3 razões por que erros sempre geram sucesso
Assim como em cada problema existe uma oportunidade, em cada decepção há uma joia inestimável de sabedoria.
Quando eu saí da Marinha, meu pai rico me recomendou que eu procurasse um emprego que me ensinasse a vender. Eu era tímido e esse lance de aprender a vender era a última coisa no mundo que eu queria fazer.
Por dois anos, fui o pior vendedor da minha empresa. Eu não era capaz de vender uma boia para alguém que estivesse se afogando. Minha timidez era constrangedora, não só para mim, mas também para aqueles clientes para quem eu estava tentando vender algo. Ao longo desses dois anos, eu estava constantemente sendo avaliado e à beira da demissão.
Com frequência eu culpava a economia, o produto que eu estava tentando vender ou mesmo os clientes pelo meu desempenho ruim. Mas meu pai rico me disse: "Quando as pessoas falham, adoram culpar os outros".
Ele quis dizer que o peso emocional da frustração era tão grande que a pessoa empurra esse peso para outro, culpa um terceiro. Para aprender a vender, eu tive que enfrentar a dor da frustração. Mas ao longo do processo de aprendizagem de como vender, aprendi uma lição inestimável: como transformar a frustração em um ativo em vez de um passivo.
Sempre que encontro pessoas com medo de tentar algo novo, na maioria dos casos o motivo está no medo de se decepcionar. Elas têm medo de cometer um erro ou serem rejeitadas. Se você estiver pronto para iniciar sua jornada para o "Fast Track" financeiro, ofereço as mesmas palavras de incentivo que meu pai rico me ofereceu quando eu estava aprendendo algo novo: "Esteja preparado para se decepcionar".
Ele quis dizer isso em um sentido positivo, não negativo. Ele acreditava que, se você estiver preparado para se decepcionar, poderá transformar a situação em um ativo. A maioria das pessoas transforma decepção em um passivo de longo prazo. Você percebe isso quando dizem: "Eu nunca farei isso novamente" ou "Eu deveria ter percebido que eu não ia conseguir".
Leia Também
Assim como em cada problema existe uma oportunidade, em cada decepção há uma joia inestimável de sabedoria.
Sempre que ouço alguém dizer: "Nunca mais farei isso", sei que estou ouvindo alguém que parou de aprender. Essas pessoas estão deixando a decepção detê-las. A decepção ergueu uma barreira protetora ao redor delas em vez de servir de base para o crescimento.
Meu pai rico me ajudou a aprender a lidar com profundas decepções emocionais. Ele dizia: “A razão pela qual existem poucas pessoas que enriqueceram por conta própria é porque poucas pessoas podem tolerar decepções. Em vez de aprender a enfrentar a decepção, elas passam a vida evitando isso.”
Meu pai rico acreditava que a decepção é uma parte importante do aprendizado. Assim como aprendemos a partir dos nossos erros, construímos nosso caráter a partir das nossas decepções. A seguir, algumas palavras de sabedoria que meu pai rico me disse ao longo dos anos.
Esteja preparado para se decepcionar
Meu pai rico com frequência dizia: “Apenas tolos esperam que tudo ocorra do jeito que desejam. Estar pronto para se decepcionar não significa ser passivo ou um perdedor resignado. Estar preparado para se decepcionar é uma forma de preparar a si próprio mentalmente e emocionalmente para encarar surpresas indesejáveis. Ao estar emocionalmente preparado, estará calmo e controlado quando as coisas não acontecerem conforme o esperado. Quando você está calmo, você pensa melhor."
Ao longo dos anos, encontrei várias pessoas com grandes ideias de novos negócios. A empolgação delas durou cerca de um mês. A partir daí, a decepção começou a ganhar terreno. Logo a empolgação começou a diminuir e tudo que as ouvia dizer era: "Foi uma boa ideia, mas não deu certo".
Não é a ideia que não funcionou. Foi a decepção que funcionou melhor. Eles permitiram que a sua impaciência se tornasse decepção e então permitiram que a decepção os derrotasse. Muitas vezes, essa impaciência ocorre porque não receberam uma compensação financeira imediata. Donos de negócios e investidores podem ter que esperar anos para ver o fluxo de caixa surgir, mas eles abraçam o projeto sabendo que o sucesso leva tempo para ser conquistado. Eles também sabem que quando o sucesso for alcançado, a recompensa financeira terá valido a pena a espera.
Tenha um mentor de plantão
Assim como temos os números de emergência sempre à mão, tipo o 190 para chamar a polícia, qual é a sua lista de contatos de pessoas confiáveis, cheias de conhecimento? Para mim, meus mentores financeiros são os principais. Posso sempre contatá-los com um simples telefonema se tiver uma emergência financeira.
Muitas vezes, antes de entrar em um negócio, ligo para um de meus amigos e explico o que estou fazendo e o que pretendo realizar. Peço também que estejam de sobreaviso caso eu esteja perto do meu limite, o que é frequente.
Certa vez, eu estava negociando um grande terreno com um vendedor que estava jogando duro e mudando os termos no fechamento. Ele sabia que eu queria a propriedade e estava fazendo o possível para conseguir mais dinheiro de última hora. Como tenho um temperamento esquentado, minhas emoções saíram do controle. Mas, em vez de fechar o negócio aos gritos, o que é minha tendência normal, simplesmente perguntei se poderia usar o telefone para ligar para meu sócio.
Eu falei com meus três amigos que estavam de prontidão. Depois de ouvir o conselho deles sobre como lidar com a situação, eu me acalmei e aprendi três novas formas de negociar que até então desconhecia. O negócio não vingou, mas ainda uso aquelas técnicas de negociação até hoje — técnicas que eu nunca teria aprendido se não tivesse tentado fechar aquele negócio. Esse aprendizado não tem preço.
O ponto é que nunca podemos saber tudo de antemão. E geralmente aprendemos as coisas apenas quando precisamos aprendê-las. É por isso que recomendo que você tente coisas novas e esteja preparado para lidar com decepções, mas sempre tenha um mentor para ajudá-lo nessa experiência. Muitas pessoas nunca iniciam projetos simplesmente porque não têm todas as respostas. Você nunca terá todas as respostas, mas precisa começar assim mesmo. Um de meus amigos sempre diz: "Muitas pessoas não vão cruzar a rua até que todas as luzes estejam verdes. É por isso que elas não vão a lugar algum."
A verdade
Uma das piores punições que eu recebi quando criança foi no dia que acidentalmente quebrei o dente da frente da minha irmã. Ela correu pra casa para contar para o meu pai e eu corri para me esconder.
Depois que meu pai me encontrou, ele ficou muito bravo. Ele me repreendeu: "A razão pela qual estou punindo você não é porque você quebrou o dente da sua irmã, mas porque você fugiu".
Financeiramente, houve muitas vezes que eu poderia ter fugido dos meus erros, mas fugir é tomar o caminho mais fácil.
Em resumo, todos cometemos erros. Todos nos sentimos chateados e decepcionados quando as coisas não acontecem do jeito que queríamos. A diferença está na forma como processamos essa decepção. Meu pai rico me disse: "O tamanho do seu sucesso é medido pela força do seu desejo, pelo tamanho do seu sonho e por como você lida com a decepção ao longo do caminho".
Nos próximos anos, teremos mudanças financeiras que testarão nossa coragem. Como Bob Dylan canta: "The times they are a-changin" (Os tempos, eles estão mudando). As pessoas que têm mais controle sobre as suas emoções, que não as deixam detê-las e que têm maturidade emocional para aprender novas habilidades financeiras são as que florescerão nos próximos anos.
O futuro pertence àqueles que podem mudar com o tempo e podem usar decepções pessoais como base para o amanhã.
Abraços
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos