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Ibovespa segue a cautela global e cai mais de 3%; dólar opera em alta e vai a R$ 5,06

Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar

Depois de três pregões consecutivos em alta, o Ibovespa volta a registrar perdas nesta sexta-feira (27), com os investidores receosos com a crise desencadeada pelo novo coronavírus. O mercado de câmbio também assume uma postura cautelosa, com o dólar à vista operando em alta.

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Por volta de 15h45, o Ibovespa recuava 3,83%, aos 74.731,13 pontos — um desempenho ruim, mas que não apaga os ganhos recentes do índice. Lá fora, o Dow Jones (-2,77%), o S&P 500 (-2,36%) e o Nasdaq (-2,30%) também caem.

No câmbio, o dia é de pressão sobre o dólar à vista, que chegou a bater os R$ 5,1203 na máxima (+2,47%). A moeda americana reduziu ligeiramente os ganhos, mas segue estressada: no mesmo horário, subia 1,38%, a R$ 5,0658.

O movimento segue a tendência de alta volatilidade desencadeada pela crise do coronavírus. Nas últimas semanas, as bolsas globais registram pregões de fortes ganhos e perdas, depois de derreterem no início da pandemia. A alta dos últimos dias era motivada por medidas como a dos Estados Unidos, cujo Senado aprovou um pacote de estímulos trilionário.

Mas os ganhos não se sustentam porque a perspectiva é de recessão global, conforme as projeções mais atualizadas das principais instituições financeiras. O coronavírus segue se espalhando num ritmo preocupante, especialmente na Europa e nos Estados Unidos.

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Segundo dados compilados pela universidade americana John Hopkins, mais de 550 mil pessoas já foram contaminadas pelo coronavírus no mundo, com cerca de 25 mil mortos. No Brasil, segundo o ministério da Saúde, são 77 óbitos e 2.915 infectados.

Em meio a esse cenário, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que a prioridade do governo é a saúde pública, não a economia. A declaração destoa do discurso oficial do chefe do Executivo brasileiro.

O presidente Jair Bolsonaro continua a defender o fim do isolamento social, contrariando autoridades médicas e sanitárias, e entrando em conflito com os governadores - que fecharam serviços não essenciais nos estados.

Medidas econômicas

A despeito do posicionamento de Bolsonaro, a Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite um auxílio a trabalhadores informais de R$ 600 por mês. O desemprego é uma das principais preocupações das autoridades para o período, já que pequenas e médias empresas tendem a quebrar com a política de isolamento social.

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Na quinta-feira, os Estados Unidos registraram uma disparada nos pedidos de seguro-desemprego. Na semana encerrada em 21 de março, foram 3,28 milhões de novas solicitações — um aumento de mais de 3 milhões em relação à semana anterior, quando apenas 282 mil pedidos foram feitos.

E, nesta manhã, o governo federal anunciou um programa de financiamento de folha de pagamento para pequenas e médias empresas, no valor de R$ 40 bilhões. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, explicou que o pacote servirá para garantir o pagamento de, no máximo, dois salários mínimos por funcionário.

Juros mais comportados

As curvas de juros exibem oscilações mais tímidas nesta sexta-feira, após a forte volatilidade registrada nos últimos dias. Embora os DIs estejam abrindo, o mercado segue apostando em mais cortes da Selic e na manutenção da taxa em níveis mais baixos por um tempo prolongado, de modo a dar sustentação à economia:

Top 5

Veja abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa no momento:

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CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
SUZB3Suzano ON33,80 +20,50%
KLBN11Klabin units15,96 +12,95%
IRBR3IRB ON10,46 +5,34%
MRFG3Marfrig ON8,76 +4,29%
CVCB3CVC ON12,86 +3,88%

Confira também as maiores baixas do índice:

CÓDIGONOME PREÇO (R$)VARIAÇÃO
TOTS3Totvs ON45,45 -14,52%
YDUQ3Yduqs ON28,42 -12,12%
CYRE3Cyrela ON16,36 -10,26%
GNDI3NotreDame Intermédica ON48,09 -9,45%
CSAN3Cosan ON55,83 -9,16%
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