Itaú Unibanco (ITUB4) tem lucro de R$ 11,5 bilhões e rentabilidade de 23,3% no 2T25; veja os destaques do resultado
O resultado veio acima das expectativas de analistas de mercado; confira os indicadores

O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou nesta terça-feira (5) novos resultados fortes no segundo trimestre de 2025.
O lucro líquido recorrente do maior banco privado do país chegou a R$ 11,5 bilhões entre abril e junho. O montante corresponde a um aumento de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 3,4% contra o trimestre passado.
O resultado do Itaú veio levemente acima das expectativas de analistas, que previam um lucro médio de R$ 11,369 bilhões, segundo estimativas compiladas pela Bloomberg.
O banco atribui o desempenho ao aumento da margem financeira com clientes, à elevação das receitas de seguros e ao aumento das receitas de prestação de serviços.
"Seguimos demonstrando a solidez da nossa estratégia e a capacidade do Itaú Unibanco de crescer com consistência e gerar valor”, disse Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco.
- LEIA TAMBÉM: Quais as empresas mais promissoras para investir com a temporada de balanços do 2º trimestre de 2025 no radar? Veja como receber recomendações de onde investir de forma gratuita
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROAE, na sigla em inglês) somou 23,3%, alta de 0,9 ponto percentual (p.p) na base anual e de 0,8 p.p em relação ao primeiro trimestre de 2025.
Leia Também
A cifra segue bem acima dos níveis de pares privados como o Santander (SANB11) e o Bradesco (BBDC4), e também veio acima do esperado pelo mercado, que previa uma rentabilidade média de 23,1% para o Itaú, segundo projeções compiladas pelo Seu Dinheiro.
“Os resultados refletem a robustez do nosso modelo de negócio. Entregamos crescimento consistente, com rentabilidade sólida e eficiência operacional. A disciplina na alocação de capital e a capacidade de crescer com responsabilidade, gerando valor para nossos acionistas e fortalecendo nossa posição em diversos segmentos, seguem sendo diferenciais do Itaú Unibanco", disse Gabriel Amado de Moura, diretor financeiro (CFO) do banco.
Outros destaques do balanço do Itaú (ITUB4) no 2T25
A margem financeira, que considera a receita com crédito menos os custos de captação, chegou a R$ 31,177 bilhões no segundo trimestre de 2025, avanço de 12,7% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
Já a margem com clientes do Itaú subiu 15,4% na base anual e 3,1% na comparação trimestral, a R$ 30,320 bilhões.
Segundo o banco, o resultado foi impulsionado pelo aumento da carteira de crédito e maiores rentabilidades com passivos e remuneração do capital de giro próprio, um reflexo da escala e eficiência operacional do banco.
Por sua vez, a margem financeira com o mercado, indicador que reflete a remuneração do banco nas operações de tesouraria, registrou queda de 38,8% em relação com o segundo trimestre de 2024 e de 7,1% frente ao trimestre imediatamente anterior, mas ainda se manteve no campo positivo, a R$ 858 milhões.
De acordo com o Itaú, o indicador foi impactado pelos menores ganhos com a gestão de ativos e passivos (ALM) no Brasil.
Enquanto isso, o custo do crédito aumentou 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2024 e 1,3% frente ao 1T25, para R$ 9,093 bilhões. O resultado foi explicado pela maior despesa com perda esperada nos negócios de banco de atacado no Brasil.
A carteira de crédito total ajustada do Itaú cresceu 7,3% frente ao mesmo intervalo de 2024, mas aumentou 0,4% ante o trimestre imediatamente anterior, para R$ 1,39 trilhão.
De olho na inadimplência e provisões
Do lado dos níveis de inadimplência (NPLs) do Itaú (ITUB4), o índice de devedores acima de 90 dias mostrou estabilidade na base trimestral e leve queda de 0,1 p.p na comparação anual, a 1,9%. Trata-se do menor patamar dos últimos 18 trimestres.
Enquanto isso, as provisões contra devedores duvidosos (PDD) cresceram 2,1% no comparativo anual, para R$ 9,66 bilhões em perdas previstas no crédito no segundo trimestre.
No segundo trimestre de 2025, o Itaú também vendeu carteiras que se encontravam em prejuízo, no montante total de R$ 1,6 bilhão, com impacto positivo de R$ 59 milhões na recuperação de crédito e de R$ 33 milhões no resultado recorrente gerencial. Essas vendas, porém, não impactam os indicadores de qualidade de crédito.
Tarifas e despesas
As receitas do Itaú com prestação de serviços e seguros subiram 3,1% no período em relação ao ano passado, a R$ 14,2 bilhões no segundo trimestre de 2025.
O desempenho foi ajudado pelo crescimento no faturamento com emissão de cartões, administração de recursos e pelo avanço no resultado de seguros.
Por sua vez, as despesas não decorrentes de juros subiram 9,4% no comparativo anual, encerrando o trimestre em R$ 16,5 bilhões.
Segundo o Itaú, esse aumento é explicado pela sazonalidade do primeiro trimestre, no qual as despesas de pessoal são menores, pelos investimentos contínuos em tecnologia e pelo efeito de negociação do acordo coletivo de trabalho em salários e benefícios, a partir de setembro de 2024.
Vale lembrar que o Itaú estabeleceu uma meta audaciosa: reduzir seu índice de eficiência no varejo para 35% até 2028.
O índice de eficiência trimestral do banco chegou a 37,4% no Brasil, no menor patamar da série histórica para um segundo trimestre. No consolidado, o indicador chegou a 39,4%, praticamente estável na base anual.
Revisão de guidance
Além dos resultados robustos, o Itaú (ITUB4) também anunciou revisão de parte de suas projeções (guidances) para 2025.
Agora, o banco agora projeta um crescimento entre 11% e 14% para a margem financeira com clientes e de 28,5% a 30,5% para a alíquota efetiva de Imposto Renda no ano.
Segundo o banco, as revisões estão relacionadas aos efeitos positivos de um "mix de produtos e segmentos mais rentável que o esperado originalmente".
Além disso, a margem de passivos também tem apresentado um desempenho melhor, ajudada por volumes mais elevados.
Confira como ficou o guidance do Itaú para 2025
Indicador | Consolidado | Revisado |
---|---|---|
Carteira de crédito total | Crescimento entre 4,5% e 8,5% | Mantido |
Margem financeira com clientes | Crescimento entre 7,5% e 11,5% | Crescimento entre 11,0% e 14,0% |
Margem financeira com o mercado | Entre R$ 1,0 bi e R$ 3,0 bi | Mantido |
Custo do crédito | Entre R$ 34,5 bi e R$ 38,5 bi | Mantido |
Receita de prestação de serviços e resultado de seguros | Crescimento entre 4,0% e 7,0% | Mantido |
Despesas não decorrentes de juros | Crescimento entre 5,5% e 8,5% | Mantido |
Alíquota efetiva de IR/CS | Entre 27,0% e 29,0% | Entre 28,5% e 30,5% |
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu
Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu
A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa
Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?
Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões
Ambipar (AMBP3) tem pregão amargo após contratar BR Partners (BRBI11) para tentar sair da crise sem recuperação judicial
A contratação da assessoria vem na esteira de dias difíceis para a Ambipar, que precisou recorrer à Justiça para evitar cobranças de credores. O que fazer com as ações agora?
Americanas (AMER3) fecha acordo para venda da Uni.Co à BandUP! por R$ 152,9 milhões
Operação prevê pagamento inicial de R$ 20 milhões e parcelas anuais corrigidas pelo CDI