🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mercados estressados

Risco político e cautela global derrubam o Ibovespa na semana e levam o dólar para mais perto dos R$ 6,00

O clima de maior aversão ao risco no exterior e no Brasil fez o Ibovespa acumular perdas de mais de 3% na semana e renovou as pressões sobre o dólar à vista

Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Um estado quase permanente de apreensão tomou conta dos mercados nesta semana, tanto no Brasil quanto no exterior. Coronavírus, economia vacilante, atrito político... não foram poucos os fatores de estresse para os investidores. E, nesse cenário, não é surpreendente ver que o Ibovespa e o dólar à vista sofreram com uma pressão intensa nos últimos dias.

O principal índice da bolsa brasileira, por exemplo caiu em quatro das últimas cinco sessões — hoje, fechou em baixa de 1,84%, aos 77.556,62 pontos. Com isso, o Ibovespa acumulou perdas de 3,37% na semana e voltou ao menor nível desde 24 de abril.

No câmbio, a situação também não foi muito diferente: o dólar à vista subiu em quatro dos últimos cinco dias, saltando mais 1,69% desde segunda-feira — hoje, o avanço foi de 0,34%, a R$ 5,8390.

  • A edição desta sexta-feira do podcast Touros e Ursos já está no ar! Eu e a Julia Wiltgen comentamos sobre os principais assuntos que movimentaram os mercados na semana, com destaque para a escalada do dólar rumo aos R$ 6,00:

Os últimos dias não foram ruins apenas para os ativos domésticos: lá fora, as bolsas também acumularam perdas. Nos EUA, o Dow Jones caiu 2,65% na semana, o S&P 500 recuou 2,25% e o Nasdaq teve baixa de 117%; na Europa, o tom foi igualmente negativo nas principais praças acionárias.

Tudo isso porque, no exterior, começou a ganhar vulto um fantasma que não estava no radar dos investidores: o risco de uma 'segunda onda' do coronavírus na Ásia — o que, se concretizado, tende a minar a confiança do mercado quanto a uma retomada rápida das economias no ocidente.

Além disso, uma nova onda de atritos entre EUA e China — o governo americano tenta usar uma suposta conduta equivocada dos chineses na detenção do vírus como argumento para descumprir os acordos comerciais firmados no ano passado — aumentou ainda mais a cautela dos agentes financeiros.

Leia Também

E tudo isso, é claro, com um cenário ainda muito preocupante em relação à pandemia: segundo a universidade americana Johns Hopkins, mais de 4,5 milhões de pessoas já foram infectadas pela Covid-19, com cerca de 306 mil mortos no mundo.

No front econômico, as notícias ruins também se acumularam nos últimos dias: os dados mais recentes da atividade na Europa e nos Estados Unidos mostram um cenário de retração intensa — e, caso a reabertura se mostre inviável num futuro próximo, os números tendem a piorar ainda mais.

Tanto é que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse nessa semana que o pior da recessão no país ainda está por vir — uma previsão sombria de uma das principais autoridades econômicas do mundo.

E, para completar o quadro de aversão ao risco, Powell disse não ver a adoção de juros negativos como uma política monetária adequada para os EUA — jogando um balde de água fria no mercado, que já começava a ver essa hipótese com bons olhos.

Ou seja: a semana foi quase que inteiramente dominada por fatores de risco no exterior — e, aqui dentro, o panorama não foi muito diferente.

Riscos em Brasília

No front doméstico, o cenário político continuou dominando as atenções dos investidores — e, sendo fonte de preocupação durante quase toda a semana.

Não é novidade para ninguém que as relações entre governo e Congresso estão estremecidas e que, nesse ambiente, o ajuste fiscal e a continuidade das pautas econômicas corre risco. Assim, os mercados passaram a semana de olho em Brasília, reagindo imediatamente a qualquer ruído ou boato vindo da capital federal.

E a semana foi marcada por muita especulação e pouca novidade concreta: os investidores seguem aguardando um parecer final a respeito da questão do reajuste do salário dos servidores, conforme determinado pela PEC de auxílio financeiro emergencial aos Estados e municípios.

Bolsonaro vem sinalizando, desde a semana passada, que irá vetar esse ponto do projeto, considerando o forte impacto fiscal que a medida traria às contas do governo — e, assim, dando uma demonstração de apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Mas, obviamente, um veto ao reajuste salarial dos servidores é uma medida impopular — e, assim, o tema se arrastou ao longo da semana, sem uma conclusão até agora.

Também esteve em pauta toda a turbulência gerada pelo vídeo da reunião ministerial do último dia 22 — ocasião em que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, disse ter sido pressionado por Bolsonaro para promover trocas na Polícia Federal.

Embora o conteúdo do vídeo ainda não tenha sido divulgado na íntegra, relatos na imprensa deram conta de que o teor seria 'bombástico', tanto para o presidente quanto para outros ministros — o que criou toda uma nova camada de cautela às operações.

Por fim, a crise política ganhou um novo desdobramento nesta sexta-feira, com a saída de Nelson Teich do ministério da Saúde — ele ficou menos de um mês no cargo. É a segunda troca no comando da pasta desde o início da pandemia de coronavírus.

Teich e Bolsonaro vinham se desentendendo quanto às diretrizes para o combate ao vírus — temas como o isolamento vertical e o uso de hidroxicloroquina estavam entre os pontos de atrito entre os dois. A saída do ministro, assim, cria mais um capítulo nas turbulências políticas — e acaba gerando mais incerteza nos mercados.

Até onde vai o dólar?

Por mais que o dólar tenha fechado a semana com uma alta acumulada, a moeda americana ao menos terminou longe das máximas: na quinta-feira, a divisa chegou a bater os R$ 5,97.

Além de todos os pontos de estresse doméstico e internacional, também há fatores técnicos pressionando o dólar: com o Fed sinalizando que não vai mais cortar juros — e com o Copom dando a entender que poderá reduzir a Selic em mais 0,75 ponto na reunião de junho —, o diferencial entre as taxas dos EUA e do Brasil vai cair ainda mais.

Em linhas gerais, quanto menor é esse diferencial, menor é a atratividade do mercado brasileiro para os investidores que buscam apenas a rentabilidade fácil dos juros. É um capital de caráter mais especulativo, mas, ainda assim, a não entrada desses recursos diminui a quantidade de dólares disponíveis no mercado doméstico.

Ou seja: temos um ambiente de demanda crescente por dólares, dados os riscos presentes no horizonte, mas temos uma oferta menor porque esses recursos não entram mais no país — um cenário que pressiona a cotação da moeda.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452

10 de julho de 2025 - 11:33

Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados

VOLATILIDADE CRESCENTE

Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora

10 de julho de 2025 - 10:26

A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas

NOVOS HORIZONTES

Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso

10 de julho de 2025 - 6:03

Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”

APERTEM OS CINTOS!

O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3

9 de julho de 2025 - 20:19

O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%

CHANCE DOURADA

A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato

9 de julho de 2025 - 18:00

A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024

9 de julho de 2025 - 14:01

Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros

FIIS HOJE

FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria

9 de julho de 2025 - 12:52

Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira

VISÃO DO GESTOR

O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora

9 de julho de 2025 - 6:08

Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações

DIA DA LIBERTAÇÃO RELOADED

A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano

8 de julho de 2025 - 19:58

O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora

VOLTOU A VALER A PENA

Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil

7 de julho de 2025 - 19:49

Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo

ENTREGOU TUDO

Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016

7 de julho de 2025 - 17:24

Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana

MERCADOS E TARIFAS

Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778

7 de julho de 2025 - 13:46

Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes

DE ENDEREÇO NOVO

Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência

7 de julho de 2025 - 12:12

Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado

FII DO MÊS

De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking

7 de julho de 2025 - 6:01

Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro

PERDEU O RASTREIO

Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre

5 de julho de 2025 - 10:00

Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais

VOAR, VOAR, SUBIR, SUBIR

Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar

4 de julho de 2025 - 16:03

Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar

4 de julho de 2025 - 14:08

Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre

4 de julho de 2025 - 14:02

Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248

4 de julho de 2025 - 12:37

As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump

TREINO DE CARDIO

Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%

3 de julho de 2025 - 19:02

Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar