PT enaltece Haddad como ‘nova liderança’ em documento
Diretório Nacional do PT aprovou neste sábado, 1º, uma nova resolução política para orientar os rumos do partido a partir de 2019.

Depois de mais de dois dias de debate e discussões, o Diretório Nacional do PT aprovou neste sábado, 1º, uma nova resolução política para orientar os rumos do partido a partir de 2019. Diferentemente do que estava previsto na primeira versão do documento, o partido recuou de autocríticas feitas aos governos petistas e optou por dar mais ênfase à importância de Fernando Haddad, candidato derrotado nas eleições de 2018, como "nova liderança nacional do Partido".
A elaboração da resolução expôs as divergências que tomaram conta do partido desde as eleições, quando Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República. Uma primeira versão do texto havia sido elaborada por uma comissão formada com integrantes de todas as correntes internas da sigla. Mas esse documento causou desconforto principalmente entre os membros do grupo majoritário, denominado Construindo Um Novo Brasil (CNB), e do grupo Movimento PT, que decidiram produzir novas versões do mesmo documento.
Com mais de 70 itens, o texto trazia críticas à política econômica da ex-presidente Dilma Rousseff - que tinha Joaquim Levy como ministro da Fazenda, hoje indicado para ser o novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na gestão de Bolsonaro - e também a setores da centro-esquerda que se recusaram a apoiar Haddad no segundo turno da disputa presidencial, numa referência indireta ao PDT, de Ciro Gomes.
Após pressão da CNB, o partido retirou essas questões e focou no enaltecimento de Haddad. Um dos dirigentes do partido disse, em condição de anonimato, que nunca havia presenciado uma reunião do Diretório Nacional como esta, apesar de serem históricas as divergências na sigla. Prevaleceu então a visão da corrente majoritária e os elogios ao candidato derrotado nas urnas.
"É imprescindível ressaltar nesse balanço que o companheiro Fernando Haddad se projeta como uma nova liderança nacional do Partido. Defendeu o legado do PT, ao mesmo tempo em que simbolizou aspectos de renovação política e social de que o PT é capaz, logrando conjuntamente com a militância democrática, da esquerda e do partido chegar ao final do segundo turno com 47 milhões de votos. É com este saldo político que Fernando Haddad poderá cumprir destacado papel frente aos novos e complexos desafios da conjuntura", diz a resolução final.
"Não tem autocrítica no texto. O PT faz autocrítica na prática. O PT fez financiamento público de campanha, o PT está reorganizando as bases, o PT está com movimento social. Nós não faremos autocrítica para a mídia e não faremos autocrítica para a direita do país", afirmou o presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Leia Também
'Republicanismo'
A autocrítica no documento se resumiu apenas a um "equívoco" do partido em relação ao "republicanismo" com grupos e instituições que ajudaram a "derrubar" o PT. "O conjunto do partido parece ter incorrido em alguns equívocos durante os nossos governos. O primeiro foi a o 'Republicanismo', fomos republicanos com quem não é e nunca foi republicano, a mídia monopolista, parte do judiciário que sempre foi o reduto e o reflexo da elites mais atrasadas e antigas do escravismo nacional, os serviços de inteligência, as Forças Armadas e os aparatos de segurança, ainda sob controle dos que estavam no poder na época da ditadura de 1964-1985, corporações conservadoras e que se pautavam apenas por interesses próprios e pelas disputa de poder para seus agrupamentos, como parte do MP e grande parte da PF. Permitimos que esses grupos se reproduzissem e acumulassem força para nos derrubar numa ruptura da Constituição", afirmou o documento.
A resolução traz também uma análise de como o partido confiou apenas nos resultados de suas políticas sociais para se manter próximo das "maiorias sociais". "Não bastava fazer políticas sociais benéficas para a maioria da população que isso nos manteria conectados com os interesses e afinados politicamente com essas maiorias sociais. Não investimos na disputa de valores e da cultura como deveríamos fazer, na disputa de hegemonia. Essa disputa de hegemonia se dá pelos meios de comunicação, pela produção cultural, na Educação e na organização dos movimentos sociais", diz trecho da resolução.
Outra forte influência sobre a resolução final foi a carta enviada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentada durante a reunião do Diretório Nacional. O petista fez referência ao rapper Mano Brown ao dizer que a sigla precisava voltar às ruas, fábricas e favelas para se "reconectar" com a base. Essa crítica entrou na redação final, mas em tom mais ameno.
"É importante criar núcleos de luta pela democracia e pela defesa dos direitos sociais contra o fascismo, nas universidades, escolas, locais de moradia. Precisamos ter uma agenda de visita aos bairros, comunidades, fábricas. Por tais razões o principal desafio do Partido e de cada um de seus militantes, é o de se aproximar, dialogar e organizar a maioria do povo participando de suas lutas cotidianas."
O documento foi apresentado durante reunião do partido em Brasília ontem e hoje. Após o elaboração da resolução, petistas aprovaram a inclusão de mais duas emendas no texto final, mas essa versão ainda não foi divulgada pela direção do partido.
Em viagem à Califórnia, Haddad afirma que vai acelerar desoneração de data centers para aumentar investimentos no Brasil
O ministro da Fazenda ainda deve se encontrar com executivos da Nvidia e da Amazon em busca de capital estrangeiro para o País
Haddad realiza reunião com secretário do Tesouro dos EUA e discute tarifas impostas ao Brasil e investimentos em data centers
A reunião entre Fernando Haddad e Scott Bessent marcou o primeiro encontro presencial entre representantes do alto escalão do Brasil e EUA desde a posse de Donald Trump
Haddad viaja à Califórnia para buscar investimentos para data centers no Brasil
Nos EUA, Haddad se encontrará com executivos de Google, Nvidia e Amazon; ministro também irá ao México aprofundar relações bilaterais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
O copo meio cheio de Haddad na guerra comercial de Trump
O ministro da Fazenda comentou sobre tarifas contra o Brasil horas antes de a guerra comercial do republicano pegar fogo
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Viagem a Paris: Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques dentre as pautas da agenda de conversas do ministro em Paris.
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Haddad despenca, Galípolo passa raspando, inflação em alta e economia rumo à recessão: como a Faria Lima vê o governo Lula
Segundo pesquisa Genial Quaest, para 93% dos agentes de mercado a política econômica está na direção errada — e a culpa é do presidente, não de Haddad
Hegemonia em disputa: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de IPCA, dados de emprego nos EUA e balanços
Temporada de balanços volta a ganhar fôlego enquanto bolsas têm novo horário de funcionamento, inclusive no Brasil
Haddad solta o verbo: dólar, PIB, Gleisi, Trump e até Argentina — nada escapou ao ministro da Fazenda
Ele participou na noite de sexta-feira (7) do podcast Flow e comentou sobre diversos assuntos caros ao governo; o Seu Dinheiro separou os principais pontos para você
Um olhar pelo retrovisor: Ibovespa tenta manter alta com investidores de olho em balanços e Petrobras em destaque
Além dos números da Petrobras, investidores repercutem balanços da Ambev, do IRB, da Klabin e da WEG, entre outros
Haddad vê mercado muito mais tenso — “não só no Brasil” — e fala em “obsessão de Lula” por equilíbrio fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, debateu os impactos do contexto internacional no Brasil e a economia nacional durante evento do BTG Pactual nesta manhã (25)
Procuramos independência: Ibovespa tenta se recuperar de queda em dia de IPCA-15, balanços e Haddad
IRB e Vivo divulgam resultados por aqui; lá fora, investidores concentram o foco no balanço da Nvidia
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, é um dos convidados da CEO Conference 2025, do BTG Pactual; o que esperar do evento?
A CEO Conference 2025 vai reunir grandes nomes do mercado financeiro para debater o cenário econômico e político atual; veja como participar