e-commerce brasileiro, que amargam quedas de mais de 60% em 2021

Jasmine Olga
Jasmine Olga
9 de dezembro de 2021
18:04 - atualizado às 19:07
compra online e-commerce
Imagem: Shutterstock

Os piores momentos da pandemia do coronavírus trouxeram uma forte necessidade de adaptação e mudanças permanentes dos hábitos sociais e de consumo que começaram em 2020 e seguiram ao longo de todo o ano de 2021. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma das mais perceptíveis foi o crescimento acelerado do e-commerce. Com as lojas físicas fechadas e a circulação de pessoas restrita apenas aos serviços essenciais, a digitalização forçada fez com que as empresas investissem pesado nos novos canais de venda. 

Os clientes também precisaram se habituar à nova realidade, o que gerou um otimismo renovado para o comércio online, apontado como o grande vencedor da crise. Do grande varejista ao pequeno negócio familiar, quem não estava pronto para atender a demanda dos consumidores acabou patinando.

O Magazine Luiza (MGLU3), que já vinha investindo no segmento online bem antes do restante das principais concorrentes e que não esperou o coronavírus bater na porta para apostar no formato, liderou a corrida.

Até mesmo empresas com menos fôlego chegaram a ver crescimentos próximos ou superiores a três dígitos no volume de vendas e número de clientes. Se em 2020 as listas de ações que mais subiram foram dominadas por players do setor de varejo, em 2021 a história não irá se repetir. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A queda nos papéis do setor se intensificou após os resultados fracos do terceiro trimestre e, até o momento, os três piores desempenhos do ano ficam com o trio de ouro do e-commerce brasileiro: Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3/LAME4) e Via (VIIA3), todas em queda de mais de 60% no ano.

Leia Também

Enquanto Magalu e Via repercutem principalmente os resultados fracos e prognósticos ruins, as Lojas Americanas também sofreram com o efeito de uma reestruturação societária mal recebida pelo mercado e que castigou os papéis nos últimos meses. Mas afinal, por qual motivo as ações não param de cair? 

Nesta quinta-feira (09), as ações das Lojas Americanas amargaram as duas maiores quedas do Ibovespa, de 9,24% para LAME4, que fechou em R$ 5,11, e 8,56% para AMER3, que fechou em R$ 27,97.

O Magazine Luiza (MGLU3) teve o terceiro pior desempenho do índice, recuando 7,78%, a R$ 6,28, enquanto a VIA (VIIA3) ficou com a quinta maior baixa, de 7,11%, a R$ 5,36.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

1) Renda em queda histórica

Para contornar os efeitos da crise do coronavírus, diversas medidas foram tomadas pelos governos e Bancos Centrais, como um auxílio emergencial para famílias afetadas pela pandemia. No Brasil, a medida se prolongou até meados deste ano, mas o valor inicial de R$ 600 foi cortado pela metade.

Os últimos dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada no início de dezembro, mostram que, embora o desemprego tenha recuado para 12,6%, a renda sofreu a maior queda anual desde a criação da série histórica iniciada em 2012 - 11,1%. O país ainda registra mais de 13 milhões de desempregados. 

2) Pesando no bolso

A inflação não é um problema exclusivamente brasileiro. A interrupção nas cadeias de produção e escoamento de produtos e matérias-primas por conta da covid-19 gerou um movimento inflacionário em escala global, mas que parece atingir os países emergentes com mais força. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses é de 10,67% até outubro. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dado pressiona as empresas do varejo, e estamos mais uma vez às vésperas da divulgação dos números de novembro. 

Além das pressões inflacionárias tradicionais, o setor de eletrodomésticos e eletrônicos também é afetado pela forte desvalorização do real frente ao dólar. No ano, a moeda americana avança mais de 7%. 

3) Dificuldade de acesso a crédito e trava no crescimento

Como resposta aos itens anteriores, o Banco Central brasileiro entrou em ação para segurar a elevação dos preços. Assim, a taxa básica de juros saiu de 2% ao ano em janeiro para 9,25% na reunião do Copom da última quarta-feira (08). 

Embora a elevação vista já fosse esperada, o BC empregou um tom mais duro no comunicado, já sinalizando que a primeira reunião de 2022 elevará a Selic acima do patamar de 10%, passando ao território significativamente contracionista. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, aponta que a alta dos juros dificulta o acesso ao crédito pelo consumidor em um momento de crise. Além disso, as varejistas com maior exposição ao e-commerce são empresas em crescimento, que acabam tendo um custo mais elevado de dívida, o que tende a pressionar o caixa e as margens futuras. 

4) Dá para ficar pior

Outro dado divulgado nesta semana pressiona os papéis e promete continuar gerando mal-estar. As vendas no varejo recuaram pelo terceiro mês consecutivo, frustrando a expectativa dos economistas. 

Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, aponta que a proximidade das festividades de final de ano não são um alívio para o setor. As vendas na Black Friday, pulverizadas ao longo do mês de novembro, ficaram abaixo do esperado, e o próprio Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (IBEVAR) aponta que o Natal também deve ser marcado por um desempenho aquém do esperado. 

Segundo o BTG Pactual, a desaceleração do e-commerce local tem ocorrido principalmente na venda de eletrônicos e por empresas que utilizam o próprio estoque para as vendas (chamado de 1P). A competição internacional é outra dificuldade, que leva as companhias locais a reduzirem suas margens para se manterem competitivas. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com um estudo preditivo do IBEVAR, o crescimento no quarto trimestre deve ser tímido, de apenas 0,68% em comparação ao ano anterior. O número é sustentado pela categoria de veículos, combustíveis, produtos farmacológicos, artigos de uso pessoal e vestuário. 

Profecia não realizada?

Embora os últimos meses tenham sido complicados para os setores de varejo e tecnologia, o que adiciona uma pressão negativa extra, os analistas do BTG Pactual não acreditam que as projeções otimistas feitas no ano passado estavam erradas. 

Para Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis, o legado da mudança vista em 2020 não foi perdido com o tempo ruim dos últimos meses. Segundo os analistas, já era esperada uma queda no crescimento da principal métrica utilizada pelo setor, o Volume Bruto de Mercadorias (GMV). Além disso, o banco acredita que a desaceleração vista desde o segundo trimestre de 2021 mostrou números melhores do que o esperado. 

“Acreditamos que o e-commerce brasileiro deve crescer 26% este ano, após ter tido alta de 66% em 2020. O crescimento anual até 2025 deve ser, em média, de 24%, o que representaria 20% do total das vendas no varejo”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A recuperação das ações, no entanto, ainda pode demorar mais um pouco. Para o BTG, a tendência de queda deve seguir no curto prazo, mas o movimento de alta deve prevalecer no longo prazo, “com apenas alguns vencedores”. 

A razão do otimismo está na tendência de crescimento que deve se seguir (impulsionada pela baixa capilaridade vista no país quando comparado a outros mercados) e a consolidação vista no setor após a mudança do varejo físico para o online. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
UMA AÇÃO PARA CARREGAR?

Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026

2 de dezembro de 2025 - 19:20

Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos

PERSPECTIVAS 2026

A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano

2 de dezembro de 2025 - 12:46

Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios

CARTEIRA RECOMENDADA

As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG

1 de dezembro de 2025 - 18:03

Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período

AÇÕES NO TOPO

XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda

1 de dezembro de 2025 - 15:00

Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais

O INSACIÁVEL

A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação

1 de dezembro de 2025 - 9:55

Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar