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2020-09-02T19:46:38-03:00
Kaype Abreu
Kaype Abreu
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.
análise

Por que a Bolsa sobe apesar da queda recorde do PIB? Os 5 pontos que animam o mercado financeiro

Percepção dos agentes financeiros é de que o pior já passou e que a economia brasileira não deve seguir as piores projeções do ápice da crise; abaixo você confere cinco tópicos importantes para o mercado sobre o PIB

Kaype Abreu
Kaype Abreu
1 de setembro de 2020
13:59 - atualizado às 19:46
Bolsa de valores de São Paulo
Bolsa de valores de São Paulo - Imagem: Shutterstock

O Ibovespa sobe mais de 2% nesta terça-feira (1), após a divulgação da queda de 9,7% do PIB brasileiro no segundo trimestre. Apesar da disparidade entre economia e bolsa (a alta é de quase 30% desde março), detalhes dos números do IBGE justificam parte do otimismo do mercado.

Abaixo você confere cinco pontos positivos (ou menos ruins) que influenciaram a percepção do mercado sobre o PIB do período:

1. Auxílio emergencial

A queda do consumo das famílias foi de 12,5% no segundo trimestre, segundo o IBGE. Mas teria sido maior se não fosse o auxílio emergencial criado por governo e Congresso. “Isso injetou liquidez na economia”, disse Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Cerca de 4,4 milhões (6,5%) de domicílios no Brasil sobreviveram, em julho, apenas com a renda do auxílio emergencial, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O auxílio começou a ser pago em abril, e foi estabelecido em três parcelas de R$ 600. Em junho, o programa foi prorrogado por mais duas parcelas, no mesmo valor. Nesta terça-feira, o governo oficializou outra extensão com mais quatro parcelas de R$ 300 até o final do ano.

Ao mesmo tempo que o auxílio sustenta parte importante da economia, o mercado teme o descontrole da dívida do país - os gastos foram impulsionados com as medidas demandadas pela pandemia em um "Orçamento de guerra".

2. Avanço do agropecuária

Historicamente um setor forte para a economia brasileira, a agropecuária também ajudou a evitar uma queda ainda maior da economia brasileira. O setor avançou 1,6% na comparação anual, embora o PIB tenha caído 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, chama a atenção para a valorização do dólar - que beneficia as companhias exportadoras do setor. "A nossa Bolsa também tem muitas dessas empresas, que são atreladas a economia real", diz.

Também explica o avanço da agropecuária o fato de que as economias no exterior começaram o processo de reabertura antes do que no Brasil. Empresas do setor se viram beneficiadas enquanto o país ainda passava pelo auge da pandemia.

3. Otimismo com setor imobiliário

De acordo com os dados do IBGE, na comparação anual as atividades imobiliárias avançaram 1,4% - alta de 0,5% contra o trimestre anterior. A alta pode ser explicada, segundo Abdelmalack, pelo otimismo que se tinha com o setor de imóveis no ano passado. "Era visto como um dos drivers de crescimento da economia", diz.

O mercado estava em um lento processo de recuperação da crise anterior, mas via nos juros baixos a principal razão para acreditar que 2020 seria um bom ano.

Em tese, a Selic baixa pode atrair o investidor que busca maiores retornos e também reduz o custo dos financiamentos imobiliários - pois os juros do crédito também tendem a diminuir.

Vale ressaltar que a condição do juro baixo se mantém, e pode ser um dos motores de retomada econômica nos próximos meses. Ontem, o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) revelou que o mercado imobiliário na cidade de São Paulo voltou a crescer em julho.

As vendas de apartamentos novos atingiram 4,3 mil unidades no mês - avanço de 45,5% em relação ao mês anterior e de 21,1% sobre o mesmo período do ano passado.

4. Retomada mais rápida que o esperado

No auge do pessimismo dos analistas, o tombo da economia brasileira estimado para este ano chegou a 9,1% em junho, para o Fundo Monetário Internacional (FMI). No dia 26 daquela mês, o Focus, do Banco Central, apontava baixa de 6,4%.

Mas a publicação, que compila projeções de cerca de uma centena de instituições financeiras a cada semana, tem mostrado que o mercado está mais próximo de acreditar em uma recuperação em "V" - de tombo e rápida retomada.

O diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, lembra que o dado do PIB é como um retrovisor, e o investidor olha para frente. "Os indicadores antecedentes de atividade econômica - entre eles, consumo de energia elétrica, tráfego de veículos pesados nas estradas, consumo de papelão ondulado - têm subido progressivamente desde abril", diz.

Nesta segunda-feira, o IHS Markit divulgou um dado que corrobora os exemplos do economista: o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial brasileiro atingiu nova máxima histórica em agosto, aos 64,7 pontos.

Quando acima dos 50 pontos, o PMI indica melhora nas expectativas dos empresários, com base em nível de produção, novas encomendas, entre outros.

5. Esperança nas reformas

Se antes da pandemia o mercado financeiro tinha as reformas como um dos guias para o otimismo, passado o ápice da crise o mantra retorna com um selo de ainda mais urgência.

Para o responsável pela área de renda variável da Vera Investimentos, Fabio Galdino, o governo também deveria estar com uma política "consistente" para a geração de emprego.

"Mas precisa olhar em especial para a reforma administrativa - o governo precisa equalizar seus custos", afirma, elencando em seguida a reforma tributária.

A reforma administrativa ainda não foi enviada ao Congresso, já a primeira fase da reforma tributária foi enviada pelo governo em julho - embora já existissem PECs em discussão entre deputados e senadores.

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