🔴 VEM AÍ: ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE – INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

nova tesourada dos BCs

‘Queda de juros ajuda, mas não faz mágica’

Estratégia do BC de controlar a inflação está se mostrando eficiente, e o comportamento médio da inflação nos últimos cinco meses mostra uma sequência fantástica. As projeções apontam que as metas devem ser cumpridas, com folga, até 2021

Montagem de meteoro no espaço em direção para baixo com o texto juros em cima; investimentos
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

O atual cenário de inflação baixa e de necessidade de estimular a atividade econômica são indicativos de que o ciclo de juros baixos no Brasil deve ser longo, analisa o economista e chefe do Centro de Estudos Monetários, do FGV/Ibre, José Júlio Senna. Ele, que também foi diretor do Banco Central, avalia, porém, que os juros baixos não são garantia de recuperação da economia e que o País precisa manter a agenda de reformas estruturais. A seguir, trechos da entrevista.

O ciclo atual de juros baixos no Brasil tende a ser longo?
Eu diria que sim. A estratégia do BC de controlar a inflação está se mostrando eficiente, e o comportamento médio da inflação nos últimos cinco meses mostra uma sequência fantástica. As projeções apontam que as metas devem ser cumpridas, com folga, até 2021.

Isso é comum?
Não. É raro encontrar no Brasil períodos em que o BC não esteja remando contra a maré, ou seja, preocupado em trazer a inflação para baixo. Em outros períodos, o objetivo de controlar os preços conflitava com uma política de gastos públicos expansionista e desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O cenário internacional pode suspender os cortes de juros?
O ambiente internacional, de algum modo, traz até benefícios para a inflação brasileira. O mundo todo está experimentando um fenômeno de inflação baixa. Nos países avançados, o problema é o contrário, fazer com que a atividade e os preços subam. Os países ricos estão com carência de instrumentos adequados para turbinar as suas economias.

O juro real no Brasil pode ficar perto de zero?
Já está praticamente assim. O Brasil vive uma experiência excelente de redução da inflação e dos juros. No passado, a discussão era se faria diferença ter uma inflação de 4% ou de 7%. Hoje, está claro que é a inflação baixa que está permitindo juros baixos. É uma demonstração da importância de ter uma inflação baixa.

Mas a inflação está baixa, também, pela atividade econômica ainda muito retraída, certo?
Sim. Sem medidas de incentivo, o Brasil vai continuar com crescimento baixo. Mas na medida que o País consolidar uma situação fiscal mais equilibrada, com o mercado de capitais tendo resultados melhores e as empresas reestruturando seus passivos, a economia vai se beneficiar muito.

Leia Também

Mas em que medida a queda nos juros pode incentivar o crescimento do País?
A gente está colhendo hoje o resultado das medidas tomadas a partir de 2016, como o teto de gastos (que limita os gastos públicos federais). Mas os juros baixos não são suficientes para recuperar a economia. Há uma relutância em entender que esse enfraquecimento econômico do Brasil não é circunstancial. A recessão de 2015 e 2016 agravou um problema de desempenho que já existe há quatro décadas.

Ajuda, mas não resolve?
Ajuda, anima um pouco a atividade econômica, mas não resolve os problemas, porque o estímulo monetário tem limitações. O consumo das famílias cai com o desemprego elevado e há um grau de endividamento ainda alto. A queda de juros não faz mágica. No caso do investimento, muita coisa ainda precisa acontecer para o empresário ficar mais confiante.

O que precisaria melhorar?
Seria preciso estimular o esforço produtivo, diminuindo a burocracia para o setor empresarial, simplificando o regime de impostos, melhorando a infraestrutura e a estabilidade jurídica. Resumindo: é preciso fazer reformas e mais reformas.

Além dos esforços do BC, o governo tem ido nessa direção?
Em partes. O governo tem tido dificuldade em tocar o programa de privatizações, pelas resistências de natureza política. Ainda assim, parte importante do Congresso, com sorte, tem tido uma postura reformista.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O VOO DA SELIC

Voando cada vez mais alto: Copom sobe a Selic em 0,5 ponto, a 13,25%, e dá a entender que os juros continuarão subindo

15 de junho de 2022 - 18:40

O Copom cumpriu as expectativas do mercado e reduziu o ritmo de alta da Selic; confira as sinalizações do BC quanto ao futuro dos juros

NOVELA CONTINUA

Greve dos servidores do BC continua e pode afetar a próxima reunião do Copom sobre a Selic

31 de maio de 2022 - 12:55

O sindicato dos servidores do BC terá uma nova reunião em 7 de junho; a categoria afirma que as operações via PIX não serão afetadas

A ESCALADA CONTINUA

Ata do Copom indica alta de 0,50 ponto da Selic em junho, mas deixa fim do ciclo de alta dos juros em aberto

10 de maio de 2022 - 11:22

Banco Central confirma que a Selic vai subir menos na próxima reunião, mas o topo da montanha da taxa de juros pode ser ainda mais alto

INDO ÀS ALTURAS

Copom segue escalando a montanha dos juros e eleva Selic em 1 ponto, a 12,75% ao ano — e continuará subindo rumo ao pico

4 de maio de 2022 - 19:13

É a décima alta consecutiva na Selic, que chega no maior patamar desde o começo de 2017; a decisão de juros do Copom foi unânime

FIIs hoje

Copom deve voltar a subir a taxa Selic amanhã. Conheça fundos imobiliários que podem lucrar ainda mais com a alta dos juros

3 de maio de 2022 - 13:00

Uma categoria específica de FIIs tem a rentabilidade atrelada a indexadores que se alimentam tanto da inflação mais salgada quanto do ciclo de aperto nos juros

POR TEMPO INDETERMINADO

Servidores do BC retomam greve na próxima semana. A reunião do Copom será afetada?

29 de abril de 2022 - 19:07

Os servidores do Banco Central retomam a greve na próxima terça-feira (03), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral

silêncio é de ouro

‘Cenário alternativo’ do BC para a inflação gera mais ruídos que acertos, diz gestor

16 de março de 2022 - 22:10

Para CEO e gestor da Parcitas Investimentos, Marcelo Ferman, cenário alternativo do BC é uma aposta arriscada que ele não faria.

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O que esperar da Super-Quarta? Como as reações do Copom e do Fed aos desdobramentos da guerra podem influenciar seus investimentos

15 de março de 2022 - 6:36

Em um contexto de inflação acelerada e elevação de juros, os investidores voltam a se posicionar em renda fixa, mas não só

DOIS MEMBROS A MENOS

Copom corre risco de desfalques na próxima reunião sobre taxa Selic após Senado adiar sabatina de novos membros da diretoria do BC

13 de fevereiro de 2022 - 15:32

A avaliação do mercado é de que a falta de dois dos participantes empobrece o debate a respeito do ritmo de calibração da taxa básica de juros brasileira

Na mínima desde setembro

Por que o dólar está despencando? Os motivos que explicam o forte alívio no mercado de câmbio

1 de fevereiro de 2022 - 5:42

O dólar à vista fechou janeiro na casa de R$ 5,30, acumulando baixa de quase 5% no mês. Entenda o que está mexendo com o real e a taxa câmbio

Dê o play!

Com a Selic acima de 10%, quais os próximos passos do BC? O podcast Touros e Ursos debate o futuro da taxa de juros

29 de janeiro de 2022 - 6:42

No podcast Touros e Ursos desta semana, a equipe do SD discutiu o cenário para a Selic e o BC em 2022. Até onde o Copom vai subir os juros?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Renda fixa, o xerifão da zaga, volta ao time titular dos investidores

9 de dezembro de 2021 - 8:53

Descubra como ficará o retorno dos investimentos em renda fixa agora que a Selic foi elevada a 9,25% ao ano pelo Banco Central

Rumo aos dois dígitos

Como ficam os seus investimentos em renda fixa com a Selic em 9,25%

9 de dezembro de 2021 - 5:30

Aumento da taxa básica dispara gatilho de mudança na forma de remuneração da poupança. Veja como fica o retorno das aplicações conservadoras de renda fixa agora que o Banco Central elevou a Selic mais uma vez

Juros nas alturas

Selic decola a 9,25%, maior patamar em quatro anos; BC assume tom duro e indica nova alta de 1,5 ponto em fevereiro

8 de dezembro de 2021 - 18:41

Com a nova alta de 1,5 ponto concretizada hoje, a Selic saiu do patamar de 2% em janeiro e fecha o ano em 9,25%

O melhor do Seu Dinheiro

O novo sabor (ruim) da poupança, os mercados à espera do Copom e outros destaques desta quarta-feira

8 de dezembro de 2021 - 8:50

Com decisão do Copom, a regra da poupança vai mudar e a rentabilidade, aumentar; descubra se vale a pena experimentar

Tendências da bolsa

AGORA: Ibovespa futuro abre em forte alta e dólar recua com exterior favorável

7 de dezembro de 2021 - 9:12

Mercados continuam sendo beneficiados pelas notícias iniciais referentes à aparentemente baixa letalidade da variante ômicron do novo coronavírus

Seu Dinheiro na sua manhã

O melhor do Seu Dinheiro: Como não treinar seu dragão

7 de dezembro de 2021 - 8:56

Com inflação na casa dos dois dígitos, BC não consegue domar os preços e precisa elevar taxa Selic

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O reino rentista ressurge no horizonte: o que esperar da decisão de amanhã (e das próximas) do Copom sobre a Selic

7 de dezembro de 2021 - 5:56

Aperto monetário deve perdurar até o fim da primeira metade do ano que vem, quando voltaremos a ter dois dígitos de taxa básica de juro

INVESTIDORES ATENTOS

4 fatos que mexem com o Ibovespa na próxima semana — incluindo Copom e IPO do Nubank

5 de dezembro de 2021 - 14:18

O principal índice acionário brasileiro terá um calendário cheio de eventos e dados econômicos para digerir ao longo dos próximos dias

O PLANO AGORA É OUTRO

Copom muda o plano no meio do voo e contrata mais uma alta de 1,5 ponto porcentual da Selic

3 de novembro de 2021 - 7:55

Confirmação da mudança do ‘plano de voo’ do BC consta da ata da última reunião de política monetária, divulgada hoje pela manhã; se confirmada, taxa básica de juro fechará 2021 a 9,25% ao ano

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar