Ibovespa ignora as perdas da sessão asiática e avança 1%; dólar cai a R$ 4,24
Recuperação ocorre após uma sequência de dias bastante negativos para o Ibovespa e as bolsas americanas – na semana passada, o índice brasileiro amargou perdas de mais de 4%

O tom amplamente negativo visto nas bolsas da Ásia nesta segunda-feira (3) não contaminou as negociações no ocidente. O Ibovespa opera em alta firme e já ronda os 115 mil pontos, pegando carona no viés positivo visto nas praças dos Estados Unidos e da Europa.
Por volta de 17h05, o principal índice da bolsa brasileira subia 1,13%, aos 115.044,20 pontos — mais cedo, o Ibovespa chegou a cair 0,25%, aos 113.467,40 pontos. O dólar à vista também teve uma sessão de calmaria, fechando em queda de 0,84% a R$ 4,2492.
O mercado doméstico ganhou força após a abertura do pregão americano, com o Dow Jones (+0,68%), o S&P 500 (+0,84%) e o Nasdaq (+1,32%) subindo em bloco — um comportamento bastante diferente do visto nas bolsas da China.
Por lá, o índice Xangai Composto desabou 7,72%, enquanto o Shenzen Composto despencou 8,41% — as bolsas chinesas reabriram hoje, após mais de uma semana de recesso por causa do feriado de Ano Novo Lunar e do surto de coronavírus que atinge o país.
Assim, essa forte reação negativa vista nos mercados do gigante asiático pode ser interpretada como um movimento de correção, já que, durante o período em que as negociações estiveram paralisadas, uma onda de aversão ao risco tomou conta das bolsas globais.
E, considerando que as baixas vistas na China se devem a um movimento de ajuste após tanto tempo de recesso, as praças do Ocidente — incluindo o Ibovespa — conseguem se sustentar sem maiores arranhões.
Leia Também
Dito tudo isso: por que o Ibovespa e as bolsas americanas conseguem ter desempenhos tão positivos?
Recuperação
Trata-se de um movimento de recuperação, considerando as perdas recentes. O Ibovespa, por exemplo, acumulou baixas de quase 4% na semana passada — os mercados dos EUA também ficaram no vermelho.
Assim, por mais que a disseminação do coronavírus continua inspirando cautela entre os investidores — os dados mais recentes já dão conta de 362 mortos e mais de 17 mil pessoas infectadas no mundo —, há espaço para uma retomada nas bolsas.
Alívio no dólar
O dólar à vista também conseguiu apresentar um comportamento mais tranquilo, voltando ao patamar de R$ 4,24. Na última sexta-feira (31), a moeda americana fechou em R$ 4,2850, cravando um novo recorde de encerramento em termos nominais.
No exterior, o dólar perdeu força em relação às divisas de países emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo, o peso colombiano, o rand sul-africano e o peso chileno, em meio à redução na aversão ao risco.
O real, contudo, teve um dos melhores desempenhos do grupo. Vale lembrar que, apenas na semana passada, a moeda americana se valorizou 2,4% ante a divisa brasileira — no ano, a alta do dólar é de quase 6%.
Assim, aproveitando o tom de maior calmaria no exterior, o dólar à vista passou por um movimento de despressurização, devolvendo parte dos ganhos recentes. E, com a moeda americana em baixa, as curvas de juros também passaram por um ajuste negativo.
Veja abaixo como ficaram os principais DIs nesta segunda-feira:
- Janeiro/2021: de 4,37% para 4,32%;
- Janeiro/2023: de 5,52% para 5,46%;
- Janeiro/2025: de 6,21% para 6,15%;
- Janeiro/2027: de 6,60% para 6,52%.
O mercado de juros ainda aguarda a reunião do Copom que decidirá o futuro da Selic — o parecer será conhecida na quarta-feira (5), depois do fechamento. A maior parte dos investidores aposta num corte de 0,25 ponto na taxa, o que também mexe com o comportamento dos DIs.
Turbulências na bolsa
No lado positivo do Ibovespa, destaque para BRF ON (BRFS3), em alta de 3,99%, em meio às ocorrências de gripe aviária na China. Com a notícia, o mercado aposta que o gigante asiático terá que aumentar as importações de aves, o que beneficiaria diretamente a empresa.
Os bancos também contribuem para o bom desempenho do índice: Itaú Unibanco PN (ITUB4) sobe 0,85%, Bradesco PN (BBDC4) avança 1,34% e Banco do Brasil ON (BBAS3) opera em alta de 0,68%. Vale ON (VALE3), com ganho de 1,49%, é outra que dá força ao Ibovespa.
Na ponta oposta, IRB ON (IRBR3) cai 6,76% após a gestora Squadra apontar supostas 'inconsistências' no balanço da companhia — argumentos que foram refutados pela resseguradora, em comunicado enviado à CVM.
Também no lado negativo, as ações da Petrobras operam em queda, pressionadas pelas perdas de cerca de 3% do petróleo no exterior. Os papéis ON da estatal (PETR3) caem 0,53%, enquanto os PNs (PETR4) recuam 0,74%.
Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa nesta manhã:
- Braskem PNA (BRM5): +5,96%
- Qualicorp ON (QUAL3): +5,48%
- NotreDame Intermédica ON (GNDI3): +4,39%
- Yduqs ON (YDUQ3): +4,21%
- BR Malls ON (BRML3): +4,18%
Confira também as maiores baixas do índice:
- IRB ON (IRBR3): -6,76%
- Eletrobras ON (ELET3): -1,53%
- Klabin units (KLBN11): -1,11%
- Embraer ON (EMBR3): -0,83%
- MRV ON (MRVE3): -0,81%
Ibovespa bate novo recorde de fechamento com corte de juros nos EUA; mais cedo, índice chegou a romper os 146 mil pontos
Principal índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,93%, a 145.404,61 pontos; dólar teve leve alta de de 0,06%, a R$ 5,3012
BB Seguridade (BBSE3) lidera ranking de melhores pagadoras de dividendos, mas ação cai no ano; demais campeãs se valorizaram até 90%
Com exceção da seguradora do Banco do Brasil, todas as demais ações do top 10 se valorizaram no ano; duas construtoras de baixa renda figuram na lista
Ouro renova (de novo) as máximas históricas na véspera da decisão do Fed sobre juros dos EUA
A queda dos juros dos Treasurys e do dólar no exterior, assim como o clima de cautela em mercados acionários, contribuem para os ganhos do ouro hoje
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic