Cosan (CSAN3) tem lucro de R$ 200 milhões, mas resultado é quase 70% menor do que no ano passado; confira destaques do balanço
A empresa anunciou nesta semana um programa de recompra de até 110 milhões de ações no mesmo dia em que seus papéis chegaram ao menor nível desde janeiro

Para quem achou que os resultados da Rumo (RAIL3) no primeiro trimestre — com reversão de lucro em prejuízo — dariam um spoiler do que seria os primeiros três meses do ano para a controladora Cosan (CSAN3), ficou surpreso com a apresentação de resultados da empresa na madrugada da última sexta-feira (13).
O conglomerado que atua nos setores de açúcar, etanol e geração de energia surpreendeu e registrou lucro líquido de R$ 263,1 milhões entre janeiro e março. Entretanto, o desempenho ainda é 69,1% inferior ao registrado no mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado, por sua vez, subiu 4,8% no período, para R$ 2,7 bilhões na mesma base de comparação.
Por fim, a receita líquida somou R$ 34,7 bilhões nos três primeiros meses do ano, o que representa um crescimento de 54,2% em relação aos três primeiros meses de 2021.
O spoiler furado da Rumo (RAIL3)
A Rumo (RAIL3), uma companhia do grupo Cosan (CSAN3), apresentou seus resultados trimestrais no último dia 5, o que foi visto como o prenúncio de um fraco desempenho do conglomerado no período.
A empresa de logística reportou prejuízo líquido de R$ 68 milhões entre janeiro e março, revertendo um lucro líquido de R$ 175 milhões do mesmo período do ano passado.
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Segundo a Rumo, os números refletiram principalmente o impacto da alta de juros no resultado financeiro e o aumento nas despesas com depreciação, decorrentes dos investimentos em terminais, material rodante e via permanente.
O Ebitda, que mede o resultado operacional, foi de R$ 1 bilhão, crescimento de 20,4% em termos anuais. Já a receita líquida somou R$ 2,2 bilhões, alta de 26,3% na mesma base de comparação.
As ações da Cosan (CSAN3) sob pressão
Tanto as ações da Cosan (CSAN3) com as de sua controlada Raízen (RAIZ4), líder mundial na produção de etanol, estão sob pressão nos últimos 30 dias —acumulando quedas na casa dos 20%. Boa parte da desvalorização está ligada ao cenário macroeconômico complicado.
Nesta semana, o BTG Pactual divulgou uma relatório sobre as duas empresas reforçando que as expectativas de maiores juros no Brasil e nos EUA e queda do Produto Interno Bruto (PIB) pelo mundo só pressionam ainda mais o dia-a-dia de Cosan e Raízen. Ainda assim, o banco tem recomendação de compra para as duas empresas.
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E foi nesse cenário que a Cosan anunciou na segunda-feira (9) um programa de recompra de até 110 milhões de ações, ou o equivalente à 5,87% da quantidade total e até 9,39% das ações em circulação.
A empresa informou que o objetivo da operação é manter os papéis em tesouraria, o cancelamento ou a alienação.
Mas o que chamou atenção na ocasião é que a empresa anunciou o programa de recompra no mesmo dia que as ações bateram a mínima de fechamento do dia 10 de janeiro deste ano.
Naquela oportunidade, os papéis fecharam cotados a R$ 19,29. Na segunda-feira (9), as ações CSAN3 fecharam o pregão da B3 cotadas a R$ 17,63.
No pregão da última sexta-feira, os papéis da empresa terminaram o dia com alta de 2,64%, a R$ 19,04. Segundo conglomerado, o prazo do programa de recompra é de até 18 meses, contados da terça-feira (10).
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