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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Mercados

A tal da curva invertida no mercado americano

Juros de curto prazo estão acima dos de longo prazo nos EUA fenômeno que vem chamando atenção e trazendo turbulência aos mercados

Eduardo Campos
Eduardo Campos
4 de dezembro de 2018
17:38 - atualizado às 18:28
Imagem: Shutterstock

O alívio trazido pela trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China parece ter durado pouco e os mercados externos tiveram uma acentuada piora no decorrer desta terça-feira, com reflexo sobre os negócios no mercado local.

Entre os motivos, dúvidas sobre os termos desse acordo de paz entre Donald Trump e os chineses, incertezas sobre o Brexit e também uma movimentação pouco usual no mercado de títulos dos Estados Unidos.

Vamos centrar atenção sobre a curva de juro americana, que vem dando sustos por diferentes motivos ao longo do ano. Em outubro, a preocupação era com a alta da taxa do título do Tesouro (Treasury) de 10 anos, que estava acima dos 3,2%, fazendo máximas não vistas desde 2011. No momento, a preocupação era com uma atuação mais forte do Federal Reserve (Fed), banco central americano, na elevação dos juros.

Agora, o quadro é diferente. As taxas estão recuando, e o papel de 10 anos tem um retorno (yield) de 2,9%. O que está subindo é a taxa dos papéis de curto prazo, como os de dois, três e cinco anos.

O fenômeno é conhecido como inversão da curva de juros e é temido, pois antecede recessões na economia americana. As últimas sete recessões foram precedidas desse movimento da curva. Vale lembrar que a temida curva invertida não seria a causa da recessão, mas um sintoma do que está por vir.

O gráfico abaixo mostra as taxas dos títulos de dois anos e de 10 anos. As áreas cinzas são recessões na economia americana. A ferramente (FRED) é do Federal Reserve de St.Louis e o gráfico é interativo.

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O fenômeno pode ser lido como uma questão de expectativas. Antevendo uma desaceleração da economia ou tempos mais difícil pela frente, os investidores tentam se proteger e fazem isso aumentando a demanda por papéis mais longos do Tesouro americano. Quanto maior a demanda, menor a taxa de retorno (yield). No outro lado, a demanda pelos papéis de curto prazo cai, o que eleva a taxa de retorno (yield) desses ativos.

Nesta terça, a diferença entre a taxa do papel de 10 anos e o de dois anos caiu para apenas 13 pontos-base, menor distância dos últimos 11 anos. Essa a relação mais acompanhada pelo mercado.

Outra relação que entrou no radar foi a do papel de cinco anos, que registrou uma taxa de retorno cerca de 1,4 ponto, menor que a dos títulos de três anos. Reforçando a preocupação com esse fenômeno de inversão da curva de juros.

Se teremos uma recessão nos EUA ninguém sabe com certeza. O que pode estar acontecendo é um novo ajuste nas expectativas com relação ao ciclo de alta de juros pelo Fed. As apostas eram de até quatro elevações ao longo de 2019.

Mas as avaliações começaram a ser revistas depois que do presidente do Jerome Powell falou que a taxa já estaria próxima do considerado neutro e o colegiado do BC americano deixou de falar em deixar a política monetária restritiva para conter o ritmo da atividade e segurar eventual pressão inflacionária.

O Fed tem sua última reunião de 2018 no dia 19 de dezembro, quando pode dar melhor orientação sobre sua avaliação prospectiva ao mercado.

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