Dívida bruta encerra setembro em 77,2% do PIB
Dados fiscais evidenciam o tamanho do desafio fiscal que espera o presidente eleito e sua equipe
Ao longo da semana passada tratamos do desafio fiscal do presidente eleito, e os dados do Banco Central (BC) apenas reforçam esse quadro. A dívida bruta do setor público encerrou setembro em 77,2% do Produto Interno Bruto (PIB), recuo marginal sobre os 77,3% de agosto, mas ainda rondando as máximas da série histórica iniciada em 2006. E a trajetória esperada para o fim do ano é de piora já que sazonalmente os déficits primários são maiores no último trimestre.
O endividamento líquido, que considera os ativos da União, subiu de 51,2% do PIB em agosto para 52,2% do PIB no mês passado. Segundo o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, a flutuação de curto prazo da dívida líquida reflete a movimentação do câmbio.
O principal ativo considerado no cálculo da dívida líquida é a reserva internacional. Quando há desvalorização do dólar, como visto no mês passado, há uma pressão de alta sobre a dívida líquida, pois os ativos representam menos reais quando convertidos.
Resultado primário
Em setembro, o déficit primário (receita menos despesas, sem considerar juros) do governo foi de R$ 24,621 bilhões. No ano, o déficit soma R$ 59,321 bilhões, menor que os R$ 82,110 bilhões vistos em igual período do ano passado. A meta do ano é de R$ 161,3 bilhões, mas o governo já indica que o resultado pode ser melhor, na casa dos R$ 125 bilhões.
Segundo Rocha, essa redução do déficit primário no acumulado do ano reflete um aumento de receitas de cerca de 6% em termos reais, enquanto que as despesas apresentaram crescimento menor, de 2,3%.
“Essa redução do déficit é um passo em termos de consolidação fiscal, mas quando se olha a evolução do endividamento, déficits contribuem para o aumento da dívida. A consolidação precisa passar de resultados deficitários para superávits para estabilizar o crescimento da dívida e posteriormente reduzi-la”, explica.
Leia Também
Medido em 12 meses, o déficit primário está em R$ 87,794 bilhões, ou 1,29% do PIB. A esse valor se soma um gasto com juros de R$ 401 bilhões (5,9% do PIB) e chega-se a um déficit nominal de R$ 488,835 bilhões, equivalente a 7,2% do PIB.
Olhando os números por dentro, o esforço fiscal do governo federal, que soma R$ 102,397 bilhões em 12 meses até setembro, é totalmente consumido pelos gastos com a Previdência, que mostra um déficit de R$ 196 bilhões. No fim de 2017, o superávit do governo federal era de R$ 64,7 bilhões e o déficit previdenciário estava em R$ 184,442 bilhões. Os números ilustram a importância da reforma do sistema previdenciário para um melhor equilíbrio das contas públicas.
Em entrevistas recentes, Paulo Guedes, futuro ministro do presidente eleito Jair Bolsonaro, voltou a dizer ser factível zerar o déficit primário em um ano. A tarefa não é nada fácil mesmo que o déficit deste ano fique abaixo do projetado. Seria necessário um brutal corte de gastos, que se mostra pouco factível em função do limitado volume de despesas discricionárias, e/ou um forte aumento de impostos. Guedes tem falado em utilizar receitas com privatizações para ajudar nessa redução do déficit, mas um plano de venda de ativos públicos ainda não foi detalhado.
Perguntado se o plano de Guedes é factível e sustentável, Rocha disse que o BC não tem participado e não feito comentários sobre os temas das campanhas eleitorais. Além disso, lembrou Rocha, o órgão responsável pela sustentabilidade da política fiscal é o Ministério da Fazenda e não o Banco Central.
Swaps e conta de juros
A conta de juros em setembro foi de apenas R$ 14,552 bilhões, contra R$ 60 bilhões em agosto. A razão dessa queda é o resultado das operações com swaps cambiais. De forma simplificada, quando o dólar cai, o BC é ganhador com as operações que realiza para dar proteção cambial ao mercado.
Mês passado, houve um ganho de R$ 12,8 bilhões com os swaps, após uma perda de R$ 28,6 bilhões em agosto, mês de alta na cotação da moeda americana.
Sem o efeito de swaps, em agosto, as despesas de juros seriam de cerca de R$ 31,5 bilhões, em setembro, fazendo o mesmo exercício, o resultado ficaria ao redor de R$ 27,4 bilhões. Grosso modo, a conta de juros mostra relativa estabilidade.
Como há redução da conta de juros, isso também transparece no resultado nominal, onde o déficit do mês passado foi de R$ 39,173 bilhões em comparação com R$ 76,9 bilhões em agosto.
Elasticidades
O BC também atualizou as elasticidades da dívida líquida e apresentou, pela primeira vez, os números para a dívida bruta. As elasticidades captam o impacto dos indexadores, câmbio, juros e inflação, sobre o endividamento.
Na dívida líquida, cada variação cambial de 1% afeta a dívida em direção contrária em 0,16 ponto do PIB, ou R$ 10,7 bilhões. No caso do juro, uma variação de 1 ponto, mantida por 12 meses, tem impacto de 0,42 ponto do PIB, ou R$ 28,2 bilhões. Para cada variação na inflação de 1 ponto, mantida por 12 meses, o impacto é de 0,14 ponto do PIB, ou R$ 9,6 bilhões.
Para a dívida bruta, uma variação cambial de 1% tem impacto de 0,1 ponto do PIB, ou R$ 4,7 bilhões. Um aumento de 1 ponto no juro, mantido por 12 meses, impacta o endividamento em 0,39 ponto do PIB, ou R$ 26,5 bilhões. No caso da inflação, para cada variação de 1 ponto, mantida por 12 meses, há impacto de 0,14 ponto, ou R$ 9,7 bilhões.
Receita coloca organizações criminosas na mira e passará a exigir o CPF de todos os cotistas de fundos de investimentos; entenda o que você precisa fazer
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa foi inspirada na Operação Carbono Oculto, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC por meio de fundos de investimento
Sorteios das Loterias Caixa têm novo horário a partir de hoje (3); veja como ficam os sorteios da Mega-Sena e outros jogos
Mudança em horário de sorteio das loterias começa a valer nesta segunda-feira (3); prazos para apostas também foram atualizados
Maré baixa para fundos de infraestrutura isentos de IR, dados de PMI, e o que mais o investidor precisa saber hoje
Rentabilidade das debêntures incentivadas, isentas de IR, caiu levemente mês passado, mas gestores se preocupam com ondas de resgates antecipados; investidores também estão de olho em dados econômicos internacionais e na fala de dirigente do Fed
Decisão do Copom, balanço da Petrobras (PETR4) e mudança de horário das bolsas — confira a agenda econômica da semana
A temporada de resultados pega fogo aqui e lá fora, enquanto a política monetária também dá o tom dos mercados no exterior, com decisão na Inglaterra, discursos do BCE e ata do BoJ
Horário de verão na bolsa? B3 vai funcionar por uma hora a mais a partir desta segunda-feira (3); entenda a mudança
A Bolsa de Valores brasileira ajusta o pregão para manter sincronia com os mercados de Nova York, Londres e Frankfurt. Veja o novo horário completo
Mega-Sena começa novembro encalhada e prêmio acumulado já passa dos R$ 40 milhões
Se a Lotofácil e a Quina entraram em novembro com o pé direito, o mesmo não pode ser dito sobre a Mega-Sena, que acumulou pelo terceiro sorteio seguido
Quina desencanta e faz 19 milionários de uma vez só, mas um deles vai ficar bem mais rico que os outros
Depois de acumular por 14 sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio das loterias sorteadas pela Caixa na noite de sábado, 1º de novembro
Lotofácil entra em novembro com o pé direito a faz um novo milionário no Nordeste
Ganhador ou ganhadora Lotofácil 3528 poderá sacar o prêmio a partir de amanhã, quando vai mudar o horário dos sorteios das loterias da Caixa
De hacker a bilionário: o único não herdeiro na lista de ricaços brasileiro antes dos 30 da Forbes construiu seu patrimônio do zero
Aos 28 anos, Pedro Franceschi é o único bilionário brasileiro abaixo dos 30 que construiu sua fortuna do zero — e transformou linhas de código em um império avaliado em bilhões
Caixa abre apostas para a Mega da Virada 2025 — e não estranhe se o prêmio chegar a R$ 1 bilhão
Premiação histórica da Mega da Virada 2025 é estimada inicialmente em R$ 850 milhões, mas pode se aproximar de R$ 1 bilhão com mudanças nas regras e aumento na arrecadação
Quina acumula de novo e promete pagar mais que a Mega-Sena hoje — e a Timemania também
Além da Lotofácil e da Quina, a Caixa sorteou na noite de sexta-feira a Lotomania, a Dupla Sena e a Super Sete
Lotofácil fecha outubro com novos milionários em São Paulo e na Bahia
Cada um dos ganhadores da Lotofácil 3527 vai embolsar mais de R$ 2 milhões. Ambos recorreram a apostas simples, ao custo de R$ 3,50. Próximo sorteio ocorre hoje.
Na máxima histórica, Ibovespa é um dos melhores investimentos de outubro, logo atrás do ouro; veja o ranking completo
Principal índice da bolsa fechou em alta de 2,26% no mês, aos 149.540 pontos, mas metal precioso ainda teve ganho forte, mesmo com realização de ganhos mais para o fim do mês
Como é e quanto custa a diária na suíte do hotel de luxo a partir do qual foi executado o “roubo do século”
Usado por chefes de Estado e diplomatas, o Royal Tulip Brasília Alvorada entrou involuntariamente no radar da Operação Magna Fraus, que investiga um ataque hacker de R$ 813 milhões
Galípolo sob pressão: hora de baixar o tom ou manter a Selic nas alturas? Veja o que esperar da próxima reunião do Banco Central
Durante o podcast Touros e Ursos, Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, avalia quais caminhos o presidente do Banco Central deve tomar em meio à pressão do presidente Lula sobre os juros
A agonia acabou! Vai ter folga prolongada; veja os feriados de novembro
Os feriados de novembro prometem aliviar a rotina: serão três datas no calendário, mas apenas uma com chance de folga prolongada
Uma suíte de luxo perto do Palácio da Alvorada, fuga para o exterior e prisão inesperada: o que a investigação do ‘roubo do século’ revelou até agora
Quase quatro meses após o ataque hacker que raspou R$ 813 milhões de bancos e fintechs, a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão
Essa combinação de dados garante um corte da Selic em dezembro e uma taxa de 11,25% em 2026, diz David Beker, do BofA
A combinação entre desaceleração da atividade e arrefecimento da inflação cria o ambiente necessário para o início do ciclo de afrouxamento monetário ainda este ano.
O último “boa noite” de William Bonner: relembre os momentos marcantes do apresentador no Jornal Nacional
Após 29 anos na bancada, William Bonner se despede do telejornal mais tradicional do país; César Tralli assume a partir de segunda-feira (3)
O que falta para a CNH sem autoescola se tornar realidade — e quanto você pode economizar com isso
A proposta da CNH sem autoescola tem o potencial de reduzir em até 80% o custo para tirar a habilitação no Brasil e está próxima de se tornar realidade
