Nunca antes na história das crises financeiras os mercados se recuperaram tão rápido como depois do pânico de março provocado pela pandemia do coronavírus.
Aqui no Brasil, o nosso Ibovespa ainda amarga uma queda de quase 15% no acumulado do ano. Mas lá fora os índices de ações de Nova York não só voltaram ao positivo como chegaram a testar novas máximas históricas.
Isso não significa que a crise tenha ficado definitivamente para trás. Como já diria Lulu Santos, ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro.
A retomada das bolsas foi em boa parte anabolizada pelos programas de estímulo sem precedentes dos governos e Bancos Centrais e com a expectativa de volta à normalidade — ou pelo menos ao “novo normal”.
O problema é que tivemos notícias ruins em ambas as frentes hoje. O rápido aumento de novos casos de covid-19 na Europa reacendeu as preocupações sobre uma segunda onda de casos da doença.
Enquanto isso, as negociações para a liberação de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos voltaram a andar com passos de formiga e sem vontade. O que acabou ajudando a aliviar a tensão, quem diria, foi o noticiário aqui no Brasil.
Diante de tudo isso, não vou dizer que o pregão na bolsa foi ruim. Mas também não foi tão bom assim. Você confere os detalhes de como a bolsa e o dólar se comportaram com o Felipe Saturnino.
ECONOMIA
• Vai voltar atrás? Um dia depois de defender a criação de um imposto sobre transações digitais, o ministro Paulo Guedes afirmou que pode desistir da "nova CPMF" e que o tributo não será usado para financiar o Renda Cidadã.
• A crise do coronavírus tende a ser menos severa que a de 2015/2016 no Brasil. Quem fez a afirmação foi o diretor do BC, Paulo Souza, após analisar os últimos dados sobre inadimplência e o nível de ativos problemáticos no sistema financeiro.
• Jair Bolsonaro segue surfando a onda da popularidade. Pesquisa feita pela XP Investimentos e Ipespe mostra que a reprovação do governo caiu para 31%, menor nível desde maio de 2019. Confira todos os dados.
EMPRESAS
• No mesmo dia que a controladora da JBS fechou acordos com a justiça dos Estados Unidos para encerrar acusações de corrupção, os irmãos Wesley e Joesley Batista viraram alvo de uma nova denúncia aqui no Brasil.
• Após um IPO que atraiu quase 40 mil investidores, as ações da rede de pet shops Petz foram as preferidas das pessoas físicas no mês de setembro. Confira o ranking das favoritas, de acordo com levantamento da SmartBrain.
• É hit! A gravadora coreana responsável pelo sucesso da boyband BTS teve uma estreia de arromba na bolsa sul-coreana. Com uma ajudinha dos fãs de k-pop, as ações da companhia subiram 160% na máxima do primeiro dia de negociações.
COLUNISTAS
• Uma série de fenômenos químicos e biológicos ao longo dos anos são os responsáveis por chegarmos até onde chegamos. Mas o que a ordem (ou desordem) natural do universo nos diz sobre o desejo de enriquecer? O Rodolfo Amstalden faz essa reflexão na coluna de hoje.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.