Ação da Circle estreia na Nyse com alta de mais de 200% em poucas horas; maior IPO cripto desde a Coinbase agita Wall Street
Com demanda acima do esperado, ações da emissora da USDC triplicam de valor na estreia; listagem reforça avanço institucional das stablecoins nos EUA

É dia de estreia para o mercado de criptomoedas e para a bolsa de valores nos Estados Unidos. A Circle — emissora da USDC, stablecoin atrelada ao dólar e atualmente a sétima maior criptomoeda em valor de mercado — agitou o mercado de IPOs em sua estreia nesta quinta-feira (5) na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).
As ações começaram a ser cotadas entre US$ 60 e US$ 61 nas indicações prévias de negociação — quase o dobro do preço fixado no IPO, que foi de US$ 31. Já no pico das negociações desta quinta, por volta das 12h50, o papel atingiu a máxima, de cerca de US$ 95 - uma alta de mais de 200%.
A demanda pelo IPO foi tão alta que a Circle ampliou o tamanho da oferta. Inicialmente, planejava levantar US$ 624 milhões com 24 milhões de papéis, mas acabou emitindo 34 milhões a US$ 31 cada, movimentando US$ 1,05 bilhão e alcançando uma avaliação de mercado de US$ 8 bilhões.
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A empresa também havia concedido aos coordenadores da oferta — JPMorgan, Citigroup e Goldman Sachs — uma opção de 30 dias para vender mais 5,1 milhões de papéis, em caso de demanda adicional.
As ações da Circle são negociadas sob o ticker CRCL.
Maior IPO cripto desde Coinbase
O IPO da Circle é a maior abertura de capital de uma empresa cripto desde que a Coinbase estreou, em 2021. Além disso, é o primeiro grande IPO de uma emissora de stablecoin, o que reforça o momento de institucionalização desse tipo de ativo digital.
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Em 2022, a Circle chegou a tentar abrir capital via fusão com uma SPAC de US$ 9 bilhões, mas a operação acabou cancelada.
O sucesso da estreia atual, em um ambiente ainda sensível, pode pavimentar o caminho para que outras empresas cripto busquem os mercados públicos nos próximos meses.
Jogando a favor do setor está o governo de Donald Trump nos EUA, que adotou uma postura mais branda em relação aos ativos digitais, e o Legislativo norte-americano, que discute um projeto de lei específico sobre stablecoins que pode ser aprovado já em agosto.
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Uma cripto “puro-sangue” na Nyse
Wall Street já ensaiava uma retomada no mercado de IPOs com nomes como CoreWeave e eToro, mas a Circle se destaca como uma das primeiras empresas cripto “puro-sangue” a estrear com foco exclusivo em stablecoins.
É justamente esse foco que fortalece o posicionamento da Circle diante do avanço regulatório. Fundada em 2013, a empresa foi a primeira a obter a BitLicense do Estado de Nova York, uma das certificações mais exigentes do setor.
Esse histórico tem se mostrado um diferencial diante da crescente entrada de bancos, empresas de pagamento e fintechs no mercado.
O futuro das stablecoins
A USDC é hoje a segunda maior stablecoin do mundo, com cerca de 27% de participação de mercado. Fica atrás apenas da USDT, da Tether (USDT), que lidera com 67%.
Além da USDC, a Circle também é responsável pela EURC, stablecoin atrelada ao euro. Até o início de 2025, a empresa tinha sede em Boston, mas agora opera a partir de Nova York.
Em 2024, a Circle registrou lucro líquido de US$ 156 milhões, com receita e rendimentos de reservas somando US$ 1,68 bilhão. O número é menor do que o de 2023 (lucro de US$ 268 milhões), mas ainda reflete uma operação robusta e em expansão.
À medida que empresas de tecnologia e instituições financeiras ampliam sua presença no universo cripto, as stablecoins são vistas como o elo que faltava entre o dólar tradicional e o blockchain.
Segundo o banco JMP Citizens, esse mercado pode alcançar US$ 3 trilhões nos próximos cinco anos.
* Com informações da CNBC e Reuters
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