Com superávit de US$ 4,99 bilhões, balança comercial tem pior resultado para março desde 2016
Apesar de fracos, os números ficaram dentro das estimativas dos analistas de mercado

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,990 bilhões no mês passado, informou nesta segunda-feira, 1º, o Ministério da Economia. O valor é o pior para o mês desde 2016, quando o saldo comercial foi positivo em US$ 4,430 bilhões.
O superávit de março de 2019 é resultado de US$ 18,120 bilhões em exportações e de US$ 13,130 bilhões em importações.
O dado de março veio pouco acima do piso das estimativas dos profissionais do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast. As expectativas eram de superávit de US$ 4,560 bilhões a US$ 7,100 bilhões, com mediana positiva em US$ 5,400 bilhões.
Embora as exportações tenham aumentado em relação a fevereiro, houve queda de 1,0% na média diária de março de 2019 ante igual mês do ano passado. A média diária das importações, por sua vez, aumentou 5,1% em relação a março de 2018.
Com o avanço da corrente de comércio puxado pelo aumento das importações, o saldo ficou inferior ao registrado em março de 2018, quando o superávit foi de US$ 6,420 bilhões.
Números acumulados no ano
No ano, o resultado acumulado é positivo em US$ 10,889 bilhões. As exportações somaram US$ 53,026 bilhões, e as importações, US$ 42,138 bilhões. Nesta comparação, o saldo também é o pior desde 2016, quando o superávit somou US$ 8,378 bilhões.
Leia Também
Somente na quinta semana de março (25 a 31) houve superávit de US$ 913 milhões, com US$ 4,046 bilhões em exportações e US$ 3,133 bilhões em importações.
E para 2019?
O governo prevê um superávit de US$ 50,1 bilhões na balança. Se esse número for confirmado, será o terceiro melhor resultado na série histórica. No ano passado, o saldo ficou positivo em US$ 58,7 bilhões.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, explicou que as projeções estão relacionadas à expectativa de crescimento da economia e da produção comercial.
A pasta prevê exportações de US$ 245,9 bilhões neste ano, alta de 2,9% ante 2018. Já as importações devem somar US$ 195,8 bilhões, avanço de 8,0% em relação ao ano passado. Ao todo, a corrente de comércio deve subir 4,9% na comparação com 2018.
Ferraz afirmou nesta segunda-feira, 1, que o governo tem como foco elevar a corrente de comércio com os demais países do mundo e rechaçou a visão de que a elevação das importações é uma "vilã" para a economia - percepção considerada obsoleta e atrasada pelo secretário.
"O atual governo tem uma visão mais moderna para comércio internacional, porque essa é uma das principais alavancas para crescimento da produtividade. Não é o saldo comercial que nos interessa, mas sim a corrente de comércio", disse. Segundo ele, o saldo reflete condições macroeconômicas, enquanto o desempenho comercial é dado pela corrente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já citou diversas vezes a necessidade de maior abertura na economia brasileira, com menor protecionismo.
O secretário também fez uma análise sobre o cenário internacional e observou que a taxa de crescimento mundial vem desacelerando. "Não foi só questão da guerra comercial, China mudou seu padrão de crescimento, ela, que era locomotiva mundial, agora está fazendo transição para economia baseada em consumo. Mais recentemente, tivemos acontecimentos geopolíticos de rediscussão do comércio internacional, recentes políticas protecionistas implementadas pelo governo americano e fogo cruzado em relação à China", disse.
Para ele, a rediscussão do sistema de pactos multilaterais reverbera para todas as economias. Ele disse ainda que a guerra comercial acaba sendo positiva no curto prazo para alguns produtos (como a soja brasileira), mas no longo prazo "é ruim sempre".
*Com Estadão Conteúdo.
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Acabou a brincadeira: China faz alerta contundente aos países que fizerem acordo com Trump
Enquanto isso, Pequim tenta usar a Coreia do Sul para triangular exportações e escapar dos efeitos das tarifas norte-americanas
Eletrobras (ELET3) mantém presidente e diretoria executiva até 2027 em meio a disputa judicial
O processo de renovação do Conselho de Administração da Eletrobras faz parte do acordo que está em andamento com a União, devido a uma disputa judicial que corre desde 2023
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Agricultura regenerativa tem demanda em alta, mas requer investimentos compartilhados e incentivo ao produtor
Grandes mercados importadores apertam o cerco regulatório, mas custo da transição não pode ficar concentrado no produtor, dizem especialistas
Tabela progressiva do IR é atualizada para manter isento quem ganha até 2 salários mínimos; veja como fica e quando passa a valer
Governo editou Medida Provisória que aumenta limite de isenção para R$ 2.428,80 a partir de maio deste ano
Eletrobras (ELET3) convoca acionistas para aprovar acordo com governo federal e encerrar disputa
A União ingressou em 2023 com ação questionando dispositivo do estatuto da Eletrobras que limitou a 10% o poder de voto de qualquer acionista
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Sai Durigan, entra Anelize: Banco do Brasil (BBAS3) convoca assembleia de acionistas para trocar 5 dos 8 membros do conselho; veja as indicações
Colegiado passará por mudanças depois de governo Lula ter manifestado a intenção de trocar liderança do conselho; reunião está marcada para 30 de abril do Banco do Brasil
China se deu mal, mas ações da Vale (VALE3) ainda têm potencial de alta, diz Genial; Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) devem sair mais prejudicadas
O cenário é visto como negativo e turbulento para as mineradoras e siderúrgicas brasileiras, porém, Vale está muito descontada e tem espaço para ganhos
Agenda econômica: Payroll, balança comercial e PMIs globais marcam a semana de despedida da temporada de balanços
Com o fim de março, a temporada de balanços se despede, e o início de abril chama atenção do mercado brasileiro para o relatório de emprego dos EUA, além do IGP-DI, do IPC-Fipe e de diversos outros indicadores
Agenda econômica: últimos balanços e dados dos Estados Unidos mobilizam o mercado esta semana
No Brasil, ciclo de divulgação de balanços do 4T24 termina na segunda-feira; informações sobre o mercado de trabalho norte-americano estarão no foco dos analistas nos primeiros dias de abril.
Trump no cinema: Ovos, bravatas e tarifas fumegantes
Em meio à guerra comercial de Donald Trump, exportações de ovos do Brasil para os EUA quase dobram em fevereiro
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Co-CEO da Cyrela (CYRE3) sem ânimo para o Brasil no longo prazo, mas aposta na grade de lançamentos. ‘Um dia está fácil, outro está difícil’
O empresário Raphael Horn afirma que as compras de terrenos continuarão acontecendo, sempre com análises caso a caso
Isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil: o que muda para cada faixa de renda se proposta de Lula for aprovada
Além da isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, governo prevê redução de imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil; já quem ganha acima de R$ 50 mil deve pagar mais
Fiscal frouxo? Os gastos do governo fora do Orçamento não preocupam André Esteves, do BTG — e aqui está o porquê
Para o banqueiro, um dos problemas é que a política fiscal brasileira se mostra extremamente frouxa hoje, enquanto a monetária está “muito apertada”
Frenesi com a bolsa: BTG revela se há motivos reais para se animar com as ações brasileiras em 2025
Para os analistas, apesar da pressão do cenário macroeconômico, há motivos para retomar o apetite pela renda variável doméstica — ao menos no curto prazo
Datafolha: Aprovação de Lula cai ao pior patamar de todos os seus mandatos, enquanto rejeição bate recorde; veja os números
Queda de 11 pontos em dois meses é inédita, segundo a pesquisa feita com 2.007 eleitores em 113 cidades do Brasil
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas