“Já estou no comando global do Santander”, diz Sergio Rial
Sob a sua gestão, a filial brasileira mais que dobrou o lucro trimestral e cresceu em ativos quase um HSBC, que deixou de comprar, ao perder a disputa para o rival Bradesco

Um mapa enorme do Brasil decora a sala de reunião do comitê executivo do Santander Brasil, em São Paulo. Está lá desde que o carioca Sergio Rial, 58 anos, assumiu o comando do banco no Brasil, em 2016. Foi colocado a pedido do próprio. O mapa funciona como uma espécie de raio X de tudo o que se tem para fazer no Brasil, segundo Rial.
Escolhido em abril para capitanear também as operações do Santander na América do Sul, Rial acumula a função com a presidência do banco no Brasil. Sob a sua gestão, a filial brasileira mais que dobrou o lucro trimestral e cresceu em ativos quase um HSBC, que deixou de comprar, ao perder a disputa para o rival Bradesco.
Como consequência, o Santander Brasil voltou a ser a filial mais importante no conglomerado e atingiu, no fim de março, a fatia histórica de 29% nos resultados globais do grupo espanhol - mais do que Inglaterra e a própria Espanha juntas.
Com isso, cogitou-se, no início do ano, que Rial seria um forte candidato à estar na frente do Santander, na matriz. “Com 30% do resultado do grupo, já estou no comando global”, diz Rial, que já faz parte do comitê executivo global do banco. A seguir, a entrevista concedida ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Por algumas vezes, a presidente do conselho do Santander, Ana Botín, afirmou que o banco ainda não tinha o tamanho que gostaria no Brasil. Com 29% de peso nos resultados globais do grupo, a subsidiária brasileira já é do tamanho que o conglomerado espanhol deseja?
Sergio Rial: Quando eu olho para o mapa do Brasil - e eu tenho um enorme na nossa sala de reunião -, entendo aqueles que pensam, às vezes, em sair do País. Mas é só olhar de novo para o mapa e repensar que temos tudo por fazer. Se tivermos um olhar muito forte para que o consumidor se identifique com uma instituição transparente e responsável, com papel claro com relação à sociedade e sem discurso falso de marketing, é inquestionável que vamos crescer mais que a média da concorrência. Aí não tem limite.
Leia Também
Veremos o Sergio Rial no comando global do Santander?
Com 30% do resultado do grupo, já estou no comando global. Faço parte do comitê executivo global do banco.
Sem HSBC e Citi no varejo bancário, o Santander passou a ser o único estrangeiro no segmento. Como é esse olhar?
Somos obviamente o maior banco internacional e, às vezes, eu vejo que a imprensa escreve o banco espanhol.
O sr. não gosta?
Não. Sou filho de espanhol, meu DNA é espanhol. Então, tenho um orgulho enorme. Dito isso, quando olho para os resultados do banco, que colocam o Brasil à frente da Inglaterra e da Espanha juntas, percebo que somos muito mais um banco brasileiro do que um banco espanhol. Temos muito orgulho da nossa história, mas somos maiores que ela. O comitê executivo global, por exemplo, é composto por 12 pessoas. Sou eu, brasileiro, um irlandês, um mexicano, um americano, uma americana, um alemão, dois espanhóis e um inglês. Quando, entre 12 pessoas, há sete nacionalidades, mostramos na prática que a gente já transcendeu (a origem). O Santander é um banco internacional.
Qual a visão, então, desse banco internacional?
O Brasil é um país com solidez institucional e desafios óbvios, mas inerentes a uma sociedade democrática. O mundo aguarda sinais concretos de comprometimento ao reequilíbrio fiscal do País. A reforma da Previdência é um componente nesse sentido.
Esses sinais estão vindo no ritmo esperado?
Sim. Há a mobilização dos governadores, falando claramente da necessidade da reforma da Previdência, mesmo porque eles vivem essa demanda como gestores públicos. O resto é o que chamo da intolerância do mundo consumidor de respostas rápidas. No processo democrático, diálogo é fundamental.
Mas o estrangeiro não está investindo no Brasil e as empresas continuam com o pé no freio...
Devemos nos importar menos com os estrangeiros porque quem mantém a economia crescendo são os brasileiros. Principalmente, as pequenas e médias empresas, que geram emprego. Temos um desafio enorme de desemprego, estrutural como no resto do planeta, mas mais desafiador no nosso caso, por causa da educação.
Como a baixa escolaridade afeta o setor?
Estamos transformando o modelo de atendimento do banco e fizemos uma academia de educação interna que permite às pessoas se reabilitarem a um mundo diferente. A desconstrução do organograma está exigindo níveis educacionais de formação e de habilidades maiores que na minha geração.
E a concorrência?
Vamos ver a transformação do Brasil nas pequenas e médias empresas, com equilíbrio fiscal. Com o País tendo juros baixos por anos, a transformação do tecido concorrencial do sistema financeiro vai ser impressionante. Convivemos com uma Selic a 6,5% ao ano, um nível concorrencial maior e novas empresas. Isso é ótimo e permite, como no nosso caso, o comércio financiar suas vendas a prazo a 2%.
Como será o novo modelo de atendimento do Santander?
A estrutura física é o simbolismo dos organogramas do século 20. Lançamos um modelo na estrutura física que já não mais fala com eles.
Como assim?
Desconstruímos as funções organizacionais. As demandas são trazidas à mais importante, o gerente que cuida de processos, necessidades, desejos, negócios e serviços aos clientes. Chamamos as estruturas de lojas - e não mais de agências - porque lá, apesar de não ser possível visualizar produtos, eles estão em prateleiras digitais. Então, teremos um empório de produtos e serviços nos quais os gerentes ajudam clientes a encontrar o que precisam.
Quanto tempo levará para ser concluído o processo?
Esperamos terminar este ano em todas as agências. Tentaremos inovar para dar a ele uma melhor experiência, de velocidade, de precisão e de proatividade, independentemente de onde o cliente entre no Santander.
É o fim dos caixas humanos?
É uma transformação muito clara do desenho do banco. O organograma tradicional deixa de existir. O caixa continua existindo, mas não é mais uma pessoa. Qualquer um pode voltar e fazer a autenticação se for necessário. É um pouco do que acontece em qualquer loja. Raramente você vê nas lojas a figura do caixa.
O cliente não ficará perdido?
O consumidor tem de começar a desconstruir essa necessidade da estrutura física, que deixou de existir.
A rede de agências do banco será reduzida?
A estrutura física será redesenhada, não necessariamente reduzida. Entre o segmento agro e a marca Prospera, vamos abrir, entre 2018 e 2020, mais de 300 lojas. Só que as lojas vão ser vocacionadas. Essa é outra tendência. Vamos ter um pouco de tudo, eventualmente, algumas agências focadas em investimento, pequeno comércio, agro e também lojas mais generalistas.
O novo modelo de atendimento é a direção do banco do futuro?
O banco mudou muito, mas a função custódia não vai mudar. Não é difícil pensar que a riqueza se torne um algoritmo, que terá de ser seguramente custodiado em algum lugar de confiança. A custódia de qualquer moeda não vai mudar. Pode até não ser chamado banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.
Horário de verão em 2025? Governo Lula toma decisão inapelável
Decisão sobre o horário de verão em 2025 foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Quina 6851 e outras loterias acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio
Embora a Quina tenha acabado de sair pela primeira vez em outubro, ela já oferece o terceiro maior prêmio da noite desta terça-feira (14)
Lotofácil 3511 começa semana fazendo um novo milionário na próxima capital do Brasil
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta terça-feira (14) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3512
Brasil x Japão: Onde assistir e horário
Amistoso Brasil x Japão: canais, horário de Brasília e prováveis escalações da Seleção
Grupo SBF (SBFG3) está ‘subavaliado e ignorado’? Bradesco BBI vê potencial de 45% para a ação da dona da Centauro
Os analistas acreditam que os preços atuais não refletem a maior visibilidade do crescimento do lucro da empresa
Não é cidade nem campo: o lugar com maior taxa de ocupação de trabalhadores do Brasil é um paraíso litorâneo
Entre os 5.570 municípios do país, apenas um superou a taxa de ocupação 80% da população no Censo 2022. Veja onde fica esse paraíso.
CNH sem autoescola: Governo divulga o passo a passo para obter a habilitação
Governo detalha o novo passo a passo para tirar a CNH sem autoescola obrigatória: EAD liberado, instrutor credenciado e promessa de custo até 80% menor
Pix Automático: está no ar a funcionalidade que pretende tornar mais simples o pagamento das contas do mês
Nova funcionalidade do Pix, desenvolvido pelo Banco Central, torna o pagamento de contas recorrentes automático entre bancos diferentes