Brasil cria 99 mil vagas de emprego em novembro
Dados do Caged impulsionam o Ibovespa. No início da tarde desta quinta, o principal índice do mercado de ações brasileiro operava em alta de 0,61%, aos 115.009,43 pontos
Puxado pelo bom desempenho dos setores de comércio e serviços, o mercado de trabalho brasileiro criou 99.232 empregos com carteira assinada em novembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (19) pelo Ministério da Economia.
Os dados impulsionam o Ibovespa. No início da tarde desta quinta, o principal índice do mercado de ações brasileiro operava em alta de 0,61%, aos 115.009,43 pontos — é a primeira vez que ultrapassa o nível dos 115 mil pontos. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
- Oferta relâmpago: Ivan Sant’Anna vai revelar os segredos de trader a um grupo de 90 leitores. Entre no grupo do Ivan.
Esse foi o oitavo mês consecutivo de abertura de vagas formais e o melhor resultado para novembro desde 2010, quando foram abertas 138.247 posto de trabalho.
O saldo de novembro decorre de 1,291 milhão de admissões e 1,192 milhão de demissões. Em novembro do ano passado, houve abertura líquida de 58.664 vagas, na série sem ajustes.
O resultado de novembro ficou bem acima do intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura de 30.471 a vagas a criação de 67.800 vagas, com mediana positiva de 49.000 postos de trabalho.
No acumulado de janeiro a novembro de 2019, o saldo do Caged foi positivo em 948.344 vagas, o melhor desempenho para o período desde 2013, quando a abertura de vagas chegou a 1,546 milhão, na série com ajustes. Em 12 meses até novembro, houve abertura de 605.919 postos de trabalho.
Setores
O resultado do mês foi puxado pelo comércio, que gerou 106.834 postos formais, seguido pelo setor de serviços, que abriu 44.287 vagas de trabalho. Já os serviços industriais de utilidade pública abriram 419 vagas em novembro.
O desempenho de comércio e serviços foi mais que suficiente para compensar o fechamento de vagas em praticamente todos os outros setores no mês. A indústria fechou 24.815 vagas, seguida por agropecuária (-19.161), construção civil (-7.390), administração pública (-652) e extração mineral (-290).
Salário
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada teve alta real de 0,96% em novembro de 2019 ante o mesmo mês de 2018, para R$ 1.592,26, segundo dados do Caged. Na comparação com outubro deste ano, porém, houve queda de 0,74%, informou o Ministério da Economia.
O maior salário médio de admissão em novembro ocorreu na extração mineral, com R$ 2.830,40, influenciado pelas contratações da Petrobras. Já o menor salário médio de admissão foi registrado na agropecuária, com R$ 1.372,93.
Contrato intermitente
Os dados do Caged mostram a criação líquida de 11.354 empregos com contrato intermitente em novembro, o maior volume desde que a modalidade foi criada.
De acordo com os dados do Ministério da Economia, o emprego intermitente registrou admissão total de 17.686 trabalhadores em novembro, ao mesmo tempo em que houve 6.332 demissões.
Houve ainda a abertura de outras 2.122 vagas pelo sistema de jornada parcial. As duas novas modalidades foram criadas pela Reforma Trabalhista.
O Caged informou ainda que houve 15.754 desligamentos por acordo no mês de novembro.
*Com Estadão Conteúdo
O que é a ‘pauta-bomba’ no Congresso que preocupa Tebet e pode dificultar ainda mais a situação fiscal brasileira
A expressão é usada para denominar projetos que geram gastos públicos e que estão na contramão do ajuste fiscal
A bronca de Lula surtiu efeito? Haddad diz que texto da reforma tributária pode ser entregue ao Congresso nesta semana
De acordo com o ministro da Fazenda, falta apenas discutir “dois pontos” com o presidente para fechar o projeto e levá-lo aos parlamentares
‘Minuta do golpe’, Musk e Moraes: o que esperar dos discursos no ato pró-Bolsonaro no Rio
Com avanço da investigações da Política Federal, o ex-presidente convoca uma nova manifestação neste feriado de Tiradentes
Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra
Pelos cálculos da instituição, o País atingiria déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula
Haddad nos Estados Unidos: ministro da Fazenda tem agenda com FMI e instituição chefiada por brasileiro Ilan Goldfajn; veja
De segunda (15) a sexta-feira (19), o ministro participa, em Washington, da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial
Entrou na briga: após críticas de Elon Musk a Alexandre de Moraes, governo Lula corta verba de publicidade do X, antigo Twitter
Contudo, a decisão só vale para novos contratos, porque há impedimento de suspensão com os que já estão em andamento
Na velocidade da luz: Enel terá um minuto para responder os consumidores, decide Justiça de São Paulo
Desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com fortes rajadas de vento
Em meio a embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes, representante do X (ex-Twitter) no Brasil renuncia ao cargo
Em sua conta no LinkedIn, o advogado Diego de Lima Gualda data o fim de sua atuação na empresa em abril de 2024
Mal saiu, e já deve mudar: projeto da meta fiscal já tem data, mas governo lista as incertezas sobre arrecadação
A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano devido a incertezas sobre a evolução na arrecadação
São Paulo já tem oito pré-candidatos na disputa por nove milhões de votos; conheça os nomes
Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lideram as pesquisas de intenção de votos a seis meses das eleições municipais
Leia Também
-
Agenda política: Minirreforma eleitoral e Desenrola são destaque da semana em Brasília
-
E agora, 'Mercado'? Gestores divergem sobre tamanho da crise após cenas de terrorismo e destruição em Brasília — mas concordam que bolsa, juros e dólar devem ter dia difícil
-
Autogolpe e impeachment no mesmo dia? Entenda o caos que se instalou no Peru e derrubou o presidente em menos de 24h
Mais lidas
-
1
Adeus, dólar: Com sanções de volta, Venezuela planeja usar criptomoedas para negociar petróleo
-
2
Após o halving, um protocolo 'surge' para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes
-
3
Ficou mais difícil investir em LCI e LCA após mudanças nas regras? Veja que outras opções você encontra no mercado