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Encontro em Washington

Em minha opinião, será muito mais um encontro de Bolsonaro com um dos seus ídolos do que uma reunião de trabalho

18 de março de 2019
15:40 - atualizado às 17:32
O presidente eleito no Brasil, Jair Bolsonaro, e o presidente americano Donald Trump - Imagem: Montagem: Seu Dinheiro - Fotos: Shutterstock

Ao longo desta semana, o presidente Jair Bolsonaro estará em visita oficial aos Estados Unidos. As notícias que chegarem de Washington, resultantes dessa viagem, poderão afetar os mercados brasileiros.

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Em minha opinião, será muito mais um encontro de Bolsonaro com um dos seus ídolos do que uma reunião de trabalho.

Trump sabe muito bem disso e talvez trate com deferência o colega, o que não é muito de seu feitio.

Como já foi visto, Donald Trump recusou um aperto de mão à chanceler alemã Angela Merkel, deixou a rainha Elizabeth para trás durante uma passagem em revista da guarda de honra em Londres e até empurrou o primeiro-ministro de Montenegro, Dusko Markovic, na hora da sessão de fotos de uma reunião de cúpula da OTAN em Bruxelas.

O homem é um cafajeste nato.

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Um dos problemas que Jair Bolsonaro terá de superar é o fato de não saber falar inglês. O presidente americano detesta conversar através de intérprete. Isso será inevitável, a não ser que decidam simplesmente ficar olhando um para o rosto do outro, qual dois bobos alegres.

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Pois bem, brincadeiras à parte, vejamos o que o Brasil poderá lucrar com as conversações, não só com Trump, mas com o secretário de Estado Mike Pompeo e com outros integrantes do primeiro escalão de Washington.

Para nós, acordos comerciais serão o assunto mais importante. Bolsonaro não gosta do Mercosul e suponho que o Brasil poderia se aproximar do NAFTA, parceria entre os Estados Unidos, o México e o Canadá, cujos termos foram reformulados logo após a posse de Trump.

Outro ponto relevante seria uma possível entrada brasileira na OECD (The Organisation for Economic Co-operation and Development) que reúne os países mais ricos do planeta. Isso não depende apenas de Donald Trump. É preciso a concordância da Câmara dos Representantes (de maioria democrata) e o nihil obstat dos demais integrantes do bloco.

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Desde a época do Império, o Brasil jamais teve péssimas relações com os Estados Unidos. Mas houve ocasiões em que os dois países se distanciaram um pouco, comercial e diplomaticamente.

Eis alguns exemplos:

No início da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas andou arrastando asas para o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Mas voltou-se imediatamente para Washington ao perceber que os Aliados venceriam o conflito.

Vargas fez mais do que isso. Num encontro histórico em Natal, no Rio Grande do Norte, com Franklin Delano Roosevelt, concordou com a pretensão americana de estabelecer uma base aérea naquela cidade, base essa que serviu como escala técnica dos bombardeiros e aviões de transporte da USAF (United States Air Force) que voavam da Costa Leste dos Estados Unidos para o teatro de guerra no Norte da África.

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Em troca dessa base, os EUA financiaram a construção da primeira usina siderúrgica brasileira, a CSN, em Volta Redonda.

Sucessor de Getúlio, Dutra arreou as calças para os americanos. Liberou as importações de tal modo que arruinou a nascente indústria brasileira. Esta prosperara durante a guerra, justamente para suprir a ausência de produtos estrangeiros.

JK se deu bem com Eisenhower. Os dois chegaram a desfilar em carro aberto sob chuva de papel picado na avenida Rio Branco, Centro do Rio.

Jânio Quadros implicou com os americanos. Em seus 206 dias de governo, quis pôr o Brasil no Bloco dos Países Não Alinhados (neutros na Guerra Fria Estados Unidos/União Soviética), bloco esse que incluía a Indonésia, a índia, o Egito, o Paquistão e outros, grupo esse que não tinha nenhuma serventia para o Brasil.

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João Goulart tentou agradar Kennedy o máximo possível. Pôs Roberto Campos na embaixada em Washington, para evitar a suspeição de ser comunista. Fez inclusive uma visita oficial aos Estados Unidos, durante a gestão John Kennedy. Desfilou na Broadway, em Nova York.

Poucos meses após Kennedy ter sido assassinado, Jango foi deposto pelos militares. Os Estados Unidos, tendo agora Lyndon Johnson na Casa Branca, foram o primeiro país a reconhecer o novo regime brasileiro.

Castelo Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici eram francamente pró ianques. O mesmo não se pode dizer de Ernesto Geisel, que implicava com Jimmy Carter, talvez pelo fato de que Carter era defensor dos direitos humanos. Em viagem ao Brasil, recebeu o sindicalista Lula e o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, ambos críticos severos do governo.

Geisel rompeu o acordo militar Brasil/Estados Unidos, medida essa que só nos deu prejuízo. Isso sem contar a reserva de mercado de informática que trouxe enorme atraso ao Brasil.

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O governo FHC teve ótimas relações com os americanos, fermentado pela amizade pessoal que Fernando Henrique e Ruth Cardoso tinham com Hillary e Bill Clinton.

Graças a essa afinidade, com os Estados Unidos e com seu presidente, o Brasil pôde sair da crise cambial de 1999.

Paradoxalmente, Lula gostava do direitista George W. Bush, mas não nutria a menor simpatia por Barack Obama, talvez porque tivessem alguns dados biográficos comuns. Ambos vieram de baixo na escala social.

Lula, que se julgava um grande líder mundial, tinha ciúmes de Obama.

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Desde sua adolescência em Belo Horizonte, no início dos anos 1960, Dilma Rousseff detestava os “imperialistas norte-americanos”. Mais tarde, já na chefia do governo, preferiu alianças com Cuba, Bolívia, Venezuela, Equador, parcerias essas que só geraram rombos no BNDES.

Se Michel Temer conversou 30 segundos com Donald Trump, numa Assembleia Geral da ONU, foi muito.

“Who is this uy?”, deve ter perguntado Trump a um assessor depois que o brasileiro se foi.

Agora teremos um encontro entre dois estadistas (estadistas?) cujas ideias e métodos de comunicação se parecem. Só que o anfitrião é um homem imprevisível. Tanto pode trazer enormes benefícios ao Brasil como nos prejudicar seriamente, através de imposição de tarifas.

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Caro amigo leitor, é bom ficar atento às notícias. Esse encontro de cúpula (cúpula?) pode, como disse no início desta crônica, influenciar o dólar e a Bolsa no Brasil.

Nos Estados Unidos, não afetarão nada. Eles estão aguardando Xi Jinping. Aí será briga de cachorro grande.

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