Passado, presente e o futuro do presente
No “day after” da reforma da Previdência, investidores já começaram a especular sobre os obstáculos que o projeto terá no Congresso
O tema da reforma da Previdência até já saiu dos “trending topics” do Twitter, mas continua no centro das nossas atenções (e tensões).
Afinal, não se trata de uma proposta simples, e ainda trouxe uma grande novidade em relação às outras iniciativas de mudança no sistema de aposentadorias.
Enquanto as reformas do passado se preocuparam principalmente com o futuro, ou seja, com a idade de aposentadoria e tempo de contribuição ao sistema, a proposta encaminhada pela equipe de Bolsonaro mexe também com o presente.
Isso porque o projeto prevê a mudança nas alíquotas de contribuição para a Previdência. Em outras palavras, o percentual descontado todos os meses do seu salário.
A mudança, caso aprovada pelo Congresso, valerá para todos, não importa quantos anos você tenha ou a quanto tempo esteja da esperada aposentadoria. Nem se você contribui para o regime geral ou o específico dos servidores públicos.
As novas alíquotas estão no cerne da mensagem que a equipe de Bolsonaro procurou passar sobre a reforma: quem ganha mais também vai contribuir mais.
Mas como vai ficar o seu salário e qual valor será descontado depois da aprovação da nova Previdência? A Julia Wiltgen desbravou o mar de contas e alíquotas para trazer essa resposta para você.
Pais e filhos
Dando sequência às suas já conhecidas pérolas, Paulo Guedes voltou a usar floreios para explicar e defender a reforma da Previdência. Dessa vez ele optou por instigar o lado responsável dos pais e mães desse Brasil ao dizer que, a cada corte na proposta de reforma feito hoje, cortes na mesma medida serão feitos aos nossos filhos e netos. Como o posto Ipiranga tem sua parcela de razão, o Eduardo Campos resolveu preparar esta matéria em que ele conta um pouco mais sobre o significado desses cortes para o futuro das aposentadorias brasileiras.
Diluir ou não diluir
Investidores passaram boa parte do pregão desta quinta-feira em cima do muro, mas a bolsa encontrou forças para voltar a subir. No “day after” do envio da reforma da Previdência, todos estão em busca de um sinal de que o governo conseguirá bancar a tramitação e a votação do projeto. Apesar da boa recepção às mudanças, o receio de que a proposta sofra uma grande diluição durante a tramitação no legislativo segue na mesa. Saiba o que movimentou o mercado na nossa cobertura.
Liquidação nas Casas Bahia
Depois de divulgar mais um resultado abaixo da crítica, as ações da Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, até que resistiram relativamente bem no pregão de ontem. Mas a notícia de que o Pão de Açúcar vai continuar se desfazendo da participação na companhia com a venda dos papéis diretamente na bolsa foi a gota d’água. Em uma “Black Friday” fora de época, as ações encerraram o dia em forte queda. Saiba mais sobre o calvário da varejista.
Empresários previdentes
Eu já comparei a abertura de capital de uma empresa na bolsa a um casamento. É o momento em que empresários vendem parte de suas ações a investidores no mercado em busca de recursos para ampliar seu negócio ou fazer aquisições de concorrentes. Pois com toda a expectativa de melhora da economia, por que as ofertas de ações (IPOs) ainda não voltaram? Eu fiz essa pergunta em um evento da Anbima, a associação das instituições que atuam no mercado de capitais. A resposta você confere nesta matéria que eu escrevi.
Dia 52 de Bolsonaro - "Discrição com o vizinho"
O noticiário do dia acabou pautado pelas declarações de Nicolás Maduro, que se segura como pode no “comando” da Venezuela. Para o ditador é preciso responder às provocações do Brasil e outros países vizinhos, que tentam enviar ajuda humanitária e já reconheceram Juan Guaidó como presidente do país. Por aqui, a postura do governo Jair Bolsonaro foi de... (leia mais)
Após ‘onda’ de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe 50%
Situação tende a se agravar neste ano, tanto pela adoção massiva do home office quanto pela contínua inauguração de novos edifícios em São Paulo
Cresce a dependência comercial do Brasil para a China
Com a pandemia, a participação chinesa nas exportações explodiu, avançando 4 pontos porcentuais: de pouco mais de um quarto para um terço das exportações, batendo em 32,3% em 2020
Governos e indústria buscam saída para Troller
Há um esforço para salvar a marca brasileira que produz, no Ceará, o Troller T4, jipe que tem frota total em circulação de cerca de 20 mil unidades
Novatas levantam R$ 3,5 bilhões na Bolsa nesta semana
Em fevereiro, somente em IPOs foram levantados R$ 8,7 bilhões em ofertas primárias e secundárias
Funcionários do Banco do Brasil iniciam greve de 24h a partir desta quarta-feira
A greve foi acordada durante assembleia virtual do sindicato e contou com a adesão de 87% dos trabalhadores, informa o sindicato
Aneel propõe devolver R$ 50,1 bi a consumidores em até cinco anos
Após processos judiciais que se arrastaram por mais de dez anos, a Justiça entendeu que a cobrança dos encargos era feita de forma irregular
Debate sobre autonomia do BC e auxílio emergencial são destaques do dia para o mercado
Auxílio emergencial, interferência na Petrobras e pacote de ajuda trilionário: o que você precisa saber hoje para estar preparado para o mercado
Petrobras conclui venda de participação na BSBios e recebe R$ 253 milhões
Além deste montante, serão mantidos mais R$ 67 milhões em conta vinculada para indenização de eventuais contingências e liberados conforme o previsto em contrato
Twitter registra alta de 87% em lucro do 4º trimestre; ação sobe
Número de usuários ativos diários monetizáveis do Twitter entre outubro e dezembro de 2020 subiu 27% e chegou a 192 milhões
Neoenergia tem lucro aos controladores de R$ 996 milhões, alta de 61%
No acumulado de 2020, o lucro atingiu R$ 2,809 bilhões, 26% superior em relação ao R$ 2,229 bilhões anotados no exercício anterior
Leia Também
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista
-
3
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha