Lula e Trump contra o mercado: quando o melhor a fazer é vestir a carapuça
Lula tem se irritado com o mercado desde a eleição; Trump, em apenas cinco meses, já deixou os investidores totalmente desnorteados

Nos últimos tempos, os mercados financeiros que acompanhamos com mais atenção têm sido influenciados principalmente pelas atitudes de dois chefes de Estado. No Brasil, o câmbio e a B3 não tiram os olhos do Palácio do Planalto. Nos EUA, S&P 500, Nasdaq e Dow Jones, da Casa Branca.
Desde sua eleição, em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva tem se irritado com o mercado, como se este fosse um ente demoníaco cuja ganância é responsável por tudo de ruim que acontece no país.
Em 1986, quando o Plano Cruzado atingiu seu auge, e o Brasil entrou numa fase de pleno emprego, conversando com Wilson Nélio Brumer, CEO da então estatal Cia. Vale do Rio Doce, ele me disse que era o momento ideal para o presidente da República, José Sarney, cortar um milhão de cargos públicos, já que a iniciativa privada absorveria facilmente essa mão de obra.
Só que Sarney, que naquele ano formaria uma esmagadora maioria nas duas casas do Legislativo, usou egoística e microscopicamente esse trunfo para ter seu mandato aumentado de quatro para cinco anos.
E lá se foi uma grande oportunidade de diminuir o tamanho do paquiderme estatal.
Luiz Inácio está indo pelo mesmo caminho.
Novamente, o Brasil está vivendo uma fase de pleno emprego e Lula não consegue enxergar o óbvio. Preocupa-se tão somente em manter sua política de assistencialismo, empreguismo e loteamento de cargos.
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Felizmente, para o país, o Executivo já não pode contar com o Congresso, que vem cerceando os passos de uma farra fiscal.
O curioso, e não vou entender isso nunca, é que, ao mesmo tempo em que Lula sabota o governo do próximo presidente, ele pensa em se reeleger. Aliás, Dilma Rousseff, no último ano de seu primeiro mandato, também fez isso, se reelegeu, e deu no que deu.
E Trump?
No outro extremo da ideologia, Donald Trump, em apenas cinco meses de governo em seu segundo mandato, já deixou o mercado financeiro totalmente desnorteado, a ponto de as agências “ranqueadoras” rebaixarem a classificação dos títulos públicos norte-americanos.
Se há uma coisa que Wall Street não tolera, isso é incerteza, “desqualidade” da qual o titular da Casa Branca é mestre.
Trump faz questão de sair nas manchetes todos os dias, seja brigando com a universidade mais prestigiosa do mundo, seja enviando desaforos para (só para ficar nos mais importantes) os países da Comunidade Europeia e a China, ou seja na questão tarifária, arruinando o planejamento das maiores empresas dos Estados Unidos, que ficam sem saber como calcular os custos dos componentes de seus produtos.
Hora de vestir a carapuça
Não é à toa que foi em Wall Street que surgiu a expressão “TACO”, acrônimo que significa “Trump Always Chicken Out”. Numa tradução livre: “Trump sempre se acovarda”.
Quando uma pessoa ou instituição é vítima de um apelido que pressupõe desabono ou ridicularização, o melhor que pode fazer é vestir a carapuça.
O futebol brasileiro é repleto desses exemplos:
Em algum momento, os torcedores do Flamengo receberam o apelido de “urubus”, provavelmente por pessoas que queriam rotulá-los de “pretos”, como se isso fosse um desabono.
Só que os rubro-negros assumiram o papel. Basta ver algum jogo do time no Maracanã e uma das faixas que a torcida estende nas arquibancadas: “Urubuzada”.
O mesmo acontece com os vascaínos que, em determinado momento, foram chamados de “bacalhau” por causa da origem portuguesa do nome do clube. Pronto, o bacalhau virou símbolo da torcida do Clube de Regatas Vasco da Gama.
Em meados do século passado, os torcedores do Fluminense Football Club passaram a ser conhecidos como “pó de arroz”, o que significava que se tratava de grã-finos, ou algo como “maricas”.
Os tricolores também assumiram o apelido. Hoje, não raro, quando o time entra em campo, é recebido com uma chuva de talco (pó de arroz é muito caro).
O mesmo aconteceu com o “porco” da torcida do Palmeiras e com a “macaca” dos torcedores da Ponte Preta.
Se Donald Trump tivesse recebido com bom humor o TACO, fingindo achar graça, talvez o acrônimo não tivesse colado.
Só que ele respondeu furiosamente à repórter credenciada na Casa Branca que lhe indagou a respeito.
Se hoje um republicano grita “MAGA” (Make America Great Again), um rival democrata responde com “TACO”.
No plano do futebol, essas coisas podem até ser divertidas e inofensivas. Já no plano das economias dos países, elas podem estar impedindo-os de crescer.
Um forte abraço,
Ivan Sant'Anna
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