🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Estadão Conteúdo

ex-diretor do Banco Central

“Mudar pacto federativo é palavreado vazio”

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, acredita que a revisão do pacto federativo não deve avançar e que a ação ajudaria pouco

Estadão Conteúdo
13 de março de 2019
8:07 - atualizado às 8:12
Gabriela Biló/ Estadão conteúdo/AE
Alexandre Schwartsman - Imagem: Gabriela Biló/ Estadão conteúdo/AE

Para o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, a articulação do governo para revisar o pacto federativo, acabando com despesas obrigatórias e vinculações orçamentárias e dando mais poder aos políticos sobre o Orçamento, conforme dito pelo ministro Paulo Guedes ao Estado, não deve avançar. Como mais de 80% das receitas líquidas vão para a Previdência, eliminar as vinculações ajudaria pouco. A seguir, trechos da entrevista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os primeiros meses do novo governo foram de desencontros, polêmicas e até de troca de ministro. Mas como ele está lidando com a economia até agora?

Na economia, eles começaram com uma boa proposta de reforma da Previdência, que era o que se esperava. A principal ressalva é que a proposta de capitalização está mal colocada e não deve progredir como está.

A proposta é eficaz?
Sim, ela ajuda a conter o desequilíbrio fiscal e torna a Previdência menos regressiva do que é hoje. A economia que pode acontecer com a aprovação da reforma viria mais dos estratos mais ricos do que dos mais pobres. O impacto maior recairia sobre quem se aposenta pelo INSS por tempo de contribuição, que costumam ser os extratos mais ricos. Eu presumo que haverá uma outra reforma para os militares. Quando o governo mostrou todas as tabelas da proposta, os militares estavam incluídos.

A aprovação é um processo que demanda habilidade política e negociação. Há espaço para que a reforma seja desidratada?
Eu não vejo margem para que possa ser desidratada. Tem um número mágico divulgado no mercado, de que a reforma deve ter uma taxa de desidratação de 40% e resultar em um ganho fiscal de R$ 700 bilhões em dez anos. Não sei de onde vem esse número, mas me parece uma baboseira. Na melhor das hipóteses, essa reforma, como está hoje, mantém o gasto previdenciário em linha com o crescimento do PIB. Se sair menor, o gasto com a Previdência vai crescer tanto que, basicamente, vai expulsar outras questões do Orçamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O ministro Paulo Guedes falou da revisão dos termos do pacto federativo e que essa medida poderia ajudar a aprovar a Previdência. A revisão faz sentido?
Para mim, é palavreado vazio, até que o ministro diga concretamente a tradução disso em termos de medidas econômicas. Primeiro, acho que essa medida não passaria. Em segundo lugar, hoje, mais de 80% das receitas líquidas do governo vão para a Previdência, gastos com pessoal, BPC e abono. Assim, eliminar vinculações ajudaria pouco. Em terceiro lugar, muitas vezes, os ministérios nem conseguem gastar os recursos vinculados - paradoxalmente, as vinculações acabam até ajudando nos resultados primários. O problema maior não vem das vinculações, mas do peso da Previdência e dos gastos com pessoal.

Leia Também

Quais são os passos seguintes?
Fazer mais reformas. O governo precisa repensar seus gastos. E também é preciso resolver a situação dos Estados quebrados. Os governadores hoje precisam mais do governo federal para resolver suas contas do que o contrário. Eles deveriam sentar para conversar sem pedir nada em troca.

O governo deve mexer nas desonerações dadas no passado?
Eu espero que sim, porque tem muita coisa errada que foi feita. As desonerações não são solução para o longo prazo e trouxeram distorções que já não faziam sentido antes.

No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) do País repetiu o resultado do ano anterior, de 1,1%. Este ano deve ser melhor?
Acredito que sim, estou projetando um crescimento de 1,5% a 2% para o PIB deste ano. Só que para chegar aos 2%, o País precisaria crescer em um ritmo forte em cada um dos trimestres e não parece que isso esteja acontecendo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A publicação na conta do Twitter do presidente de um vídeo considerado obsceno ventilou a possibilidade de um novo impeachment. Qual seria o impacto para a economia de um segundo impeachment em três anos?
O terceiro, em cinco presidentes eleitos? Desconfio que o mercado aplaudiria de pé a troca (pelo vice, Hamilton Mourão), a elevação do adulto na sala à Presidência. Já eu, por menos que goste do presidente, acredito que seria um atestado de imaturidade institucional. Pode até melhorar a chance de aprovação da Previdência, mas sugere que o País tem graves problemas de estabilidade política. Na prática, seria como se o Brasil tivesse se tornado parlamentarista, sem as benesses desse tipo de regime.

O desemprego, que fechou janeiro em 12%, é um dos assuntos que mais preocupam os brasileiros. Ele deve diminuir este ano?
Se o País crescer entre 1,5% e 2% este ano, o desemprego vai cair um pouco, mas não vai ser nenhuma queda dramática. Se voltar a 11%, já é para soltar fogos de artifício. A reforma trabalhista do governo Temer teve o efeito de reduzir o risco do emprego informal do ponto de vista do trabalhador. O ministro Paulo Guedes falou sobre a criação de uma carteira de trabalho ‘verde e amarela’, com menos encargos para facilitar contratações, mas permitir esse modelo não vai fazer a migração da maior parte dos empregos.

O governo anterior tinha acabado com a obrigatoriedade do imposto sindical, o novo fala de permitir a concorrência de sindicatos da mesma categoria em uma mesma base. São boas mudanças?
Parecem pontos positivos. Este é o País com um sindicato dos trabalhadores de sindicatos. Muitos deles só existiam para arrecadar o imposto obrigatório e há essas figuras que se eternizam nas direções sindicais. Acredito que ter um regime sindical diferente é bem-vindo. E aumentar a competição é algo sempre positivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SÓ DEU ELA

Quatro apostas dividem a Lotofácil 3532 e ninguém fica milionário; Mega-Sena acumula e prêmio em jogo vai a R$ 55 milhões

7 de novembro de 2025 - 7:27

Três ganhadores da Lotofácil 3532 vão embolsar o prêmio integral, de quase R$ 400 mil. O quarto bilhete premiado é um bolão com quatro participantes.

ONDE INVESTIR

Onde investir em novembro? Nubank (ROXO34) estreia na carteira da Empiricus, que também recomenda uma big tech e um criptoativo

7 de novembro de 2025 - 6:12

Confira as recomendações de novembro para ações, dividendos, fundos imobiliários, ações internacionais e criptomoedas

AUMENTO PEQUENO

Câmara aprova ampliação da licença-paternidade, que pode chegar a 35 dias e ser parcelada; saiba como

6 de novembro de 2025 - 14:48

Texto original que previa 60 dias de licença-paternidade foi derrubado por causa de preocupações com o fiscal

FRAUDE EM LOTÉRICA

Operação “Fábrica de PIX”: Polícia Federal investiga fraude em sistema de casas lotéricas

6 de novembro de 2025 - 13:32

Esquema causou prejuízo estimado em R$ 3,7 milhões por meio da simulação de pagamentos; PF reforça que fraude não envolve sorteios nem resultados de jogos

LENDÁRIO CARRO

Lendário carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil pode ser seu: McLaren MP4/6 é colocada em leilão; só que o lance inicial é um pouco salgado

6 de novembro de 2025 - 12:34

Carro da primeira vitória de Ayrton Senna no Brasil, pela Fórmula 1, guardado por quase 30 anos, será leiloado em Dubai por até R$ 80 milhões

BRILHOU SOZINHA

Lotofácil 3531 tem 34 ganhadores, mas só 4 ficam milionários; Mega-Sena e Timemania podem pagar mais de R$ 40 milhões hoje

6 de novembro de 2025 - 7:18

Dois ganhadores da Lotofácil vão embolsar R$ 2 milhões. Outros dois ficarão com pouco mais de R$ 1 milhão. Os demais terão direito a valores mais baixos, mas nem por isso desprezíveis.

PASSOU!

Senado aprova isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; texto segue para sanção de Lula

5 de novembro de 2025 - 19:11

Compensação por meio da taxação de dividendos e dos “super-ricos” também passou, junto com alterações feitas na Câmara

SÓ MAIS UMA CHANCE

Copom mantém Selic em 15% ao ano e não dá sinais de corte no curto prazo

5 de novembro de 2025 - 18:43

Trata-se da terceira decisão de manutenção da taxa básica de juros e reforça expectativa do mercado de que o primeiro corte deve ficar para 2026

ESTREANTE NA PISTA

Primeiro piloto brasileiro a correr F1 em Interlagos desde Massa é ‘filho do dono’ e ganha quase R$ 1 milhão por mês para fazer o que gosta

5 de novembro de 2025 - 18:02

Gabriel Bortoleto estreia no GP de São Paulo e quebra um jejum de oito anos sem pilotos brasileiros nesta etapa da Fórmula 1

CAPITAL TEMPORÁRIA

Belém será a sétima capital do Brasil — e de uma delas é provável que você nunca tenha ouvido falar

5 de novembro de 2025 - 17:15

A Constituição permite a transferência temporária da sede do governo; Belém será a próxima a ocupar o posto.

A confusão das línguas

‘Torre de Babel’ saudita? Construção do ‘The Line’ é paralisada justamente pelo que buscava eliminar

5 de novembro de 2025 - 13:15

Projetada para ser livre de combustíveis fósseis, a construção da cidade futurística, na Arábia Saudita, foi interrompida por não “compreender a língua” do preço do petróleo

SÓ EM 2026...

Selic em 15% ao ano ainda vai longe, acredita Roberto Padovani, economista-chefe do BV

5 de novembro de 2025 - 12:45

Para o economista, tem um indicador em específico que está no radar do BC e esse dado deve definir o destino dos juros básicos nos próximos meses

ENCALHADAS

Lotofácil atola junto com Mega-Sena, Quina e outras loterias, mas hoje pode pagar mais até que a +Milionária

5 de novembro de 2025 - 7:21

Prêmio acumulado na Mega-Sena vai a R$ 48 milhões, mas ela só volta à cena amanhã; Lotofácil pode pagar R$ 10 milhões nesta quarta-feira (5).

FORA DA CURVA

Na próxima reunião, o Copom corta: gestora projeta Selic em 14,5% ao fim deste ano e espera queda brusca em 2026

5 de novembro de 2025 - 6:02

Gestora avalia que números da economia sustentam um primeiro corte e que política restritiva pode diminuir aos poucos e ainda levar inflação à meta

JÁ ESTÁ VALENDO!

Gás do Povo já está valendo: veja como funciona o programa que substituiu o vale-gás

4 de novembro de 2025 - 16:30

Gás do Povo, programa do governo federal que substitui o vale-gás, promete atender 15,5 milhões de famílias de baixa renda com distribuição gratuita de botijões

OPORTUNIDADE

Banco do Brasil (BBAS3) oferece até 70% de desconto na compra de imóveis em todo o país

4 de novembro de 2025 - 15:46

A nova campanha reúne mais de 150 imóveis urbanos disponíveis para leilão e venda direta, com condições especiais até 15 de dezembro

Imóvel à venda

Curiosos ou compradores? Mansão de Robinho, à venda por R$ 11 milhões, ‘viraliza’ em site de imobiliária; confira a cobertura

4 de novembro de 2025 - 14:32

No mercado há pelo menos seis meses, o imóvel é negociado por um valor acima da média, mas tem um motivo

DESCONTO MISTERIOSO?

Este banco pode devolver R$ 7 milhões a 100 mil aposentados por erros no empréstimo consignado do INSS

4 de novembro de 2025 - 14:01

Depois de identificar falhas e cobranças irregulares em operações de consignado, o INSS apertou o cerco contra as instituições financeiras; entenda

ENERGIA MAIS CARA

A decisão da Aneel que vai manter sua conta de luz mais cara em novembro

4 de novembro de 2025 - 11:04

Com o nível dos reservatórios das hidrelétricas abaixo da média, a Aneel decidiu manter o custo extra de R$ 4,46 por 100 kWh, mas pequenas mudanças de hábito podem aliviar o impacto no bolso

INJEÇÃO BILIONÁRIA

Cosan (CSAN3) levanta R$ 9 bilhões em 1ª oferta de ações e já tem nova emissão no radar

4 de novembro de 2025 - 10:05

Em paralelo, a companhia anunciou que fará uma segunda oferta de ações, com potencial de captar até R$ 1,44 bilhão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar