Depois de o Bradesco BBI anunciar ontem, 2, a sua expectativa com relação ao pacote de privatizações, o secretário especial de desestatização e desinvestimento, Salim Mattar, reiterou hoje, 3, para investidores presentes em evento do banco que o processo de passar empresas estatais para a iniciativa privada já está ocorrendo e que o governo esperar superar a meta de arrecadar os R$ 20 bilhões previstos neste ano em cerca de 20%.
O secretário destacou em evento do Bradesco BBI que já fez a venda de alguns ativos como Pasadena, uma distribuidora da Petrobras no Paraguai, além de outras empresas, o que totalizou uma arrecadação de R$ 3,433 bilhões.
Acrescido a isso, há também a expectativa de venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), que hoje pertence a Petrobras. Como o valor do negócio está em R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões (pela cotação de terça-feira), o governo acredita que vai ultrapassar a meta que estabeleceu no começo do ano.
Mas não serão só as companhias estatais que estão na lista. Como já havia falado antes, Mattar disse que está em conversas constantes com governadores para diminuir o número de estatais estaduais. Para fazer isso, o secretário anunciou que fará em breve um roadshow em que pretende passar por dez Estados para falar com seus representantes.
"Vamos fazer um roadshow nos dez principais Estados brasileiros e perguntar aos governadores se eles estão precisando de recursos, ver o que eles têm de ativos. Já entrei em contato com o governador do Rio Grande do Sul, Paraná e o Zema. Além deles, o governador do Distrito pediu ajuda para vender empresas do distrito.
Fora das privatizações
Depois de disponibilizar uma lista com possíveis empresas que estavam em avaliação para serem privatizadas, Salim Mattar já descartou oito nomes. Ele destacou que não vai privatizar instituições como a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Embrapa, Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul).
Há também nomes como a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e a Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel).