O noticiário internacional segue preocupado com a variante ômicron do coronavírus, o que coloca ainda mais pressão em cima do bitcoin (BTC) nesta quinta-feira (02). Apesar disso, novidades positivas para o mercado de criptomoedas dão força a outros ativos.
Por volta das 15h30, a maior criptomoeda do mundo em valor de mercado recuava -2,20%, cotada a US$ 56.459,54 (R$ 317.894,95). A alta volatilidade do dia também atingiu os dez maiores projetos criptográficos hoje:
# | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 56.459,54 | -2,20% | -4,56% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 4.474,62 | -4,28% | -0,81% |
3 | Binance Coin (BNB) | US$ 618,64 | -2,98% | -3,15% |
4 | Tether (USDT) | US$ 1 | -0,01% | -0,02% |
5 | Solana (SOL) | US$ 229,23 | 1,04% | 7,31% |
6 | Cardano (ADA) | US$ 1,74 | 9,99% | 1,51% |
7 | XRP (XRP) | US$ 0,9743 | -3,05% | -7,88% |
8 | USD Coin (USDC) | US$ 0,9995 | -0,05% | -0,01% |
9 | Polkadot (DOT) | US$ 35,88 | -4,17% | -11,23% |
10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,2095 | -1,65% | -6,40% |
Bitcoin (BTC): covid-19 e lei nos EUA jogam água no chope
Depois de um novembro negativo, o bitcoin (BTC) precisará de um empurrãozinho maior para chegar ao final do ano no tão pretendido patamar de US$ 100 mil.
De acordo com a newsletter semanal do portal Glassnode, que traz análises técnicas de dados internos (on chain) da rede do bitcoin, a recente queda de 20% desde as máximas históricas — que colocou a maior criptomoeda do mundo em “bear market” — não foi o maior recuo do ano.
Entre janeiro e março de 2021, o bitcoin (BTC) chegou a cair 24,2% depois das máximas históricas da época. Daí por diante, o preço engatou alta e saiu da casa dos US$ 51 mil no início de março para os patamares mais altos a quase US$ 69 mil em novembro.
Por outro lado, o mercado segue o mesmo caminho das bolsas globais e sente os temores envolvendo a covid-19. Os ativos de risco, como ações e criptomoedas, tendem a permanecer pressionados em cenários de incertezas.
E as propostas de regulamentação de criptomoedas nos Estados Unidos trazem ainda mais turbulência, em especial dois projetos que preocupam o mercado.
O primeiro delas retira o anonimato dos mineradores de criptomoedas, que passam a ser considerados “corretores de ativos digitais”. Já o segundo estabelece que empresas por trás de stablecoins, as moedas com lastro, passam a ser consideradas bancos nos Estados Unidos, que sofrem taxações.
O que fazer nessa situação? Tasso Lago, especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, afirma que o momento é de manter a carteira defensiva neste momento, frente as incertezas com as questões regulatórias e o coronavírus.
Destaques do mercado cripto
Entre as altcoins — as moedas alternativas ao bitcoin — que conseguem se salvar da queda do dia, o destaque vai para solana (SOL), um dos projetos que mais tem chamado a atenção dos investidores nas últimas semanas.
O maior fundo de criptomoedas do mundo, o Grayscale, anunciou um novo produto de exposição passiva à solana, o Grayscale Solana Trust.
O CEO do fundo, Michael Sonnenshein, informou que os clientes começaram a demonstrar interesse em altcoins e outros criptoativos, o que beneficiou a quinta maior criptomoeda do mundo hoje.
Por volta das 15h30, a Solana avançava 1,04%, aos US$ 229,23 (R$ 1.288,88).
A Cardano (ADA) é outra das maiores criptomoedas do mundo que consegue se salvar. Nos últimos dias, a sexta maior moeda digital do mundo sofreu com notícias falsas (FUDs, em inglês, sigla para “fear, uncertainty and doubt”) sobre a saída da moeda para usuários da exchange eToro.
A ADA chegou a bater as mínimas do ano, e hoje também se recupera. No mesmo horário, a Cardano avançava 9,99%, aos US$ 1,74 (R$ 9,71).
ETFs de bitcoin e criptomoedas na B3
Você pode clicar aqui para saber mais sobre cada um dos ETFs da bolsa brasileira. Confira o preço dos principais ativos negociados na B3 (por volta das 12h):