Em entrevista ao “Jornal da Band”, da rede “Bandeirantes”, o presidenciável Jair Bolsonaro falou que o nome do presidente do Banco Central (BC) de sua eventual gestão está “na gaveta do Paulo Guedes” e que não comenta abertamente para evitar possível perseguição.
Ainda sobre sua futura equipe, disse que se depender dele, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será seu ministro da Casa Civil. E que já teria 350 deputados ao seu lado, entre as bancadas ruralista, evangélica, agronegócio, turismo e outras.
Ainda na área econômica, Bolsonaro defendeu a privatização das empresas que dão prejuízo, mas voltou falar que setores tidos como estratégicos estão de fora. Na energia elétrica, ele disse “não vamos mexer”, mas que vai indicar as pessoas certas para o comando de estatais. Disse, ainda, que não podemos deixar a energia “na mão do chinês”, mas que pode se avaliar modelos de privatização para a transmissão de energia, para geração não.
Na sequência falou que a Petrobras tem um “miolo” que tem de ser preservado, mas que algumas áreas, como refino, podem ser vendidas. “Temos tecnologia, mas não temos recursos para explorar”, disse.
Depois falou que mesmo privatizando tem que se rever o modelo de preços, pois não é possível ter uma “política de combustível predatória para salvar a Petrobras e matar a economia” e que “não pode usar o monopólio para fazer o preço que bem entender”. Ainda sobre o tema, defendeu a redução da tributação dos combustíveis.
Sobre a reforma da Previdência, a ideia de Bolsonaro é acabar com a "fábrica de marajás" que advém de incorporações salariais. A conversa também girou em torno da possibilidade de adoção de uma idade mínima, começando em 61 anos, e ampliando gradualmente. Segundo o candidato, esse seria uma forma de driblar as críticas da esquerda “que faz campanha falando de se aposentar no cemitério”. Disse ainda que não adianta colocar remendo novo em calça velha e que vai tratar do assunto vagarosamente.