Bank of America está otimista com Brasil e projeta crescimento de 2,4% para o PIB em 2020 e de 3,5% em 2021
“O governo permanece comprometido a simplificar o sistema de impostos brasileiro, aprovar a autonomia formal do Banco Central, reduzir os spreads bancários e avançar do ponto de vista microeconômico para modernizar o ambiente regulatório fazendo com que seja mais fácil fazer negócios no país”, destacaram os especialistas

De olho no cenário mais positivo para a economia brasileira, o Bank of America (BofA) está apostando alto e espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil possa expandir 2,4% neste ano e 3,5% em 2021. As projeções estão no relatório divulgado no começo deste mês com o título "A ascensão do Brasil".
Ambas as expectativas estão inclusive, acima do que esperam os economistas no levantamento feito pelo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13). De acordo com o relatório, a estimativa do mercado prevê uma expansão para o PIB de 2,3% em 2020 e de 2,5% para o ano seguinte.
No documento, os analistas David Beker, Ana Madeira, Nicole Inui e Paula Andrea Soto destacaram que o maior otimismo está ligado ao progresso na agenda de reformas combinado ao corte na taxa de juros feito no ano passado.
Segundo eles, tais fatores combinados devem ajudar a aumentar a confiança, criar empregos, expandir o crédito e por último, o crescimento econômico.
"O governo permanece comprometido a simplificar o sistema de impostos brasileiro, aprovar a autonomia formal do Banco Central, reduzir os spreads bancários e avançar do ponto de vista microeconômico para modernizar o ambiente regulatório fazendo com que seja mais fácil fazer negócios no país", destacaram os especialistas.
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Para eles, depois de aprovar uma reforma de cunho fiscal, o foco agora está nos detalhes e no tempo de aprovação das reformas administrativa e de impostos, que são duas importantes medidas da agenda liberal.
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Mas os analistas estão otimistas. No documento, eles disseram que, apesar de não ter maioria no Congresso, o governo conseguiu receber o apoio necessário para aprovar a Previdência.
"A agenda econômica do governo deve continuar a receber apoio relativo tanto no Senado quanto na Câmara neste ano."
Olho na Selic e nos estrangeiros
E um dos motivos do maior otimismo está relacionado a uma queda ainda maior da Selic. O banco reiterou que espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) faça mais cortes e acredita que a Selic vai terminar 2020 em 4% ao ano. Hoje, a taxa de juros está em 4,50% ao ano.
"Ainda que as previsões para a inflação permaneçam benignas, o Banco Central depende de dados e dá sinais de que o fim do afrouxo monetário está próximo", pontuaram os especialistas no relatório.
E a queda da taxa de juros deve continuar a impulsionar a ida de mais brasileiros para a renda variável. Segundo os analistas, desde as eleições de 2018, o país viu a transferência de cerca de R$ 90 bilhões para o investimento em ações, além dos R$ 60 bilhões que foram diretamente para os fundos multimercados.
O movimento dos locais para o mercado de ações foi inclusive o principal impulso para a boa performance da bolsa em 2019, que teve rentabilidade de mais de 30% no acumulado do ano passado. Isso porque o estrangeiro, que é o segmento mais representativo do volume financeiro do Ibovespa, perdeu participação em 2019.
Apesar de a perda de participação do gringo na bolsa no ano passado, a expectativa para 2020 é um pouco melhor. De acordo com os especialistas, o investidor estrangeiro deve retornar à medida em que a agenda de reformas for pra frente e o crescimento acelerar com mais força no ano que vem.
Maior programa de investimentos global
E na hora de falar sobre algumas das maiores apostas, os analistas pontuaram que 2020 será o "ano do agora ou nunca" para o setor de infraestrutura.
No relatório, os especialistas destacaram que o momento é único para o ciclo de investimentos por conta do ambiente político favorável e da necessidade de ajuste fiscal. Esses fatores facilitam a implementação de uma agenda liberal, com foco em privatizações.
O pipeline é extenso e inclui estradas, trilhos, portos, aeroportos e ativos de mobilidade urbana, como metrôs e monotrilhos. Diante de um cenário mais positivo para mudanças em infraestrutura, as maiores apostas dentro do setor estão no papéis da CCR, Ecorodovias e Rumo.
Para os analistas, a expectativa é que sejam levantados cerca de R$ 220 bilhões com leilões do setor, segundo dados do Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Com isso, segundo eles, o Brasil assume a liderança global com o maior programa de investimentos.
Porém, os quatro pontuaram que um dos riscos para o setor é o fato de que há um número alto de disputas judiciais entre concessionárias, governo e reguladores. Isso sem contar os riscos relacionados à implementação dos investimentos.
"A burocracia para obter licenças, realocar famílias, remover florestas etc é alta e adiciona riscos à geração de fluxo de caixa", destacam.
Shoppings: hora de olhar o segmento mais de perto
Outro segmento que chama a atenção dos analistas é o de shoppings. No relatório, os especialistas afirmaram que os cinco maiores operadores no Brasil possuem menos de 30% de participação de mercado, ou seja, há bastante espaço para crescer.
"Em nossa opinião, os shoppings e o setor imobiliário representam uma história convincente baseada na recuperação do consumo, apoiada pelo crescimento da população de média renda e por um mercado que está subpenetrado."
E mesmo a ameaça do comércio eletrônico é vista como algo que pode ser contornado. Para eles, ao mesmo tempo em que os desafios logísticos do Brasil podem atrapalhar a expansão do e-commerce, eles podem representar uma oportunidade para os shoppings.
Segundo eles, os shoppings podem tirar proveito dos problemas logísticos e oferecer uma solução last mile (última milha), em que o cliente pode pegar o produto na loja física ou no centro de entregas mais próximo da sua casa.
Óleo e gás: crescimento à vista
Além dos shoppings, outro setor que chama a atenção é o de óleo e gás. Para os analistas, as perspectivas no longo prazo são bastante positivas.
Porém, o ritmo do desenvolvimento vai depender de alguns fatores: preço do petróleo, manutenção de mudanças recentes na legislação para continuar atraindo interesse em futuros leilões de óleo e gás, além da saúde financeira da própria Petrobras.
Do ponto de vista da petroleira, a companhia parece estar no caminho certo. Segundo metas anunciadas pela empresa, o nível de endividamento medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) deve passar de 2,6 vezes no terceiro trimestre para 1,5 vezes em 2020.
Além disso, os analistas destacaram que "se os preços do petróleo se mantiverem saudáveis no médio e longo prazos, a produção poderá aumentar substancialmente nos próximos anos, o que ajudará a aumentar a receita líquida de exportação de petróleo e limitará futuras importações de gás natural.
Outro ponto ressaltado pelos analistas é que o possível uso de gás natural das áreas do pré-sal como matéria-prima para novas plantas petroquímicas pode tornar a indústria mais competitiva nos próximos cinco a 10 anos.
Apesar de o otimismo, os especialistas disseram que um fator a ser observado é a possível mudança na política energética brasileira.
"A habilidade de precificar produtos refinados em linha com os preços internacionais pode ser desafiadora em períodos em que o preço do petróleo aumentar intensamente", destacaram os quatro.
Outra ameaça no longo prazo está ligada à uma mudança gradual do uso de hidrocarbonetos globalmente, o que pode afetar o preço dos ativos para o petróleo cru e outros produtos.
Privatizações
Além de estar de olho no setor de óleo e gás, o banco está atento ao tema das privatizações. No relatório, o Bank of America destacou que o governo apresentou um programa ambicioso de venda de estatais, mas pontuou que algumas delas não serão fáceis de vender.
Segundo um estudo feito pela consultoria Arko Advice e que foi utilizado no relatório do BofA, há duas companhias que possuem alta dificuldade de privatização, como os Correios e a Eletrobras.
Em seguida, há sete companhias que possuem média dificuldade, como a Casa da Moeda, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a Dataprev, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Telebras e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).
Em compensação, o banco disse que há oito empresas que são consideradas mais fáceis de privatizar, mesmo sem dar muitos detalhes dos motivos.
Entre os nomes estão a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), as Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) e a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex).
Segundo cálculos feitos pelo banco, se o governo levantar cerca de R$ 312 bilhões com o programa de privatizações, a dívida pública bruta poderia diminuir em cerca de 4,9% do PIB em quatro anos e em 5,4% do PIB em oito anos.
Diante de um resultado difícil para as contas públicas para os próximos anos, a expectativa do banco é que o governo coloque o tema em pauta no Congresso com a urgência necessária para ajudar a melhorar a situação fiscal do país.
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