Minha bela Marília, tudo passa
A sorte deste mundo é mal segura
Se vem depois dos males a ventura
Vem depois dos prazeres a desgraça.
Os versos acima de Tomás Antônio Gonzaga são um lembrete que a vida é cheia de altos e baixos. Frequentemente penso neles quando observo os mercados.
De novembro para cá, as bolsas globais viveram uma espécie de rali, embaladas pelos avanços das vacinas contra o coronavírus.
A festa teve fim (ou uma pausa) com a mutação do vírus no Reino Unido. Poxa, agora que tem vacina vai aparecer um vírus diferente?
Por via das dúvidas, muita gente realizou os lucros até agora.
Mas será que essa correção faz sentido e temos mesmo que ter medo desse vírus diferentão dos ingleses?
O Matheus Spiess avalia o cenário atual dos mercados e traz algumas lições do vírus mutante para o investidor.
MERCADOS
•O Ibovespa fechou ontem em baixa de 1,86%, aos 115.822 pontos, influenciado pelo temor global com a mutação da covid-19, além de questões políticas internas. As ações do setor de turismo foram os destaques negativos. O dólar subiu 0,78%, a R$ 5,1228.
• As bolsas asiáticas fecharam em baixa hoje, mas na Europa os mercados tentam recuperação, depois de perdas do dia anterior. O foco dos investidores continua sendo o surgimento de uma cepa mais infecciosa da covid-19 no Reino Unido. Veja o que mais está no radar dos mercados.
ECONOMIA
•O Congresso dos Estados Unidos aprovou na madrugada de hoje um pacote de ajuda econômica de US$ 900 bilhões. A medida prevê recursos para uma nova rodada de pagamentos diretos aos americanos de US$ 600 por adulto.
• O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 16% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2019, houve contração de 8,6%.
•O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, foi preso há pouco. Ele é um dos alvos de uma ação da Polícia Civil e Ministério Público do Rio que investiga um esquema de corrupção na cidade.
• O governo entrou em campo ontem para barrar a votação pelo plenário da Câmara do projeto que pode retirar R$ 4 bilhões do caixa da União por ano, mostra reportagem do Estadão. A proposta impôs mais uma saia-justa para o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe econômica.
•O Brasil chegou a 7,26 milhões de casos de covid-19, segundo o Ministério da Saúde. O total de mortes é de 187,2 mil.