Nestlé investe R$ 300 milhões no setor de cafés premium no Brasil
Valor corresponde a um quinto do total de R$ 1,5 bilhão programado para o ano; País é quarto maior mercado no mundo para a empresa

A gigante suíça Nestlé investirá R$ 300 milhões na ampliação da aposta no setor de cafés premium no Brasil — que incluirá o lançamento da linha Starbucks e o uso da marca Nescafé além do grão solúvel.
O valor corresponde a um quinto do total de R$ 1,5 bilhão programado para o ano. O País é quarto maior mercado no mundo para a empresa, informa a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, a chegada da Starbucks faz parte de uma estratégia de lançamento que inicialmente inclui 14 países e visa a ampliar as vendas de cápsulas do tipo Nespresso fora das butiques da marca. Os produtos Starbucks terão características próprias, mas a cápsula será igual à da Nespresso.
A Nestlé obteve direito de usar a marca Starbucks no varejo em um acordo de US$ 7 bilhões (R$ 27 bilhões).
Expectativa
O presidente da Nestlé no Brasil, Marcelo Melchior, diz acreditar que as vendas têm condições de crescer no País, apesar de o consumo estar devagar no País, com queda de 5,2% no primeiro bimestre, segundo a Kantar.
A razão para o otimismo da empresa está no passado recente. O Brasil assumiu a liderança mundial em volume de consumo de café, segundo a Euromonitor. “Falava-se que aqui só se tomava cafezinho (coado), mas a gente provou que era possível crescer com a Nespresso”, diz Melchior.
Com o lançamento da Starbucks e a estratégia de “repaginar” a Nescafé, a companhia espera capturar uma fatia maior nos supermercados.
No caso da Starbucks, haverá um trabalho de apresentação dos produtos no ponto de venda, que ficará inicialmente restrito a São Paulo, sendo posteriormente ampliado para o resto do País. A nova linha da Nescafé ganhará campanha de alcance nacional.
O investimento de R$ 300 milhões não inclui, por enquanto, a produção da Starbucks por aqui — a Nestlé tem 25 fábricas em operação no Brasil.
De acordo com Melchior, a ideia é nacionalizar a produção da Starbucks a partir de 2020, em especial as cápsulas para as máquinas Dolce Gusto.
*Com Estadão Conteúdo
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