Gustavo Franco sobre aprovação da compra da XP pelo Itaú: “infeliz”
Economista afirmou que o BC teve que corrigir a posição tomada pelo órgão antitruste

Sócio da Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central, o economista Gustavo Franco não poupou palavras para criticar a aprovação da compra da XP pelo Itaú tanto no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) como no Banco Central.
Ao taxar a decisão do Cade de "infeliz", Franco disse nesta terça-feira que o BC teve que corrigir a posição tomada pelo órgão antitruste. A fala foi feita durante uma audiência pública no Cade para discutir a estrutura do setor financeiro nacional e o impacto sobre a concorrência.
O aval do Cade foi anunciado em março deste ano. Cinco meses depois, o BC determinou que o Itaú não poderia comprar o controle da XP no futuro, como estava previsto em contrato.
"Foi um momento extremamente infeliz. Acho até que o Banco Central teve que corrigir e adequar a decisão do Cade para que ela não fosse pior. É uma pena que tenha sido assim, na próxima vez vamos tentar acertar", Gustavo Franco.
Cade "político"
Em suas declarações, Franco disse ainda que o conselho "certamente tem o problema de influências políticas", e que "é preciso estar atento a isso".
Segundo ele, a concentração bancária no Brasil é muito grande e existe um problema de integração vertical no setor (quando o mesmo grupo detém várias empresas na mesma cadeia). O economista disse que o Brasil tem apenas cinco grandes bancos e que os dois estatais - em uma referência ao Banco do Brasil e à Caixa - não conseguem concorrer porque têm custos superiores aos privados.
Leia Também
Por outro lado, as instituições privadas, segundo ele, têm taxas de retorno muito elevadas. "Seja porque tem competidor café com leite ou remuneração excessiva, a concentração do setor bancário é muito grande", afirmou. Ele lembrou ainda que os clientes reclamam dos serviços bancários e disse que o sistema financeiro tem plataformas fechadas, com consumidores presos às instituições por falta de opção.
Falando em concentração...
Representando o Santander na audiência, o economista e ex-presidente do Cade Gesner Oliveira rebateu o argumento de que o setor bancário é muito concentrado e disse que, na comparação com outros países e setores, ele não se sustenta. "O mercado financeiro brasileiro não é extremamente concentrado. Não há nenhuma anomalia em relação ao cenário internacional", afirmou.
Oliveira disse ainda que é "mitologia" dizer que as taxas de juros são altas porque o mercado é concentrado. Ele atribuiu isso a outros fatores, como o déficit público alto no Brasil.
O vice-presidente da empresa de serviços financeiros dos Estados Unidos First Data, Juan Ignácio de La Torre, afirmou que no mercado norte-americano não há participação de emissores como donos de arranjos de pagamento, como ocorre no Brasil, e que essa é uma barreira para novos entrantes.
*Com Estadão Conteúdo.
Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta
Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas
Vamos decepciona no 1T25 e ações tombam mais de 10% — vale comprar VAMO3 agora?
Apesar dos resultados desanimadores, nem tudo no balanço decepcionou; saiba se é a hora de colocar ou tirar os papéis da locadora de caminhões da carteira
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje
O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado
Campos Neto no Nubank: ex-presidente do BC deve assumir como vice chairman a partir de julho
RCN foi convidado para assumir os cargos de vice chairman, diretor global de políticas públicas e conselheiro da fintech; ele deve assumir funções a partir de 1º de julho, depois de cumprir a quarentena do BC
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Banqueiros centrais se reúnem para mais uma Super Quarta enquanto o mundo tenta escapar de guerra comercial permanente
Bastou Donald Trump sair brevemente dos holofotes para que os mercados financeiros reencontrassem alguma ordem às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Diante da valorização recente, a pergunta verdadeiramente relevante é se apenas antecipamos o rali esperado para o segundo semestre, já tendo esgotado o espaço para a alta, ou se, somada à apreciação do começo de 2025, teremos uma nova pernada até o fim do ano?
CDBs do Master serão honrados com linha de assistência do FGC, prevista para ser aprovada nesta semana, segundo jornal
A aprovação do resgate é uma fase antes da análise final pelo Banco Central da operação de compra do Master pelo BRB (Banco de Brasília)
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Agenda econômica: temporada de balanços esquenta em semana de Super Quarta; veja os principais eventos
Calendário dos próximos dias traz as primeiras decisões de política monetária no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido após as tarifas recíprocas de Donald Trump
Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas
Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Banco Master negocia com ‘vários grupos’ fatia rejeitada pelo BRB, segundo jornal
Entre eles estariam a família Batista, do grupo J&F, os bancos Safra e BTG, além da Prisma Capital e da Jive Mauá
Prio (PRIO3) abocanha campos de Peregrino e Pitangola por US$ 3,35 bilhões e ações sobem — negócio pode turbinar dividendos, diz bancão
Aquisição já era esperada pelo mercado; transação é avaliada positivamente pelo BTG Pactual e pela XP Investimentos
Joesley de olho no Banco Master? Empresário se encontra com Galípolo um dia após MP pedir suspensão da compra pelo BRB
Com operação do BRB sob investigação do Ministério Público do DF, a J&F avalia aquisição de ativos estratégicos do Banco Master, o que mitigaria riscos não cobertos pelo FGC.
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos