Comprados e vendidos “brigam” pela formação do câmbio Ptax
Taxa a ser fechada nesta sexta-feira serve de parâmetro para liquidação dos contratos futuros e outros instrumentos cambiais e soma volatilidade ao pregão

O último pregão do mês no mercado de câmbio é marcado por uma tradicional disputa entre comprados, que ganham com a alta do dólar, e vendidos, que lucram com a queda da moeda americana, para formação da Ptax.
A Ptax poder ser encarada como uma “taxa de câmbio oficial”, apurada pelo Banco Central (BC) via consulta a um grupo de instituições financeiras com maior representatividade (dealers).
No último dia de negociações do mês, são feitas quatro consultas pela manhã, captando os valores praticados. O BC tira os maiores e menores valores e faz a média simples. Às 13 horas é feita a média das consultas e divulgada a Ptax do mês. Esse processo acontece diariamente, mas tem maior relevância nos fechamentos de mês.
Nesta sexta-feira, 30, a Ptax fechou aos R$ 3,863, uma alta de 0,17% em relação ao fechamento de ontem. As quatro coletas feitas no decorrer da manhã foram de R$ 3,8545 (10h12), R$ 3,8510 (11h10), R$ 3,8640 (12h09) e R$ 3,8837 (13h10). O câmbio variou de R$ 3,838 a R$ 3,886.
Com o resultado de hoje, a taxa acumulou em novembro alta de 3,92% e acumula no ano alta de 16,79%.
A Ptax serve de referência para a liquidação dos contratos futuros de dólar e outros instrumentos cambiais. E sua formação sempre enseja algum aumento de volatilidade no mercado de câmbio.
Leia Também
Quem compra e quem vende?
Na B3, no encerramento do pregão de quinta-feira, os estrangeiros seguiram com expressiva posição comprada de US$ 37,9 bilhões, sendo US$ 9,9 bilhões em contratos de dólar futuro, e outros US$ 28 bilhões em cupom cambial (DDI, juro em dólar no mercado local).
Na ponta de venda, os fundos de investimentos tinham posição de US$ 23,5 bilhões, dividida em US$ 10,17 bilhões em cupom cambial e US$ 13,4 bilhões em dólar futuro.
Os bancos também têm posição líquida vendida de US$ 16 bilhões, totalmente formada pelo estoque de US$ 19,3 bilhões em cupom cambial, pois eles carregam posição comprada de US$ 3,37 bilhões em dólar futuro.
Para dar uma base de comparação, no fim de outubro, o estrangeiro estava comprado em US$ 40,5 bilhões, uma das maiores posições já registadas. Enquanto bancos e fundos estavam vendidos em US$ 17,5 bilhões e US$ 25 bilhões, respectivamente.
O dólar comercial caminha para fechar o mês com valorização de 3,3%. Nos primeiros negócios desta sexta-feira, operava em queda de 0,08%, a R$ 3,85.
Atuações do Banco Central
O pregão desta sexta-feira não tem atuação do BC nem no mercado à vista nem no mercado futuro. No entanto, o BC comunicou na noite de ontem que, na segunda-feira, começará a rolagem dos contratos de swap que vencerão em janeiro de 2019. São US$ 10,4 bilhões.
Na terça e quarta-feira, o BC fez atuações no mercado à vista, provendo liquidez ao mercado que todo fim de ano passar por um aumento de demanda por dólares para remessas e fechamento de balanço de empresas. Ontem, foi feita a rolagem de linhas com compromisso de recompra que venceriam em dezembro.
Multiplicação histórica: pequenas empresas da bolsa estão prestes a abrir janela de oportunidade
Os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump e pelas perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local — e a chance de queda da Selic aumenta ainda mais esse potencial de valorização
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora
Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta
Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje
O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado
Campos Neto no Nubank: ex-presidente do BC deve assumir como vice chairman a partir de julho
RCN foi convidado para assumir os cargos de vice chairman, diretor global de políticas públicas e conselheiro da fintech; ele deve assumir funções a partir de 1º de julho, depois de cumprir a quarentena do BC
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Banqueiros centrais se reúnem para mais uma Super Quarta enquanto o mundo tenta escapar de guerra comercial permanente
Bastou Donald Trump sair brevemente dos holofotes para que os mercados financeiros reencontrassem alguma ordem às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Diante da valorização recente, a pergunta verdadeiramente relevante é se apenas antecipamos o rali esperado para o segundo semestre, já tendo esgotado o espaço para a alta, ou se, somada à apreciação do começo de 2025, teremos uma nova pernada até o fim do ano?
CDBs do Master serão honrados com linha de assistência do FGC, prevista para ser aprovada nesta semana, segundo jornal
A aprovação do resgate é uma fase antes da análise final pelo Banco Central da operação de compra do Master pelo BRB (Banco de Brasília)