Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos

Os primeiros 100 dias do novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos foram uma verdadeira montanha-russa para os investidores. No mercado de criptomoedas, conhecido pela volatilidade, foi preciso ter nervos de aço. Mas, nos últimos dias, a tempestade que derrubou o bitcoin (BTC) e outros ativos digitais começou a dar lugar a sinais de céu azul.
Levantamento semanal da CoinShares revelou que produtos de investimento ligados a criptoativos — como fundos e ETFs — tiveram a melhor semana do ano, registrando entradas de US$ 3,4 bilhões.
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O bitcoin também aproveitou o momento para mostrar resiliência: rompeu a barreira dos US$ 95 mil na manhã desta segunda-feira (28), por volta das 7h40, segundo dados do CoinMarketCap.
Recuperação expressiva para quem, ainda neste mês, chegou a registrar a mínima do ano, aos US$ 76 mil, em meio à turbulência provocada pelas tarifas do governo norte-americano.
No entanto, a volatilidade, velha conhecida dos investidores, não demorou a dar as caras. Por volta das 14h, o bitcoin já havia recuado para a faixa dos US$ 93 mil, acompanhando a queda de 1,27% da Nasdaq no mesmo horário.
O movimento reflete a tensão que paira sobre os mercados às vésperas da divulgação dos balanços das grandes empresas de tecnologia dos EUA — Microsoft, Meta, Apple e Amazon —, prevista para quarta e quinta-feira. A cautela ainda é alimentada pelas tensões comerciais entre China e Estados Unidos e pela postura defensiva que tem contaminado os ativos de risco.
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Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
# | Nome (Símbolo) | Preço (USD) | Variação 24h (%) | Variação 7d (%) | Variação YTD (%) |
---|---|---|---|---|---|
1 | Bitcoin (BTC) | US$ 93.807,35 | - 0,14% | 8,20% | 0,44% |
2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.761,75 | - 1,94% | 11,49% | - 47,11% |
3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | 0,01% | 0,03% | 0,24% |
4 | XRP (XRP) | US$ 2,27 | 1,89% | 9,89% | 9,60% |
5 | BNB (BNB) | US$ 600,96 | 0,24% | 0,66% | - 14,27% |
6 | Solana (SOL) | US$ 146,40 | - 1,48% | 8,77% | - 22,63% |
7 | USDC (USDC) | US$ 1,00 | 0,00% | 0,02% | -0,01% |
8 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,18 | - 2,02% | 11,97% | - 44,37% |
9 | Cardano (ADA) | US$ 0,69 | - 0,74% | 11,01% | - 18,26% |
10 | TRON (TRX) | US$ 0,25 | - 1,07% | 1,41% | - 3,11% |
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Procurando refúgio no mercado cripto
A entrada de US$ 3,4 bilhões em produtos de investimento em criptoativos nos últimos sete dias foi a maior desde dezembro de 2024 — e a terceira maior da série histórica da CoinShares.
“Acreditamos que as preocupações com o impacto tarifário nos lucros corporativos e o enfraquecimento drástico do dólar americano são os motivos pelos quais os investidores se voltaram para os ativos digitais, que estão sendo vistos como um emergente refúgio seguro”, comentam os analistas.
Por região, os Estados Unidos lideraram o movimento, com US$ 3,3 bilhões em entradas líquidas. Mas o sentimento positivo foi global: a Alemanha somou US$ 51,5 milhões e a Suíça, US$ 41,4 milhões.
Entre os produtos, os fundos ligados ao bitcoin foram os grandes beneficiados, atraindo US$ 3,18 bilhões em aportes. O total de ativos sob gestão (AUM) voltou a superar US$ 132 bilhões, patamar que não era alcançado desde o fim de fevereiro — um indicativo do apetite crescente dos investidores institucionais.
Os fundos de ethereum (ETH) também registraram entradas expressivas de US$ 183 milhões, quebrando uma sequência de oito semanas de saídas.
Entre as altcoins, poucas se destacaram. A solana (SOL) foi a única a registrar saídas, com um recuo de US$ 5,7 milhões. Já o XRP (XRP) teve uma semana positiva, com entrada de US$ 31,6 milhões.
O bitcoin e a agenda dos próximos dias
Os próximos dias prometem manter o mercado em alerta. Na quarta-feira, serão divulgados os dados do PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre. Na sexta-feira (2), é a vez do payroll, e, na semana seguinte, no dia 7 de maio, acontece a reunião do Fomc, o Copom norte-americano, que deve decidir os próximos passos da política de juros no país.
Atualmente, as taxas estão entre 4,25% e 4,5% ao ano — um nível considerado elevado para uma economia do tamanho da norte-americana. O próprio presidente Donald Trump, em seu primeiro mandato, protagonizou embates públicos com Jerome Powell, presidente do Fed, pressionando por cortes de juros.
Agora, uma possível redução forçada das taxas pode gerar ainda mais incertezas do que benefícios, na avaliação de analistas.
Embora sinais de recuperação animem parte dos investidores, a expectativa de um céu azul precisa ser equilibrada com a prudência de quem já está acostumado à volatilidade dos mercados. Com a economia global em compasso de espera, os próximos dias serão decisivos para indicar qual será o rumo do mercado de criptomoedas.
*Com informações do Money Times e CNBC
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